Capítulo único

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Um filme acabava de passar na televisão e eles não sabiam como aquele assunto chegou, mas chegou, e cada vez mais ia ficando estranho. Apenas os dois, Minho e Chris, estavam naquela sala, outros membros deveriam estar espalhados por aí, mas eles não ligavam muito para esse fato agora, a casa estava silenciosa, era bom.

E era também audível as risadas de ambos, sem se importar se estavam sendo escandalosos ou não. 

“Ele é mesmo muito engraçado” quem disse foi Chris, se referindo a pessoa cujo se tornou o tópico principal daquela conversa aleatória e normal. 

“Han Jisung… Ele é único” Minho sorriu ao dizer, sua voz era doce e calma, gentil, com muito afeto ao falar do mais novo. 

“Oh, sim! Ele é incrível, talentoso, um ótimo amigo” então eles começaram a despejar elogios e mais elogios sobre Han Jisung. 

Han Jisung, ele era tudo o que Chris e Minho falavam e muito mais. Todos sabiam o quão adorável poderia ser aquele garoto, todos poderiam ficar horas e horas o elogiando. 

Sendo assim, por quê, então, exatamente, aquela conversa começou a ficar tão estranha, tomando rumos tão diferentes? 

Tipo, eram duas pessoas falando sobre seu amado amigo, claro, isso é totalmente normal.

“Hannie… Hannie é fofo, talvez o garoto mais fofo que eu já conheci na minha vida” Minho disse. Ele se jogou para trás, no sofá, suspirando ao falar. 

“Mas a presença dele nos palcos também é surpreendente. Ele tem uma dualidade incrível”  ao ouvir isso, Minho estreitou os olhos, negando com a cabeça. 

“Não! Mesmo nos palcos, eu consigo fazê-lo perder aquela pose. Não importa.”

Chris ficou em silêncio, em sua cabeça, se passaram algumas situações em que Jisung se mostrava totalmente dominante e firme em todas as suas ações, mas, também, as palavras de Minho fizeram sentido ao se recordar do Han ficando tímido, ou até mesmo nem conseguir olhar para o rosto do Lee pelo resto da noite, por pura vergonha. 

Minho sempre fazia gracinhas, dizia coisas em seu ouvido e então Jisung ficava… fraco. 

Era inevitável não perceber as reações de Jisung às palavras do mais velho. Chan perguntava se estava tudo bem, se havia acontecido algo, mas Sungie apenas dizia que não era nada, o olhando com um rosto corado e fofo. Aquele rostinho lindo que tanto seu líder adorava. 

 Não queria pensar que o que Minho dizia a ele fosse algo errado, talvez fosse alguma piadinha besta ou algo que irritasse o menor, porque eles eram amigos e essas coisas eram normais. 

A verdade é que Chris gostaria muito de acreditar nisso, porém, depois das palavras de Minho, sua cabeça virou uma bagunça completa. 

“Hannie é o mais fofo, e o mais lindo também. Você já o viu com vergonha? Argh! Aqueles olhinhos de inocência, o biquinho nos lábios, isso me dá ainda mais vontade de comer ele.” 

Foi como se o chão sob seus pés tivesse desaparecido, Chris ficou até mais branco que o normal, tentando raciocinar e querer acreditar que não tinha ouvido aquilo certo. 

“O que… O que você acabou de dizer?” sua voz era lenta e arrastada. 

“Não ouviu? Eu disse que me dá vontade de comer ele” Minho dizia isso com tamanha tranquilidade, olhando nos olhos do mais velho. 

“Você não pode estar falando sério, Minho” Chan estava espantado com aquela confissão. 

“Eu nunca falei tão sério em toda a minha vida. Por que você acha que ele fica tão tímido quando digo coisas em seu ouvido? Ele adora, aposto que se fode pensando no meu pau.” Minho, ao dizer isso, fechou seus olhos. “Merda, não posso, não posso pensar, fico tão duro.”

Abrindo e fechando a boca algumas vezes seguidas, mas sem conseguir dizer nada, Chan fechou seus olhos e suspirou pesado, assim como seu corpo se encontrava agora, como se uma âncora o puxasse para o fundo.

Para o próprio inferno, porque sua mente, lhe pregando peças, o fez imaginar o que Minho havia dito. 

