G • 34

1.7K 111 1
                                    

Mikaella havia me ligado dizendo que não estava se sentindo bem mas acabou desligando na minha cara desistindo de admitir que precisava de ajuda

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Mikaella havia me ligado dizendo que não estava se sentindo bem mas acabou desligando na minha cara desistindo de admitir que precisava de ajuda.

Confesso que meu coração disparou feito uma bomba que estava prestes a explodir e todo o meu corpo ficou nervoso começando a soar frio e a tremer.

Estava com medo de como ela estaria.

Por isso tentei vir até o seu apartamento o mais rápido possível e agora tô suspirando fundo esperando ela abrir a porta o que estava demorando.

-- será que ela tá bem? -- me auto questionei sozinho e peguei meu celular ligando pra ela que demorou a atender

📲

-- Mi, eu tô aqui! Abra a porta.

-- você veio? -- sua voz saiu tão baixa que quase não ouvi

-- claro que eu vim, não vou deixar você sozinha -- falei preocupado com a sua voz falha e chorosa -- o que você tem? -- perguntei mais uma vez ficando mais aflito com a situação.

-- eu tô com dor de cabeça, só isso, já estou indo abrir a porta -- ela disse desligando a ligação mais uma vez e suspirei.

Eu sabia que ela tava escondendo algo, era estranho mas eu sentia isso.

Não demorou muito pra Mikaella abrir a porta com uma cara nada agradável e os olhinhos chorosos notavelmente vermelho.

-- ei, o que você tem? -- perguntei preocupado com a sua situação

-- uma dor de cabeça extremamente forte -- ela disse cortando o contato visual, faltava algo.

-- aqui tem remédio? --perguntei indo em direção ao painel da tv

-- tem, aí em baixo -- olhei onde ela falou e tirei alguns medicamentos, procurei por paracetamol e fui até a cozinha enchendo um copo de água a entregando -- vamos subir, Miguel está lá no quarto dormindo feito um anjo

Concordei a analisando melhor e todo o seu corpo parecia doer, já que ouvi ela resmungar diversas vezes durante a subida pro seu quarto, assim que chegamos ela se deixou se encolhendo na cama colocando um travesseiro no seu colo.

Miguel estava ao lado cercado por almofadas, dormindo literalmente feito anjo como Mikaella havia dito, caminho em sua direção e beijo na sua testa levemente evitando qualquer forma de acordar ele

Olho pra morena vendo que ela chorava quietinha e caminho em direção ao outro lado do quarto me sentando nos pés da cama respeitando o seu espaço

-- por que você não quer me falar o que tá acontecendo? -- perguntei baixo preocupado mexendo nos meus dedos

Ela tava suada e claramente tentando aguentar o máximo possível a dor que estava dentro do seu corpo

A azedinha se levantou com cuidado e foi pro banheiro ainda calada, como ela tava muito mal acabou batendo na cômoda mas ignorou indo direto pro banheiro

Apanhei os livros que caíram, o abajur, o carregador e acabo vendo que tinha alguns absorventes ali que também apanho e coloco encima da cômoda como provavelmente estavam antes.

Acabo olhando pro absorvente novamente e rapidamente uma luz acende ao lado do meu cérebro, saio do quarto e vou até a sala procurando um remédio de cólica.

Vou em até a cozinha pegando uma panela e colocando água dentro parar poder ferver, depois vou a geladeira e retiro uma barra de chocolate.

Espero a água ferver e coloco dentro de uma compressa que achei dentro da dispensa, voltei pra cima vendo Mikaella deitada encolhidas novamente.

-- você tá com cólica não é? Não precisa ficar com vergonha podia ter me falado desde o início

-- fiquei com vergonha -- sua voz quase não saiu e eu te entreguei a compressa de água morna, a morena levantou s blusa e o colocou na sua barriga pressionando -- obrigada, de verdade não só por isso mas principalmente por estar aqui, eu tenho endometriose e por conta disso a minha cólica é dez vezes pior do que as normais que toda mulher tem, tô sangrando muito, tô com febre, tô ficando com medo de ter uma hemorragia de novo

De novo? Ela já teve hemorragia, meu Deus

-- eu sinto muito mas eu tô aqui e vou tentar te ajudar o máximo possível, quer ir ao hospital? -- perguntei mas ela negou -- toma, vai te ajudar -- falei entregando o chocolate para ela que pegou abrindo um sorriso. -- vou colocar aqui os remédios de cólica que eu achei -- falei deixando em cima da cômoda branca e ela concordou suspirando fundo.

Por questão de respeito a seus traumas me deito ao lado de Miguel deixando ele no nosso meio

-- você vai melhorar já, já.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
FRONTEIRA - Gerson Santos Onde histórias criam vida. Descubra agora