10 * Quem ela realmente é?

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Passo o resto do final de semana pensando naquela cena

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Passo o resto do final de semana pensando naquela cena. Dois homens tocando e beijando Eliza, reivindicando ela como sua. Quem são eles? Seus namorados, amigos de foda? Ela não tinha só um, mas dois caras para passar o pós festa. Eles moram juntos ou foi um caso de uma noite? Por que eles? O que possuem de tão especial? Eu e Rômulo também somos homens, estamos todo o dia ao seu lado, sempre satisfazemos direito as mulheres, então...?

O que estou pensando? Sou chefe dela e um mulherengo de primeira. Eliza não merece alguém assim, ela deixou bem claro que não queria ser nossa putinha e nunca, nunca, nunca mesmo eu gostaria de vê-la assim. Nossa secretária merece mais respeito do que isso. Suas decisões pessoais não são da minha conta, eu preciso aceitar a linha entre nós, algo claro desde o início de nossa colaboração.

— O babaca do irmão dela sabia disso. - Ouço Rômulo declarar do outro lado do telefone. — Ele falou que ela é uma caixinha de surpresas e foi realmente uma baita surpresa, ainda não acredito no que vimos.

Já é a terceira vez que ele me liga, sempre para falar sobre a baixinha. A cena de ontem o deixou tão perplexo quanto eu. Deveríamos ter imaginado algo assim, afinal, em momento nenhum ela recriminou nosso desapego sexual. Também não parecia incomodada quando transávamos com a mesma mulher, nem na vez que nos pegou fazendo isso. Foi uma experiência realmente vergonhosa e excitante...

— Sabe quando transamos com a Laura e ela viu? - Incrível como o pensamento de meu sócio foi para a mesma lembrança que a minha. — Eliza não esboçou nojo ou desaprovação, mesmo com aquela mulher de quatro na nossa mesa de centro, engolindo seu pau enquanto eu me afundava dentro dela.

— Lembro que gozei na hora em que ela abriu a porta e nossos olhos se encontraram. Isso que dá quando resolvemos dar uma escapadinha que não estava programada em nossa agenda.

Reviro os olhos. Talvez aquela situação não seja tão incomum para Eliza, por isso não nos julgou quando saímos desarrumados da sala e só seguiu o dia normalmente. Será que tinha experimentado isso com seus namorados? Quem sabe ela gosta de estar entre dois homens, se entregando a eles, sendo... não ouso pensar no restante. Mesmo assim meu corpo reage às possibilidades. Droga!

— Sei que não é da nossa conta, mas você não fica curioso? - Tento focar na voz do outro lado do celular para acabar com a minha ereção. — Ontem descobrimos sobre a família dela, a vimos gostosa para caralho e a deixamos numa casa com dois caras que parecem ser bem mais do que seus amigos. Em apenas poucas horas a nossa baixinha fofa e eficiente se transformou em uma mulher completamente desconhecida e surpreendente.

— Culpa nossa. - Afirmo. — Eu nunca a questionei sobre nada disso, então como saberia? A verdade é que nunca nos interessamos o suficiente sobre sua vida. A tratamos como uma secretária fofa e prestativa, sempre pronta para atender às nossas necessidades. E ela, quais são as necessidades e vontades de Eliza?

— Não sei, também não perguntei. - Campos comenta que falou com o pai, mas ele se negou a dar mais informações sobre a menina. Disse apenas que deveríamos perguntar sinceramente para ela, como se fosse fácil... — Cogitei a possibilidade de contratar um detetive, mas isso seria muito errado e paranoico.

Uma secretária nada convencional [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora