Oi.
Voltei com mais uma Vhope. É Longfic.Esse prólogo é curtinho, só pra sentirem a vibe. Ele se passa alguns anos antes da história realmente começar. Em média 5 ou 6 anos antes. Há algo que vocês saberão que se trata do nosso casal, mesmo que não apareça os nomes.
Semana que vem teremos o primeiro capítulo.
Aproveitem a história, comentem e votem bastante, senão não tem graça u_uBoa leitura! ;)
••✽⊹⊱•✽•❇•✽•⊰⊹✽••
Ele corre entre os arbustos perto de casa como um cervo assustado. Os olhos castanho-alaranjados brilham ao mirar o sol por um mísero instante.
Não há ninguém com ele, tampouco alguém que o persiga num pega-pega, mas parece que sim.
Seus risos alegres ecoam por todo canto como se tivesse irmãos, mas não tem. E sua mãe estranha o comportamento sempre otimista.
Eles vivem em uma pequena cabana no caminho entre a Floresta do Norte e o Deserto de Areia Amaldiçoada, onde ninguém se atreve a pisar. Desse modo, nunca recebem visitas. Pelo menos nenhuma que seja amigável.
A criança, Lucca, não tem amigos. A província mais próxima fica a mais de oitenta quilômetros de distância e os habitantes não são muito simpáticos, calejados pelo sofrimento, como subordinados de um imperador implacável no que diz respeito a mestiços e ruivos. E a província é composta principalmente por essas castas, ainda que os ruivos nunca se mostrem para a população em geral, sendo como lendas contadas para assustar crianças.
No entanto, o pequeno Lucca é feliz. Ele corre para todo o lado e não entende quando sua mãe diz que pode se machucar, caso continue a correr como um animalzinho selvagem.
Mas ela não sabe o que ele sabe.
Lucca tem certeza de que não se machucará, tampouco morrerá antes da hora.
Ele não imagina, ele sabe.
É capaz de ver a cena de confirmação como se estivesse acontecendo naquele preciso instante.
Certo dia, enquanto corre mais uma vez entre os arbustos em volta da casa, a mãe o ergue do chão com o poder que lhe permite fazer objetos ou pessoas leves levitarem. Ela faz os pezinhos de Lucca balançarem relaxados no ar, enquanto ele continua fazendo movimentos de corrida, ainda que não esteja pisando no chão. É como nadar sem água.
Ele ri.
Ela também.
Mas dura pouco.
Ao começar a trazê-lo para perto usando levitação, Lillian nota um solavanco violento nas costas do garoto. Ele se curva dolorosamente para trás, a coluna forma um perfeito C.
Em desespero, a mãe arregala os olhos e usa a mesma magia que o fez flutuar, para trazê-lo para o colo com mais rapidez.
- Filho, o que você tem?! - E se aterroriza ao ver os olhos dele totalmente brancos, sem íris. - Eu disse para não correr tanto!!
Ela sabe muito bem o que aquilo significa, mas prefere se iludir por um instante, pensando que o "sintoma" é decorrente das incessantes corridas do pequeno.
No entanto, sua ilusão dura bem pouco, afinal a realidade não demora tanto a se esgueirar em meio à nulidade do olhar infantil.
- Eu morrerei correndo, mamãe. - Ele revela como se nem estivesse ali, falando com a mãe, ainda que a cite.
- Você não pode saber disso, Lucca! Não diga besteiras! - Se exalta, tentando se agarrar a algo bom, enquanto o vê transitar entre a lucidez e algo que ela não pode ver, muito menos entender.
- Nós dois morreremos pela mesma causa - continua sem medo, falando disso para ela pela primeira vez. - No mesmo dia - completa.
- Que causa?! Do que você está falando, filho?!
E o pequeno não pode ver o terror nos olhos dela, pois está assistindo a um futuro longínquo, mas que dificilmente mudará. Por isso, Lucca apenas aceita.
- Eu entendo tudo agora. - Afirma sem deixar que a mãe interprete para onde está olhando, uma vez que seus olhos brancos ocultam tudo. - Eu vou primeiro, mamãe - conta, enigmático. - Mas não se preocupe porque seu sofrimento por mim não vai durar muito. Ele virá e te fará entender que nosso destino sempre foi ele.
- Ele?! Quem?! Lucca, não brinque! Não me assuste desse jeito ou eu te coloco de castigo!
- Ele é o nosso destino. O ômega ruivo. Ele traz um alfa loiro e também... Um bebê na barriga... Eu... Eu vou correr por ele. E vou morrer por ele. E serei feliz com essa escolha, mamãe. Eu nasci pra isso. É o meu destino.
E depois disso, Lillian nunca mais deixou o filho correr em volta da casa, como se isso pudesse protegê-lo.
No entanto, Lucca corre mesmo assim.
••✽⊹⊱•✽•❇•✽•⊰⊹✽••Este enredo contém inspirações no anime yaoi "Ai no kusabi", conforme aparece nas tags. Sendo mais específica, a definição de "castas" baseada nas cores de cabelos vem daí, mesmo que aqui tenhamos algumas modificações. Os visuais também, como estilo de cabelo e roupas. A organização social, considerando as cores de cabelo, também são semelhantes. Desse modo, repito que tais detalhes são uma inspiração, não uma cópia, pois modifiquei todos à minha maneira para que se adaptem ao meu enredo.
LOV ou LV, como quiserem chamar, não está toda escrita; estou terminando o segundo capítulo ainda.
Além disso, não pretendo postar com tanta frequência porque estou no mestrado, então não disponho de tanto tempo. No entanto, prometo pelo menos uma att por mês. Se conseguir mais tempo, postarei mais, claro.
De todo modo, como sempre faço, vou me dedicar a escrever a melhor história que posso para vocês. Esperem grandes surpresas, emoções e reviravoltas.Mais avisos sobre o enredo no primeiro capítulo, que provavelmente será postado semana que vem.
PS.: Amiga, Daiane, feliz aniversário! Aqui vai mais uma história-Vhope-presente de aniversário.
Salvem e votem ⭐
Grata ;)
Até.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Lily of the Valley • Vhope
FanfictionEm um império onde a cor do cabelo define o destino de cada indivíduo, o príncipe Taehyung, com seus poderes incompletos, encontra-se dividido entre o dever e o desejo. Quando cruza o caminho de Hoseok, um misterioso e perseguido ruivo, ambos são en...