filmes esquecidos, beijinhos e um casal cheio de amor

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Renjun sentia seu rosto subir e descer conforme a respiração de Mark. Estava com a cabeça no peito do outro, deitados na cama grande do canadense naquele começo de noite de sexta-feira. Os pais do garoto não estavam em casa e os adolescentes agora assistiam um filme (Renjun não se importava em saber o nome, já que nem prestava atenção) relaxando debaixo das cobertas após uma semana cheia.

O Huang sentia que dormiria a qualquer momento. Achou boa a ideia de ver um filme, uma desculpa para ficar agarradinho ao namorado era sempre bem vinda, mas não conseguiu prestar atenção em uma cena sequer. Estava cansado e o corpo pouco maior que o seu era tão aconchegante que não pôde evitar o sono.

Levantou a cabeça para observar a expressão bonitinha de concentrado que Mark tinha, os olhos focados só desviaram da televisão quando Renjun chegou mais perto de si, mexendo minimamente o rosto para alcançar os lábios do outro em milhares de selinhos rápidos e estalados.

— O que foi, hm? — perguntou o Lee enquanto segurava o rosto pequeno entre as mãos quentinhas — Cansou do filme?

O garoto concordou com a cabeça, a expressão meio caída de sono que fez o mais velho rir e colar as bocas novamente, demorando mais no contato agora, mas selando tantas vezes quanto antes.

O menor se ajeitou na cama, colocando o corpo sobre o do outro e beijando-o mais uma vez, tendo a nuca segurada e espalmando as mãos onde antes se encontrava a sua cabeça.

A tv estava em um volume baixo que não atrapalhava, mas a luz forte vindo dela começava a os incomodar. O Lee separou o beijo e pegou o controle, desligando o filme que passou a ser insignificante.

Renjun aproveitou para enfiar o rosto no pescoço quente abaixo de si e descansar um pouco naquela posição. Mark voltou a atenção para o baixinho e rodeou com os braços o corpo magro. Ficaram daquele jeito por um tempinho até o Lee começar a sentir a região do pescoço umedecer e escutar os sons de beijos molhados vindos da boca bonita. Decidiu puxar logo o rosto delicado para colar os lábios mais uma vez, agora aprofundando mais e aproveitando por completo a sensação gostosa de estar pertinho de quem gostava, trocando afetos como demonstração de amor.

O contato os aquecia por completo. Percebiam os corações acelerarem como se fosse a primeira vez sentindo o sabor doce que as línguas compartilhavam, em perfeita sintonia um com o outro. Demonstravam seus sentimentos sem medo por meio daqueles toques bons em ambos os corpos.

Depois de alguns minutos aos beijinhos, concordaram silenciosamente em dar uma pausa para os lábios já vermelhos e meio inchados. Continuaram agarrados um no outro, com os corpos se esquentando e os corações acelerando, batendo sincronizados. Renjun começou a cantarolar a melodia de uma música baixinho perto do ouvido de Mark, que sorriu involuntariamente ao ouvir a voz calma e angelical do namorado, se derretendo. Gostava tanto daquele garoto que nem cabia no peito.

— Você é incrível Jun. Eu te amo demais. Sabe disso, não sabe? — as palavras correram para fora da boca antes mesmo que percebesse, em um sussurro impensado. A necessidade de contá-lo tudo o que sentia era gigante, então sua mente procurou pelas melhores palavras.

— Sei sim. Até porque te amo tanto quanto — recebeu em outro sussurro, os olhares brilhantes se encontrando automaticamente, transmitindo todo o sentimento não colocado em palavras.

Queriam ficar ali para sempre, apenas os dois no quarto frio, viajando na imensidão dos olhos um do outro.

Voltaram a se beijar apaixonados sob a luz da lua e das várias estrelas que entrava pela janela. Se entregavam àquele momento apenas deles, os lábios se chocando, as línguas se encostando e as mãos percorrendo os corpos alheios já tão conhecidos. Toques eram mais que comuns na relação dos dois — especialmente se viessem de Mark —, mas os contatos que passavam do casual e não falhavam em demonstrar toda a conexão entre os dois garotos eram especiais. Aconteciam quando um dos dois estava mais manhoso e meloso que o normal, ou quando esfriava e o clima pedia por situações mais aconchegantes como aquela.

Amavam quando acontecia, não poderiam negar.

Quando o contato gostosinho foi quebrado em busca de ar, Renjun apertou ainda mais o maior contra si, se aconchegando o máximo possível e alertando o outro que estava prestes a dormir. O sono ainda não tinha o abandonado, de qualquer maneira.

Não devia passar de uma da manhã ou até mesmo meia-noite, mas o dia agitado não os permitiu ficarem acordados até muito mais que isso. Os corações explodiam de afeto, e demonstraram isso combinando os batimentos mais uma vez. Mais grudados do que nunca, o casal finalmente caiu no sono, aconchegados ali e sentindo a mais pura paz de estar com quem ama.


kiss nightOnde histórias criam vida. Descubra agora