Capítulo 24

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Assim que ela sai da sala ele volta a sua posição normal e continua a olhar no computador, já que ele agiu como se nada tivesse acontecido, fiz o mesmo, não podia ficar esperando nada, já que eu estou o ignorando, apenas eu posso quebrar essa barreira que fiz.

Começo a fazer minha representação em 3D do projeto e pelo que vejo as ideias não vão ficar apenas no papel, tenho ótimas ideias para o novo prédio da ENG, esse vai ser o projeto que mais vou amar fazer. Depois do almoço, fizemos tudo que tínhamos para fazer, participei de uma reunião junto aos engenheiros e o chefe.

Ficamos preso no projeto o resto da tarde e assim que escolhêssemos tudo o projeto saíra dos papeis, fico feliz em como tudo está acontecendo para mim, antes não entendia o porquê de não ter dado certo com meu pai, mas hoje eu entendo, era pra acontecer algo muito melhor pra mim.

Olho no relógio e vejo que já são 20:00 da noite, pego meu telefone e olho para Diego que está vidrado na tela do notebook, começo a observar sua postura e meu sorriso abre espontaneamente e o vejo olhar pra mim.

Diego: Por que está me olhando com esse sorriso no rosto?

Maya: Porque sua postura não muda nunca, você é assim sempre?

Diego: Assim como?

Maya: Um CEO arrogante e misterioso.

Diego: Não sou arrogante, apenas não gosto de ser o chefe que da regalias a todos os funcionários.

Maya: Nem regalias e muito menos sorrisos. – Me levanto pegando meu notebook.

Diego: Eu sorrio sim.

Maya: Não sorri não, parece até um ser sombrio.

Diego: Está dizendo que eu sou assustador?

Maya: Sim.

Vou para minha sala e coloco meu notebook na mesa, mas esqueci meu caderninho de anotações, lá e onde está minha vida, volto para sua sala, e o vejo de pé, suas coisas arrumadas e seu terno perfeitamente alinhado em seu corpo.

Maya: Esqueci meu caderninho.

Diego: Esse aqui?

Maya: Sim, nele escrevo coisas do dia a dia.

Diego: Deixa eu ver o que está escrito.

Maya: Não se atreva a ler.

Diego: É um diário?

Maya: Não, mas as vezes escrevo coisas sobre o chato do meu chefe.

Diego: Agora sim quero ler.

Ele o abre e começa a ler a primeira página, corro até sua mão e ele o levanta acima da cabeça. Dou dois pulinhos tentando pegar o caderno, mas é sem chance que eu consiga, ele é maior do que eu, 1.80 mais ou menos e eu tendo os meus 1.65.

Maya: Me devolve.

Dou mais um pelo e ele me segura pela cintura, nesse momento nossas bocas se encontram e eu perco o ar, o foco saiu do caderninho e foi para sua boca, eu não ia resistir a estar tão próximo dele assim e não o beijar, e foi o que fiz.

Nossas bocas se chocam uma com a outra, numa fome insaciável, parece que ele queria aquilo tanto quanto eu, senti sua mão descer e jogar o caderninho em cima da mesa, e logo subir até minha nuca, me fazendo arrepiar por completo, estava sentindo uma urgência de ter seu corpo nu sobre o meu.

Ele me levantou e me sentou em cima da mesa, continuamos nos beijando até ele segurar em meu rosto e olhar nos meus olhos, pela primeira vez vi ali algo que não fosse só o gélido que se instalava ali.

CEO ARROGANTE E A ARQUITETAOnde histórias criam vida. Descubra agora