Rᴇᴍᴇᴍʙᴇʀ Mᴇ| Jᴀsᴏɴ Cᴀʀᴠᴇʀ

01

Antes

Asuna estava demorando, fiquei nervoso com isso. Talvez, ela tivesse desistido? Não, ela não faria isso. Se tem uma coisa que aquela mulher é, é correta e de palavra.

Mesmo assim meu coração batia mais rápido só de imaginar a possibilidade de levar um bolo, mas também, era Asuna. Aquela mulher era cheia de surpresas, normalmente boas... mas talvez houvesse uma ruim?

Me encostei na parede do lugar, tenso. Possivelmente era melhor fumar um cigarro para relaxar? Isso! É exatamente o que vou fazer.

Vasculho meu casaco em busca do maço de cigarros, quando encontro, quase que por instinto o aperto com força. É impressão minha ou estou tremendo? Fiquei parado olhando o que fiz com a pobre caixa de cigarros quando um pigarrear chamou minha atenção.

É ela.

Asuna está à minha frente. Dizer que está linda seria um eufemismo. Ela está de tirar o fôlego. Fiquei travado encarando a mulher sem ao menos respirar. O vestido que usa delinea perfeitamente cada curva em seu corpo, os lábios fartos pintados com um tom vermelho de batom... só consigo imaginar como seria manchar aquela boca vermelha com a minha.

- Vai apenas continuar me olhando ou vai dizer que estou bonita?
Asuna disse com humor, cruzou os braços à frente do peito me fazendo ter uma visão privilegiada de sua frente.

- Vou continuar olhando.
Minha voz saiu mais baixa do que eu esperava. Percebi que ela se mexeu surpresa com a escolha de palavras. Mas não me importei. Precisava admirar a vista por no mínimo mais um minuto.

Asuna não disse mais nada enquanto esperava que eu me contentasse. Eu o fiz e com um singelo sorriso, me aproximei e lhe pedi sua mão.
Asuna a estendeu a mim, eu a segurei e deixei um selar em sua mão.
- Você está magnífica minha dama.
Minhas palavras soaram graves, apenas para deixar claro que realmente queria dizer isso.

Asuna deu um mínimo sorriso.
-Você não está nada mal.
Provocou com sua doce voz.

Eu senti meu coração palpitar com o som de sua voz, era ela perfeita. Para mim, é claro. Até demais para mim se eu for realmente honesto.

A noite foi... Simplesmente incrível. Nunca imaginei que pudesse ter um momento assim com uma mulher como Asuna. Ela tinha assuntos profundos, compartilhando suas preocupações e sentimentos depois de tanto tempo os guardando. Me senti realizado em ter o privilégio de ser o único a ouvir ela falar tanto. Ela parecia confortável comigo. Isso me deixou feliz.

Não fiquei muito atrás na conversa, compartilhando segredos e fazendo comentários para vê-la sorrir. Ela têm o sorriso mais lindo que já vi. Talvez eu estivesse começando a me apaixonar por ela? Bem, a quem quero enganar? Já estou apaixonado desde a primeira vez que a vi.

- Você realmente é cheio de surpresas Carver. Asuna disse com um sorriso.
- Não esperava me divertir tanto.
Admitiu mais para si mesma.

Não pude deixar de sorrir.
- Espero poder te divertir muitas outras vezes minha dama.
Falei, tomando a liberdade para pegar sua mão e a beijar outra vez.

Asuna riu levemente.
- Por que me chama assim?
Ela perguntou divertida. Como eu amo vê-la tão descontraída.

- Assim como? "Dama"?
Perguntei, fingindo inocência.

Asuna manteve o sorriso de lado.
- De "Minha". Eu pertenço a você?
Ela brincou. Asuna. Ryu Asuna fez uma piada.

Meu peito se encheu de um sentimento novo.
Um sentimento bom, muito bom.
- Só estou prevendo o futuro querida.
Falei em uma tentativa de flerte. Asuna gargalhou pela primeira vez na noite, o som ressoou em meus ouvidos de uma forma tão boa.

- Não esteja convencido, Carver. Um único encontro não significa nada.
Ela voltou a falar com aquele sorrisinho perfeito nos lábios.

- Sabe o que é engraçado minha dama? Eu nunca disse que era um encontro.
Pisquei para ela, então, beijei seu pulso dessa vez.
- Você é que rotulou isso sozinha.
Meu sorriso era malicioso. A expressão surpresa dela foi um presente para meu ego.

- Está insinuando...
Ela começou a dizer, então eu ri.

- Estou afirmando.
Corrigi, depois deixei sua mão, com certa dificuldade... Admito.
- Você ainda vai dizer que quer ser minha, querida Asuna.
Falei com certeza na voz.

Por mais incrível que pareça, ela sorriu. Realmente, sorriu.

- Veremos.
Murmurou enquanto me olhava com diversão.