Então se prepara que eu vou te tirar do sério!

Único

Havia um lugar específico que Rio adorava frequentar, e essa era uma balada muito famosa na região, dezenas de pessoas iam lá todas as noites aproveitar dos drinks deliciosos, da música boa e as cores néon que ajudavam os drogados a alucinarem com mais facilidade.

Desde os fumantes do lado de fora, aos dançarinos no meio da pista e bêbados no bar, Rio já esteve entre todos eles, todas as noites que ia gostava de migrar, conversar um pouco aqui, um pouco ali, mas naquela noite específica estava bem feliz tomando sua terceira caipirinha de limão, no bar, observando a pista.

- Rio de Janeiro! Quanto tempo~

Uma voz feminina familiar chamou sua atenção, uma garota chamada Teresa Pacheco, um contatinho antigo e não mais usado há bastante tempo.
A tal ainda usava o mesmo vestido amarelo florido de sempre, e o mesmo penteado de cabelos cacheados até os ombros.

- E aí Teresa, como é que tá?- A cumprimentou.

- Tá tudo mais ou menos a mesma coisa... mas você sumiu, hein? Nunca mais ligou, nunca mais mandou mensagem.- A menina se sentou no banco ao lado dele, se inclinando para se apoiar em seu ombro.

- Pois é né, gata?- Suspirou, voltando a olhar na direção que olhava antes.- Relaxa que não foi nada contigo Teresa, eu só mudei de fase.

- Hm sei...- Teresa sorriu, se aproximando mais do maior.- Que tal se a gente relembrasse um pouquinho os "velhos tempos" hm? Eu tava morrendo de saudade...

Rio tirou a mão dela de seu ombro com delicadeza.- Valeu pelo convite, gatinha, mas eu tava falando sério.- Rio manteve o sorriso e mostrou o anel que usava.- Tô compromissado.

- Você? Até parece.- Teresa gargalhou.- Fala sério, o cara que pega vinte pessoas numa festa? Que leva alguém pra cama quase todos os dias? Que tem a lista de contatinhos do tamanho da bíblia?

- É, esse mano mesmo.

- Sei, tua namorada deve ser muito corna então, cheia dos chifres né?- Teresa riu, antes de sentir uma mão segurar o ombro dela com firmeza.

- A "namorada" vai te mostrar aonde ela vai colocar os "chifres", se a bonitinha não parar de dar em cima do meu macho.- O sorriso de RJ aumentou ainda mais ao ver São Paulo ali, claramente puto, a expressão ainda mais em evidência já que o mais velho havia decidido prender os cabelos em um rabo de cavalo curto naquela noite.
Teresa olhou pra trás e ficou branca, imediatamente se levantando e se atropelando nas desculpas, mas com os olhos do paulista apenas mandando ela sumir, ela o fez sem mais palavras.- ... "gatinha", Rio de Janeiro?

- Ô meu amor, cê sabe que eu chamo todo mundo assim...- O maior apenas envolveu o amante, muito bem vestido por sinal, pela cintura, ainda sentado.- E você também sabe que eu só tenho olhos pra você.- Disse, as mãos dedilhando o limite entre o short jeans e a meia-calça arrastão, pouco a pouco subindo para a pele exposta pelo cropped de manga longa que usava.

- Tô sabendo.- Disse seco, desviando o olhar.

- Não fica assim... eu chamo todo mundo de gatinho e gatinha... mas princesa eu só tenho uma.- Se aproximou para tentar lhe dar um selinho, mas São Paulo virou o rosto e tudo o que conseguiu foi deixar um beijo no rosto.- ... eu também só tenho uma boneca... e uma tchutchuca...- Contiuou falando, agora se levantando do banco para fazer o namorado o olhar nos olhos.- ... e só um namorado que quando fica com ciúmes me deixa maluquinho de tesão.

- Você adora me ver com ciúmes né, sua praga?- Revirou os olhos, sentindo Rio o abraçando por trás.

- Adoro...- Beijou a nuca do menor.- E adoro ainda mais quando você mostra que eu tenho dono~