Capítulo 45

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Ciúmes e orgulho ferido


E lá estava Yeonjun, esparramado sobre o sofá de sua casa, encarando o teto com uma expressão vazia.

Sim, ainda não havia caído a ficha para ele de que Yeji o “dispensou”. Ironia do destino, ou não, podia sentir muito bem agora o que Ryujin havia dito. Ser chutado era mesmo um saco, ele concordava mentalmente.

— E aí, ruivinho? — Cumprimentou Beomgyu assim que abriu a porta de entrada, logo atrás dele estava Hueningkai. — Tá meio caidinho hoje?

— Não estou pra brincadeira agora, Beomgyu. — Falou Yeonjun, ríspido.

— Eita! Que estresse. — Comentou Hueningkai risonho enquanto trancava a porta.

— Acho que o ruivinho tá na TPM. — Falou Beomgyu para o irmão. —- Tá sangrando por acaso, Yeonjun?

— Já falei que não estou pra brincadeira. — Vociferou o garoto.

— Tá bom, tá bom... já entendi. Que saco! — Disse Beomgyu rendido. Resolveu mudar de assunto: — Mas aí... como foi a sua busca para conseguir convidar a ruivinha?

Yeonjun bufou no mesmo instante, chamando a atenção dos dois irmãos. Cruzou os braços, desviando o olhar e respondendo-o de maneira direta e seca:

— Ela me dispensou!

Um silêncio agonizante se instalou no local. Tanto Beomgyu quanto Hueningkai congelaram, atônitos e desacreditados. Foi só segundos depois que os dois reagiram, ao olhar nos olhos um do outro um sorriso contido se formou em seus lábios, os dois não puderam segurar por muito tempo abrindo a boca para gargalhar.

Yeonjun não demonstrou nada, apesar do ódio mortal que sentia agora pelos dois irmãos. Desencostou a cabeça do encosto do sofá, apenas assistindo com uma expressão não muito amigável enquanto os dois riam, se segurando um no outro para não cair.

— Há. Há. Há. — Ele riu sarcasticamente
revirando os olhos. — Muito engraçado! Já chega agora.

Beomgyu segurou seu estômago com força durante as gargalhadas. Levantou o rosto um instante, tentando em vão dizer algo coerente. Foi só após muito custo que conseguiu dialogar:

— E-Espera aí... me dá um segundo pra entender. Você, Choi Yeonjun, levou um pé na bunda da ruivinha?

— Foi exatamente o que eu disse. Está surdo?

— Não, só pasmo! — Rebateu.

— Isso é surreal! — Completou Hueningkai em meio às gargalhadas. — É a primeira vez que convida uma garota e ela te chuta.

— Argh! Já chega, tá legal. — Ele explodiu. Levantou abruptamente de seu lugar, cerrando os punhos e rangendo os dentes em tom ameaçador.

— Calma irmãozinho, vai passar. — Zombou o moreno acariciando a cabeça do irmão como se o mesmo fosse uma criança.

– É, Yeonjun. — Hueningkai o copiou o gesto, rindo como um bobo. — Você vai superar, vai por mim.

— Vão se foder! — Berrou empurrando os dois irmãos. — Eu não quero superar porra nenhuma, só quero entender aquela garota. Primeiro ela fica triste por alguma coisa que eu não fiz. Depois Hueningkai fala que é culpa minha. Aí, quando eu finalmente chamo para ir ao bendito baile, ela nega dizendo que tem um par?! Qual o problema daquela criatura?

— Yeji tem um par? — Perguntou os dois em uníssono enquanto o rapaz se descabelava.

Yeonjun bufou, cruzando os braços e desviando o olhar.

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