Percebendo o estado do seu líder, ele sorriu.

“Você também pensou, não é?”

Não, Chris não pensou. Ele não deveria. 

Mas, que tipo de coisa Minho diria a Jisung para o deixar daquele jeito? Tão tímido, tão acanhado e falando baixinho? Elogios bobos não devem ser. Impossível.

Talvez Minho dissesse a ele que queria o comer com força, ou que queria que ele o chupasse, o fazendo engolir toda a sua porra. Talvez Minho dissesse a ele como o foderia. Que o pegaria pelos cabelos e socaria o pau em sua garganta, para depois, meter em sua bunda, até ele perder os sentidos.

Talvez… Chris nunca saberia. 

“Chega, esse assunto acaba aqui. Não quero que fale esse tipo de coisa do Jisung na minha frente, ele é nosso amigo e isso é errado!” ele disse sério, olhando para Minho.

“Acabou mesmo? Que pena, eu achei que estava gostando de imaginar essas coisas sobre o Sungie” Minho sorriu, subindo sua mão vagarosamente pela coxa de Chan, até chegar em sua virilha e, consequentemente, seu pau.

Que estava, visivelmente, duro. 

“Você é sujo, Bang Chan! Fica duro pensando coisas imundas do adorável Hannie.”

“O que-” 

“No que você pensou? Nele se fodendo com os dedos? Ou chupando você? Nossa, meu pau mal caberia na boca dele, aposto que o seu também não. Droga, imagina encher ele de porra?” 

Minho era um provocador, e ele fazia isso muito bem. 

“Minho, por favor…” 

“Vamos, você já está na merda mesmo, que tal bater uma pra ele? Eu já fiz isso tantas vezes, Chan hyung”  o incentivou. 

Chris estava em um beco sem saída agora. Com seu pênis duro feito pedra, reagindo a cada palavra que Minho dizia, e ainda por cima, não conseguindo tirar da sua cabeça aquela imagem de Jisung agora. Se sentia péssimo, errado, porque Hannie era tão bom pra ele.

Hannie era tão bom, mas tão bom… seria tão bom receber um boquete dele agora. 

“Porra…” ele gemeu, abaixando sua cabeça e a cobrindo, porque estava morrendo de vergonha. 

“Hyung, não precisa ser assim, nós dois partilhamos esse desejo agora, não é? Talvez nem seja só a gente.”

“Isso é tão errado” Chris disse sôfrego. Ele queria chorar, só que de tesão. 

“Tudo vai ficar bem, hyung, não se sinta culpado, Sungie é uma delícia. Você pode gozar imaginando ele peladinho na sua cama, bem aberto e… porra, eu tô tão duro agora”  Minho gemeu. “Quero meter tanto no cuzinho dele, o fazer chorar e implorar pra ser minha puta.” 

A essa altura, Bang Chan massageava seu membro sobre a roupa, se sentindo ficar molhado e cada vez mais sujo. Sua mente estava nublada de fantasias das mais safadas possíveis. Ele era um péssimo amigo. 

Jisung jamais o perdoaria por pensar coisas assim. Jamais o perdoaria por querer fazer dele sua puta na cama. No sofá também. Na mesa da cozinha. Em qualquer lugar. 

“Merda, Minho, eu quero tanto comer ele agora, mas ele não iria aguentar, é tão pequeno.”

“Hyung… Ele não aguentaria nós dois, aguentaria?” 

“Não, ele não aguentaria, porra, iríamos destruir ele. Caralho, ele iria chorar no meu pau grosso, pedindo por mais sem nem poder.”

Eles só não começaram a se masturbar ali mesmo porque alguém poderia chegar a qualquer momento. Seria constrangedor. Mas a vontade era tanta, era muito grande. 

“Queria tanto que o Jisung me chupasse agora”  Chan acabou gemendo arrastado, dizendo cada palavra em alto e bom som. 

“Você queria que eu o quê?” 

E foi aí que seu coração congelou, parou algumas batidas e quase saiu pela boca. 

“Hannie… Você chegou!” Minho se levantou, com sua maior expressão cínica possível.  “Estávamos falando de você.” 

Aquela conversa sobre Han Jisung, definitivamente, não terminaria tão cedo.

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