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POLEGAORES OPOSITORES

    Wang Yibo

— Isso é QinSu  de novo?

Eu posso ouvir o sorriso na voz de Zhang enquanto ele se aconchega perto de mim. São apenas nove horas, mas tivemos um longo dia e decidimos ir para cama mais cedo. É claro que, no segundo em que deslizamos sob as cobertas, esquecemos a agenda do sono e fomos direto para o plano de foder um ao outro. Agora estamos quentes e nus na minha cama grande e confortável, e não há outro lugar em que eu prefira estar.

— Sim— . Eu rio com a mensagem de voz que minha filha acabou de me deixar - a terceira da noite.

Ela quer saber se Rufus pode assinar seu gesso quando ela estiver aqui no próximo fim de semana. Eu começo a digitar um texto.

— Como você explica a uma criança de quatro anos que os cachorros não têm polegares opositores?

— Aqui, deixe-me.— Zhan se senta, o lençol caindo de seu ombro magro.

Ele pega o telefone, digita alguma coisa e devolve.

Ele escreveu:
— Claro que ele pode!

Eu gemo alto.
— Mania de fazer promessas em meu nome, Bunny. Agora eu tenho uma semana para ensinar um cachorro a usar um Sharpie.

Ele ri.
— Eu tenho fé em você. Além disso, você sabe que não posso nunca dizer não as suas filhas. Elas são muito malditamente doces.

Eu dou-lhe um olhar severo.
— Bem, é melhor você aprender como dizer isso. Se alguma vez tivermos uma nossa, não posso ser o pai malvado o tempo todo porque o outro papai é péssimo na disciplina.

Zhan congela e eu imediatamente percebo o que eu disse. Nosso próprio.
Como em nossos próprios filhos. Bem… uau. Eu não posso acreditar que meus pensamentos foram para lá, mas eu sinceramente não posso dizer que me importo.

— Você... quer ter mais filhos?— Ele pergunta lentamente.

Eu também me sento, certificando-me de que os lençóis estão cobrindo meu pênis.
Esta conversa de repente ficou muito mais séria.
— Sim, eu quero.— Eu decido levantar o fator de honestidade.
— Pelo menos mais dois.

Suas sobrancelhas escuras voam.
— Mais dois.

— Sim— . Calor rasteja no meu pescoço. — Eu sempre quis, ah, quatro filhos.

— Quatro filhos.

— Sim. Ou cinco.

— Ou cinco.

— Sim.— Eu finjo que ele não está olhando para mim como se eu tivesse cultivado um bigode de cafetão.

— Eu era filho único— , eu explico calmamente. — E crescendo, tudo que eu sempre quis foi um irmão. A maioria dos meus amigos tinha um parente ou dois, mas esse amigo meu, Cody, tinha dois irmãos mais velhos e duas irmãs mais novas. Toda vez que eu fui a sua casa para o jantar, era um caos puro. Eu não posso deixar de sorrir.

— Eu amei. Sempre quis isso para mim mesmo. Bao e eu...— Eu paro por um segundo, porque é estranho trazer meu ex quando estou na cama com meu atual.

— Nós queríamos mais crianças , eu admito.

— Mas tivemos tempo suficiente para adotar as meninas, e houve complicações durante o processo, então iríamos esperar pra adotar mais.

— Oh— . Zhan ofega baixinho.
— Eu não fazia ideia.

— Essa é provavelmente uma das razões pelas quais ele é superprotetor deles, porque elas são tudo o que ele tem, sabe?

— Eu entendo.— Xiao Zhan faz uma pausa por tanto tempo eu me pergunto se ele vai falar. Mas então ele faz, e a mudança de assunto me surpreende.
— Li Bao pediu desculpas quando eu te deixei sozinho no hospital?

— Sim, ele fez. Ele disse que eu estava certo sobre ele querer sair do casamento. Mas que ele nunca se imaginou se divorciando.

— Então ele fez sua culpa.
Deslizo a mão pela testa, imaginando por que ele levou a discussão nessa direção.

— Sim, querido. Mas tudo bem. Estou bem.

— Tão bom que você quer mais dois ou três garotos— , pondera Zhan.
Eu aceno e procuro seus lindos olhos .

— Você está se esquivando dessa conversa? Eu pensei que você disse que você e He Peng estavam planejando ter filhos eventualmente.

— Nós estávamos.— Ele desliza mais perto e descansa a cabeça no meu ombro. Seu cabelo sedoso roça minha pele nua, enviando um arrepio na minha espinha.
— Você ainda quer isso?

— Com He Peng? Não. Estamos divorciados.

Eu me aproximo e puxo uma mecha de cabelo.
— Espertinho. Você sabe o que eu quis dizer.

Xiao Zhan lança um sorriso atrevido antes de sua expressão ficar séria.
— Sim, eu ainda quero isso.— Sua voz é suave e ofegante. — Mas você está muito perto de sugerir que faremos isso juntos.

— E isso te assusta?

Ele pisca.
— Não, isso me deixa ridiculamente feliz. Eu só preciso saber se você está brincando ou não.

Eu o agarro pelos quadris e puxo seu corpo nu para o meu.

— Sem brincadeiras, Bunny. Se é algo que você pode lidar, eu quero uma família com você.

Ele respira fundo e sai trêmula.
— Dois ou três filhos soam maravilhosos para mim, Yibo.

Eu não posso explicar a alegria pura que inunda meu peito. Ou a ereção instantânea que as palavras dele produzem. Eu acho que a ideia de começar uma família com ele me excita. Inferno, tudo sobre esse homem me excita.

Minha boca está na dele antes que ele possa dizer outra palavra. Zhan grita de surpresa, mas meu Bunny sabe como se recuperar - em questão de segundos, sua língua está ansiosamente lambendo a minha como se ele quisesse lamber cada centímetro da minha boca. O beijo é fumegante e induz gemido, e alguns minutos depois eu estou rolando ele, meu corpo cobrindo o dele enquanto minha mão desliza entre suas pernas.

— Yibo— , ele engasga quando eu deslizo dois dedos dentro dele.

— Você gosta disso?

Ele arqueia contra meus dedos sondando.

— Sim.

Cristo, eu amo sua capacidade de resposta. E meu pau palpita para transmitir sua inveja que meus dedos estão recebendo toda a ação. Eu rapidamente concerto a situação, levantando o joelho e empurrando profundamente.

Nós dois gememos felizes no momento em que eu afundo em casa. Eu amo estar dentro desse homem. Eu amo transar com ele e adoro beijá-lo e…
— Eu te amo— , eu sufoco.

Zhan se detém por um momento, as unhas se enterrando nas minhas costas.

— Você o quê?— Ele diz sem fôlego.

— Eu te amo— , repito. — Eu te amo, Xiao Zhan— Digo extremamente feliz. Ele é meu Bunny.

— Eu...— Sua respiração soa superficial para os meus ouvidos. O martelar do coração dele contra o meu peito combina com o mesmo ritmo frenético do meu.

— Eu também te amo.

E assim começamos a nossa própria história…

(....)

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