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Vitório

- para de ser burro!

Kemilly insistir em ficar me chingando, como se eu fosse o culpado de algo. Lorena foi embora, nem dormiu, apenas arrumou as coisas e foi pra casa. As férias tinha acabado, hoje começaria a volta as aulas, mas as meninas iriam somente amanhã.

- Eu não tenho culpa dela não gosta de Mirian - falo pela terceira vez, ela cruza os braços e me olha toda irritada.

- Do mesmo jeito que ela não tem culpa de você não gosta do ficante dela.

- Ficante?

- Ex ficante no caso- ela diz piorando as coisas.- vocês parecem duas crianças isso tá ficando chato.

- Você quer que eu faça o quer Kemilly? Me responda, crescemos juntos, ela é nossa prima! Isso não é certo - ela se sentar ao meu lado e suspira.

- Provavelmente tio Jonathan vai corta sua cabeça quando soube do seu interesse pela princesinha dele - ela me zoar.

- Eu já disse, eu não tenho interesse algum em lorena.- ela apenas me ignora e sai do quarto.

Merda!

Assim que percebi que o merdinha do Kleber estava ligando pra Lorena eu chamei Mirian pra me fazer companhia, só não imaginava que ela estava na boate e que fosse chegar no momento errado.

A uns anos atrás era fácil esconder o que eu  sentia por Lorena, era fácil ignora esse sentimento. E por mas que eu a quisesse de todas as formas, não era certo. Minha mãe pode até brincar, em relação a isso, mas é isso, é só uma brincadeira, ela sabe que eu não faria isso, eu não machucaria Lorena. E infelizmente, se eu me envolvesse com ela, de uma forma ou outra ela se machucaria.

Saiu do quarto e desço pra sala, preciso ocupar minha cabeça com outra coisa que não seja ela. Encontro meu pai prestes a sair de casa, pergunto pra onde ele vai, ele demora um pouco pra responder, e antes mesmo que ele dissesse pra onde iria, que provavelmente seja algo relacionado ao seu " trabalho" pergunto se eu poderia ir junto, o que o faz abrir um sorriso. Como todas as vezes que eu me aprofundo mas no trabalho da família.

Eu sei, que uma hora ou outra eu teria que começar a me envolver mas no assunto da família, principalmente por ser o herdeiro disso tudo.

- Onde a mãe tá ?- pergunto quando já estávamos dentro do carro.

- Larissa precisou resolver uns assuntos dos morros- ele diz me olhando rapidamente - tá tudo bem?- ele pergunta, apenas confirmo com a cabeça - tem certeza? Todas as vezes que você quer ir resolver os assuntos comigo, é por que algo está te perturbando.

-  tá tudo bem, é só, aquela garota -  meu pai sabia exatamente de quem eu estava falando, o que ele não sabia era que essa garota era a Lorena.

-ainda não se resolveram?- ele pergunta.

- Pra onde estamos indo exatamente?- respondo sua pergunta com outra, sair de casa para esquecer disso.

-Falar com seu tio Jonathan, preciso da ajuda dele pra um assunto- ele diz, rir mentalmente. Isso só poderia ser brincadeira, sair de casa para não pensar em Lorena, mas estou indo exatamente pra casa dela.

Lorena morava a 40 minutos da nossa casa, em um condomínio. E quando chegamos eu preferi ficar dentro do carro, meu pai entrou e foi resolver os assuntos que ele tinha com meu tio. Aguentei ficar dentro do carro por uns 15 minutos, até ficar impaciente e descer. Fui andando pelo o condomínio até vê uma movimentação na piscina, o que me fez se aproximar.

E o destino realmente não queria que eu a esquecesse. Lorena estava sozinha nadando na piscina. Ela vestia um maiô preto, fiquei de longe a admirando, Lorena era minha luz em meio a tanta escuridão. Ela era meu raio de sol de todos os dias, meu dia ficava escuro, frio, se eu não a visse.

Eu não quero machuca- lá, eu não posso. Mas eu não quero ficar longe dela, não quero perde- lá.

- Vitório? Eu não sabia que tinha vindo com tio Don.- me aproximo dela, pego a toalha que estava jogada na cadeira e a coloco encima de seus ombros - obrigada - diz sem jeito.

- Você tá bem? - pergunto - Me desculpa por  qualquer coisa, sabe que eu não faria nada pra te vê triste né ?

- Você já faz isso, mesmo que não perceba - ela diz me encarando- Vitor...- ela tocar em meu rosto, ficando a centrimentos do meu rosto-  Você um dia vai acabar conseguindo me afastar de vez, não permita que chegue a esse ponto - ela afastar suas mãos do  meu rosto. Abro os olhos, que eu não tinha nem percebido que tinha fechado, e a olho. Seus olhos brilhava, ela sorrir e se afastar.

- Quer sair comigo hoje ?- ela se vira e me encara supresa - jantar, nós dois.

- Eu, claro... quer dizer, quero sim- ela sorrir timidamente

Avisto de longe meu pai vindo.

- Te busco as 19:30, pode ser?- ela confirma, me despedir dela com um beijo no canto da boca, deixando ela vermelha- Eu quero tudo, menos te vê triste pequena, até mas tarde.

Voltei pra casa mas contente, ansioso pra a  noite. Eu não sei onde eu estava com a cabeça quando a chamei pra sair. Mas saber que mesmo eu fazendo de tudo para não a machucar, a deixo triste, então eu prefiro tentar.

Não custa nada tentar...

19:00hrs

E eu já estava a caminho da casa da Lorena. Coloquei ate música pra tocar no carro. O lado ruim é que o tempo estava querendo fechar, a pista estava escura, e o movimento de carros era pouco.

19:20hrs.

Ta na cara que eu vou me atrasar uns 15 minutos, espero que Lorena não se importe, eu deveria ter saído de casa mas cedo.

19:35hrs

Meu celular toca...

Provavelmente Lorena ligando, pra saber se eu realmente vou. Procuro o celular no banco do passageiro sem desvia os olhos da pista, mas acabo derrubando no chão do carro.

- merda!

19:37hrs

Paro no sinal. Me abaixo rapidamente pra pegar o celular, e quando eu ia atender a ligação acabar. Olho rapidamente para o sinal  que ainda estava vermelho e volto a olhar por celular, entro no aplicativo para manda- lá uma mensagem.

19:40hrs.

O sinal abre... volto a dirigir, olho por celular. Ela tá online, digitando... Sorrir, chego já baixinha...

19:41hrs

Meu carro é atingido por outro, e a última coisa que vejo é a mensagem dela.

" Vitor, cadê você?"






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