Alfa

Prólogo

As explosões estavam cada vez mais violentas, Hubertus carregava Josefine nos braços pois estava ferida, corriam até o abrigo que ficara atrás de sua casa, um local apertado e frio, com somente uma cama e lençóis felpudos.
Repousou Josefina na cama e lhe tirou de suas mãos sua pequena Iana com apenas três meses de vida e a pos em um berço de maneira simples.
Ficaram esperando os estrondos passarem, despois de duas longas horas tudo ficou no absoluto silêncio.
- O que é isso? - Perguntou Josefine ao se sentar rapidamente.
- Não sei, deite-se, vou ver o que é. - Sussurrou Hubertus ao se levantar e apanhar um pedaço de pau.
Aproximou-se da porta de ferro e colou seu ouvido ali, percebeu que algo ou alguém corria em sua direção.
- Acalme Iana, e se escondam em baixo da cama. - Sussurrou para Josefine.
Que rapidamente se acomodou com Iana em baixo da cama e se pos a embalar a menina que chorava.
Um barulho enorme ecoou pelo abrigo pequeno, Hubertos sabia o que se tratava, alguém queria entrar e ele não deixaria que ninguém tocasse nas suas amadas mulheres.
Buuh, Buuh, de novo, de repente a porta voou longe, ele se preparou para atacar, escondido nas sombras, olhou diretamente para o vazio onde ficava a porta tentando reconhecer seu perseguidor.
Um homem alto e magro com olhos avelã entrou, seguido por mais quatro homens. Hubertus o atacou pelas costas com o pau que o acertou em cheio fazendo com que o homem cambaleando caísse no chão.
Os outros quatro pegaram Hubertus e imobilizaram, um dos quatro acertou com um soco na barriga o pobre homem, fazendo gemer de dor. Um outro baixinho vasculhou o lugar e achou Josefine e Iana, puxou a mulher com força e a pos na cama.
- Q-Quem s-são v-vocês? - Perguntou Josefine aterrorizada.
- Servidores do Governo de Herkandrun mulher. - Ríspidamente o homem gordo responde e acaricia o rosto de Josefine.
- Você não deveria ter batido nele assim. - Advertiu o outro homem musculoso.
- Ele mereceu, devia estar morto pelas suas crueldades. - Grita Josefine.
- Não Jose, fique quieta. - Suplicou Hubertus arfando de dor.
- Essa sua mulher é muito atrevida, merece uma punição. - Sorriu maliciosamente o gordo imundo.
- Não, vamos pegar a bebê e ir embora, temos ordens! - Ordenou o musculoso aproximando de Iana.
- Não! Minha filha não! - Gritou desesperado Hubertus, tentando se soltar das mãos que o prediam.
- Quietos! Estamos sendo benevolentes, depois de você fazer o que fez. - Disse calmamente o musculoso,o líder aparentemente. - Pegue-a! - Ordenou.
O gordo pegou a menina das mãos de sua mãe que com todas suas forças lutou para que Iana ficasse onde estava. Tendo a menina nas mãos os homens terminaram a surra, deixando Hubertus desmaiado, levando a sua filha amada para um futuro terrivelmente maldoso que certamente já planejado para a por enquanto doce Iana.

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