Considerações da Autora
— A história tem algumas referências a obra original mas está totalmente adaptada para nossa realidade atual, apenas contanto com alguns personagens originais.
— Poderá ser abordado diferentes tipos de assuntos que possivelmente causem gatilhos ao leitor como: palavras ou comentários ofensivos; crises de estresse ou ansiedade; depressão; luto e distúrbios alimentares.
— Os capítulos podem ser modificados ao longo do tempo mas nada que prejudique predominantemente a história.
— Algumas músicas adicionadas aos capítulos são apenas uma complementação, não é necessário escutá-la para o desenvolver da história.
— Nos capítulos mais futuros haverá conteúdo adulto e descrições explicitas então é recomendado que o leitor tenha [+18].
Espero que aproveite a leitura e obrigada pela preferência.
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O carro derrapou no asfalto em alta velocidade levantando uma nuvem cinza de poeira e lama, além de um cheiro singular de pneu queimado quando ultrapassado a curva. As rodas giravam em fúria em resposta a força dos motores
potentes de uma Lexus LFA: uma verdadeira máquina explosiva que ficara invicta desde que fora possuída pelas mãos do demônio das rodas — como todos o conheciam por aquelas redondezas — Roronoa Zoro.Ele mudou as marchas rapidamente e pisou firme no acelerador ao ver que seu oponente estava alçando-lhe a dianteira tomando a vantagem do primeiro lugar. O velocímetro explodiu em quase 250km, rasgando o asfalto em um borrão. Ele não desviou o olhar por nem um segundo mas mordeu o lábio inferior em protesto, não por estar perdendo o posto mas por terem o desafiado sem temer as consequências de ser derrotado.
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– Eu quero seu carro.
– Meu carro não estava na aposta.
– Você não tem escolha – ele repousa um dos cotovelos sobre uma bancada meio encardida pelo tempo e se reclina em direção ao homem a sua esquerda. Há algumas marcas em cova na madeira devido ao constante atrito dos fundos das garrafas deslizando de um lado para o outro além de alguns resquícios de bebida.
– Você acha mesmo que eu vou te entregar meu carro?
– Mas é claro, eu acabei de ganhar de você e eu não gosto de fazer favores de graça além de que preciso de algo para apostar amanhã – o de cabelos verdes ergue o copo brilhante, balança e toma um gole de seu conhaque com toda serenidade que ainda lhe apetece, apreciando o sabor do álcool em suas papilas.
– Isso é putaria sua, eu não tenho nada a ver com isso.
Zoro suspira em desaprovação e larga o copo esgueirando-se ligeiramente como uma sombra. Sua altura era consideravelmente maior que a do outro rapaz, o que o permite olhar por cima de seus ombros. Ele o agarra pela gola de sua blusa e firma a voz em um tom mais grave.
– Eu não estou brincando e acho melhor me pagar o que deve ou você vai ver o que eu posso fazer com você.
Todos ali se entreolham assustados ao notar a cena que poderia possivelmente tornar um briga mas ninguém ousa se intrometer para evitá-la. Uma tensão cresce e o silêncio é quase palpável, apenas o ruído distante de conversas alheias.
– Eu não tenho medo das suas ameaças, todos sabem que você não passa de um trapaceiro qualquer, não é, Roronoa? – o outro ri em desdém enquanto olha a fundo nos olhos dele.
Quando o mais imponente está prestes a erguer o punho em direção ao segundo em repúdio, uma voz mais forte o interrompe. Era o dono do bar ou alguma coisa desse tipo. Não parecia estar nem um pouco contente com a presença dos rapazes principalmente depois de se dar conta de quem tratava o causador do conflito.
– Você de novo! Não aguento mais ter que te aturar arrumando encrenca aqui, Zoro! – com um gesto brusco, ele bate na superfície do balcão com a palma da mão aberta, fazendo com que os copos vibrem e emitam um tilintar agudo chamando atenção de todos em volta. – Quero que saia desse lugar e nunca mais volte.
Ela hesita por um instante, pois não costumava abrir mão do seu ego — que era realmente muito grande — contudo, libera o outro em um estado de defesa.
– Anda! Caia fora!
Eles trocam olhares de desprezo um para o outro, até que um deles se retira, deixando apenas o dono e Zoro, que, por coincidência, não exibe nenhuma fraqueza diante da advertência e se recusa a acatar a autoridade até que por um momento uma lembrança lhe interrompe.
– Eu lembro de você.. Como era seu nome mesmo? Vin... Vin..
– Vinsmoke. Sanji Vinsmoke – o homem de cabelos loiros retira um cigarro do maço no seu bolso e firma entre os dedos, antes de levá-lo à boca, acendendo-o com o auxílio de um isqueiro. A fumaça se espalha rapidamente pelo ambiente, trazendo consigo o pungente odor do tabaco. – Creio que não tenha entendido direito, saia. Não quero ter que repetir novamente.
– Há quanto tempo nós não nos vemos.. Faz o quê? uns 6 anos? ou será que era bem menos que isso?
– Eu não lhe devo satisfações, Zoro.
– Não precisa ser tão ranzinza comigo, eu vim em paz – ele se aproxima e acaricia o ombro do outro com um sorrisinho de canto, tentando provocá-lo de uma forma "amigável " e antes que Zoro possa invadir mais ainda seu espaço pessoal, Sanji segura firmemente a mão alheia e a afasta de si com força lançando-lhe um olhar mortal.
– Não toque em mim, você é sujo.
– Bom, não era isso que você pensava naquela época, não é? – ele solta uma risadinha debochada.
– Eu não quero saber. Só saia! Eu tenho clientes para atender e não quero mais ver seu rosto por aqui – Sanji aperta mais o punho até que a ponta de seus dedos fiquem brancos e solta quando o outro demonstra algum traço de recato, dando um passo mínimo para trás.
– Não mudou nadinha..
Com a paciência esgotada, o loiro retorna decisivamente para o interior, deixando Zoro para trás enquanto murmura consigo mesmo tentando enxotar o turbilhão de pensamentos que o atormenta.
– EI, SANJI! QUERO TE VER TORCENDO PRA MIM AMANHÃ!
– Vai se foder! – ele ergue o dedo do meio é lança no ar em alguma altura específica que o homem lá fora ainda consiga ver até que sua silhueta suma completamente dentro de uma sala escura escrito "funcionários".
Zoro apenas sorri.
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Considerações Finais
A possibilidade de continuação é grande mas não oficial pois depende da visibilidade e principalmente a força de vontade da autora (eu mesma) que por sinal tem uma preguiça gigantesca :P.. Mas estou animada com a criação desse universo, ainda tenho muito o que desenvolver na história desses dois. Vocês vão gostar bastante, até mais!
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Call To The Light - Zosan
FanfictionSeparados por desentendimentos no passado, se reencontram quando o destino os coloca frente a frente em um bar movimentado após uma briga causada por Zoro. Será que nessa pista sinuosa que é a vida, o amor começa a girar suas rodas novamente?