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Em um castelo, na ilha de Quesadilla, a terra está a comandos de um rei. Um rei jovem e astuto. Num trono, donde a sua aparência é quase tão grandioso quanto ao nobre, está Roier. Sentado, de forma desleixada, entediado, esperando um soldado em específico.
Os segundos passam como se fossem horas, o minutos como dias, e as horas como anos. Por que quando está longe dele o tempo passa tão devagar quanto uma lesma?
As unhas de Roier estão batendo cada vez mais rápido no braço do trono, enquanto encara o relógio.
"Já era pra ele ter chegado..." Está afirmação ecoa por sua mente assim que o relógio bate '18:30'.
Passos apressados, pesados, são ouvidos por Roier, que apenas desvia seu olhar para o portão do castelo e seus dedos param de batucar. Torcendo que não fosse apenas sua mente lhe pregando peças. Um suspiro aliviado escapa dos lábios do mexicano, por ver a figura alta entrar no castelo, ainda de elmo.
Cellbit retira o elmo e o segura com uma mão, na altura de seu quadril. Ele ajeita sua postura assim que vê a figura de Roier, logo continuando a andar, de cabeça erguida. Assim que se aproxima do trono, ele faz uma referência.
Roier desvia o olhar, sua mão direita sai de cima do braço do trono para ficar a frente de Cellbit.
O loiro logo percebe a intenção de Roier, ele pega a mão do outro com o máximo de cuidado possível, logo depositando beijos por cada dedo seu, e por fim um beijo na costa de sua mão. Ele fez tudo isso enquanto o olha. Roier sorri finalmente, virando seu rosto para cellbit.
— Você se atrasou. — Roier diz. Tirando sua mão dos dedos de Cellbit, a passando por a mandíbula do outro e enfim tocando o cabelo loiro, penteando alguns fios rebeldes para trás de sua orelha.
— Peço mil perdões, acabei por ter alguns imprevistos pelo caminho, vossa majestade. — Cellbit diz, segurando um suspiro ao sentir os dedos cheios de anéis do outro tocarem sua pele. O polegar de Roier faz um leve carinho em sua bochecha.
Roier tira a mão do rosto de Cellbit. Suspirando.
— Você sabe que não precisa me chamar com tanta formalidade. Pelo menos você não precisa. — Roier diz, o encarando.
— Já sei desta informação, alteza. — Um sorriso mínimo se forma no rosto de Cellbit. Ele retribui o olhar.
Roier levanta do trono de repente, fazendo Cellbit se afastar pelo susto. Logo o mexicano da as costas para o outro e anda em direção a uma grande porta, porém, seus passos param quando ele vê que Cellbit não o seguiu.
Roier apenas usa seu dedo indicador, fazendo um gesto para Cellbit o seguir. E começou a andar assim que ouviu os passos apressados de Cell.
Assim andaram lado a lado por longos e confortáveis silenciosos minutos.
