Lembranças da infância

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Boa leitura!



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20 Anos antes...

Estava tudo tranquilo, como deveria ser, como tem que ser. Pensava em como minha vida é perfeita, tenho uma família que me ama e que amo muito. Tenho amigos legais que estão sempre comigo armando as maiores traquinagens de toda região.

Dou uma gargalhada com esse pensamento.

O que deixa os adultos de cabelo em pé e super desconfiados, pois assim que aprontamos algo, já temos em mente o que fazer depois. É sempre assim, e sempre será.

Estou aqui em meu quarto – de castigo – como sempre, só por ter dado um susto no chato do Lee Joong-in, não tenho culpa se o moleque não aguenta brincadeira. Quer dizer, agente só queria pregar uma peça no cara.

Tudo bem que saiu um pouquinho fora do controle, mas poxa não precisava correr pra debaixo da saia da mamãe né? Mané!Tremendo bebezinho.

- JEON JUNGKOOK! – Berrou meu pai com sua voz rouca e profunda, o que me fez tremer de medo.

Ferrou, eu tô ferrado, ferrou!

Pensei já imaginando qual será meu castigo agora. Na verdade tenho muito medo de sequer pensar a respeito.

- SAIA DESSE QUARTO AGORA E VENHA AQUI, SEU MOLEQUE INCONSEQUENTE! – Droga o papai tá mesmo bravo, agora que eu me lasquei todinho.

- Tae-ji tenha calma, ele é apenas uma criança. – Escutei o apelo de minha mãe, ela estava chorando? Não queria fazer ninguém chorar, muito menos minha mãe!

Droga, aquele idiota do Joong-in me paga.

- Não Ji-Eun desta vez ele tem de arcar com as conseqüências de seus atos. – Parou um pouco, deve tá tomando fôlego. – Não estou criando um projeto de delinquente, e sim um garoto que se tornará um homem de bem e honrado! – Completou com a voz mais dura e fria que já ouvi sair de sua boca.

Cheguei à sala de cabeça baixa, tremendo dos pés a cabeça, senti as mãos de minha mãe alisando meus cabelos que alcançavam os ombros. Não tinha coragem de olhar pra frente e encarar ninguém da minha família, sei que os decepcionei, principalmente meu pai.

- Levanta sua cabeça Jungkook, quero olhar em seus olhos! – Meu pai falou seco se sentando no sofá a minha frente, com os braços apoiados nos joelhos segurando o queixo.

Um estranho que o visse assim pensaria ser uma postura descontraída, mas essa postura era a que ele usava quando estava muito zangado. Ele não era violento nem nada do tipo, nunca o vi levantar a mão pra minha mãe, minhas irmãs ou pra mim, por mais que às vezes eu merecesse, mas explodia em gritos e xingamentos que às vezes doíam muito mais que tapas, com certeza, por isso minha mãe sempre tentava deixá-lo por fora das minhas travessuras.

Memories of ChildhoodOnde histórias criam vida. Descubra agora