Cap. 2 Meu passando me condena

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Vi a Nathália sentanda a duas mesas a nossa, no canto da parede. Ela estava linda usando um vestido vermelho, e com o cabelo bem mais longo desde da ultima vez que a vi. Mas acabei me distraindo vendo o David trazendo os 2 pedaços de bolo e os 2 cafés com leite que pedimos.

- David, disfarça e olha pra trás - digo sussurrando perto dele

- Por que? - pergunta ele virando o pescoço de uma forma nada discreta como eu pedi.
- Meu deus! É a Nathália? Caramba!- diz ele quase gritando

- Fala baixo, David!- Digo eu com os dentes quase rangendo

- Vamo lá falar com ela

- Não, Pelo amor de deus, não. Não falo com ela desde daquele dia...

        Derrapente  vejo um homem correndo em direção a ela. Não posso negar que fiquei curiosa e tentei ver oque ele ia fazer lá  com ela

- Vai entortar o pescoço desse jeito- diz David se preparando pra colocar um pedaço de bolo na boca

- Eu só estou curiosa pra saber quem é ele, só isso.

- Aham, sei - diz ele com um olhar desconfiado dando risada.
-sabe vocês duas podiam resolver essa palhaçada e voltar a se falar como pessoa normais. Mas fazer oque, vocês duas são orgulhosas

- Não sou orgulhosa, só fico sentida pelo oque aconteceu.

- Sei, sei- diz ele me olhando de canto.

   Depois de conversamos sobre o casamento, fui dirigindo para casa e só conseguia pensar na Nathália, e sério que vontade de me matar. Porque eu fico pensando nela?.
     Chego em casa e recebo uma mensagem do grupo de "Professores e coordenadores" 

     Chego em casa e recebo uma mensagem do grupo de "Professores e coordenadores" 

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     Vi a mensagem e reli várias vezes. Me deu um frio na barriga, talvez era a ansiedade de rever a Nathália e raiva dessa escola fazer as coisas mal organizada.
     É tão estranho pensar que depois de tudo, eu vou ver aquela mulher... sinto ódio dela mas me sinto confusa também, bom... me sinto assim desde que ela me deixou sozinha. Não aguentei minha melancolia e fui beber um vinho que estava guardado desde do réveillon do ano passado, e bebi até pegar no sono.

      E enfim, chegou o dia da visita da Nathália. Entrei na escola e me encontrei com a Carol, ela estava bem elegante, parecendo uma chefe multimilionária.
   Descemos pro pátio e a Nathália estava com aquele cara da cafeteria, conversando com o diretor. Quando eu penso em desviar pra não ir de encontro a eles o diretor Fabrício nos chamou pra ir conhecer a tal escritora.

- Professora Bianca e Professora Carol, Essa é a Nathália - diz Fabrício tentando me aproximar dela
     
     Nesse momento Nathália me olha com os olhos meio que arregalados, como se tivesse visto um espírito.

- Ah sim... Muito prazer- diz ela nos cumprimentado com um aperto  mão, meio sem jeito.

- Eu dei uma pesquisada no seu trabalho, e olha, amei o seus livros- disse, Carol

- Muito obrigado-

- Seu livro é sobre oque? Abandono?- perguntei a Nathália.

     Nessa hora achei que ela iria me dar um fecho,  Mas pra minha surpresa, Nathália me responde de uma forma muito educada.

- Ah não- disse ela dando uma risada
- Meu livro é sobre coisas fantasiosas. Bruxas, fadas, princesas e por ai vai. Acho que você pode gostar.- disse ela dando um sorriso

- Não gosto de ler.- afirmei

- Engraçado... quando eu ficava com você na biblioteca você parecia gostar- disse ela olhando pro lado.

       Fabrício, Carol e o carinha da cafeteria fazem uma cara de confusos, como se estivessem pensando " Que parte dessa história eu perdi?" e imediatamente o cara do café chama a Nathália para se aprontar para a apresentação que ela irá fazer mais tarde para as crianças. Eu e a Carol nos despedimos deles e ela logo me faz um interrogatório.

- Mulher, oque foi aquilo que eu acabei de ver?!- perguntou, Carol.

- Oque? Não rolou nada.

- Sei não, ficou um clima estranho entre vocês.

     Dei uma gargalhada estranhamente sincera
- Nada haver- respondi

   Carol fez uma cara de curiosa e de desconfiada.
   E como de costume bateu 7 horas em ponto no relógio, e o sinal bateu avisando a chegada das crianças. E como sempre cheguei na sala e aquela aluna "Liliane" já estava no seu lugar e tinha colocado as balas na mesa, como ela sempre faz toda manhã, acho curioso isso dela, Liliane é uma ótima aluna mas... É super quieta e não curte interagir com outras crianças, acho isso um tanto curioso.
     Derrepente todas as crianças  apareceram mais inquietas do que nunca. Dei  minhas minhas aulas de sempre e quando eu olho pro relógio já deu 10:30, horário de ver   a tal história da Natália.
   Falei para as crianças formarem filas pois iríamos a biblioteca pra ver um apresentação, e como o esperado elas ficaram agitadas.
     Fomos para a biblioteca e mandei eles sentarem em grupos de 5 pessoas, pra não ter confusão na hora de escolher as mesas.
        E bem na hora que eu me sentei, a Nathália apareceu se apresentando para as crianças, de uma forma doce e gentil. Confesso que tentei não olhar pra ela , mas esse mulher é hipnotizante. Percebi Nathalia me olhando algumas vezes, mas fingi que não vi. Não posso negar que ela é realmente boa no que faz, acho que eu nunca teria criatividade pra criar coisas assim.
Depois de meia hora da apresentação da Natália, organizei as crianças em fila novamente, e desci com elas para irem pro recreio.
  Bom, o uns dos momentos de paz que tenho é na hora do almoço, mas bem na hora que abri a porta do refeitório dos professores vejo a Nathaia sentada sozinha, tomando uma xícara de café quando derrepente ela olha pra mim e se levanta chamando meu nome.

-Bianca!- gritou ela

Não me importei e dei de costas, até sentir a mão dela no meu pulso.

- Precisamos conversar, tipo agora!.

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⏰ Última atualização: Sep 14, 2023 ⏰

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