⌜blue neighborhood⌟

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WILD"Leave this blue neighborhoodNever knew loving could hurt this goodAnd it drives me wild,'Cause when you look like thatI've never ever wanted to be so bad

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WILD
"Leave this blue neighborhood
Never knew loving could hurt this good
And it drives me wild,
'Cause when you look like that
I've never ever wanted to be so bad.
It drives me wild
You're driving me wild, wild, wild"

Quanto tempo cabe em um abraço? Nos braços de Taehyung, Jeongguk não sabia dizer se eram minutos ou horas. Talvez durassem dias, semanas, meses. Sete anos. Uma eternidade em um infinito particular. Não faria sentido nenhum se tentasse explicar para alguém de fora, mas fazia sentido para os dois. Eles estavam há mais de meia hora sentados na cama do quarto de Jeongguk, um de frente para o outro com as pernas entrelaçadas e em silêncio. Tudo o que podia ser ouvido era a suas respirações baixas. Uma iniciando e a outra finalizando. Sincronizadas. Como os dois eram em tudo. Desde a primeira vez que Jeongguk viu Taehyung, o coração dele soube. Ele tinha apenas quinze anos e Taehyung, dezessete, ambos praticamente na adolescência.

Jeongguk estava assustado com a perspectiva de debutar em um grupo de uma empresa praticamente falida, e como aquilo tinha tudo para dar errado.

No entanto, não deu.

Ele se sentia solitário, mesmo com seis garotos — tão assustados quanto ele — ao seu lado. Ele era extremamente tímido, sentia vergonha até de tomar banho enquanto os outros estivessem acordados. Mas entre os seis novos amigos, Taehyung foi quem o ajudou a vencer a timidez e se aproximar, e assim que o grupo Bangtan Sonyeondan debutou, foi notável como eles eram grudados um no outro. Taehyung vivia agarrado em suas costas como um pequeno coala, um apelido que logo foi dado pelos fãs. Jeongguk não se incomodava com isso, pelo contrário, sempre que Taehyung o abraçava, o sorriso em seu rosto se tornava ainda maior, deixando seus dentes de "coelhinho" à mostra, ficando evidente o quanto ele apreciava aquele contato.

Com o passar dos anos, a afeição entre os dois aumentou, e Jeongguk jamais saberia dizer com exatidão qual foi o momento em que tudo mudou, mas de repente, seus olhos e seu coração não viam mais Taehyung apenas como um amigo ou um simples companheiro de grupo. Assim como Taehyung não via mais Jeongguk da mesma maneira. Os toques não eram mais tão inocentes para ser apenas amizade. Havia uma necessidade, uma vontade de que suas peles se encostassem, de sentir o calor dos corpos juntos e do afeto ser demonstrado.

No primeiro "porre" de Taehyung, eles se beijaram pela primeira vez. Foi despretensioso, enquanto eles estavam no carro e após uma crise de riso com uma piada boba que um deles havia contado. Eles pararam de falar e simplesmente não conseguiram parar de olhar um para o outro. Aquele dia foi a primeira vez que Jeongguk se perguntou a respeito do tempo.

Quanto tempo cabia em um olhar? Segundos? Minutos? Horas?

Naquele momento, levou apenas sete minutos para que Taehyung, tomado pela coragem que o álcool lhe deu, se aproximasse o suficiente e tocasse os lábios de Jeongguk com os dele. O beijo foi uma mistura de curiosidade e surpresa. Eles estavam não apenas se descobrindo mutualmente, mas descobrindo a eles mesmos. Conhecendo os sentimentos que nem ao menos sabiam ou entendiam como lidar. Tudo era novo, mágico e excitante demais. O roçar de seus lábios perdurou por mais alguns segundos, até que suas línguas entraram finalmente em contato.

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