The Omega Protocol

PROLOGO

Código para sobreviventes.

2028/ 14:35PM
Colorado

    Um grito agonizante e desesperado foi ouvido ecoando pela rua deserta da cidade seguido de choro e gritos de pavor pedindo por socorro e misericórdia. Uma mulher corria tropeçando enquanto chorava e virava o rosto várias vezes para ver a distância de seu perseguidor. Ela correu o mais rápido que pôde segurando a barriga, tentando ignorar a dor que sentia e os tremores violentos percorrendo seus ossos.

    A criatura medonha — que outrora fora humana — grunhia e arrulhava sons agonizantes e horripilantes. Seu rosto deformado, a sclera dos olhos cobertas de vermelho carmesim indicando uma hemorragia, os dentes tinham caído, a pele parecia ter sido queimada com ferro e, de suas costas surgiam ossos a mais, com uma cobertura de pele fina e maltratada que parecia prestes a rasgar.

    O monstro de repente saltou indo diretamente para a mulher, que gritou até engasgar sem fôlego quando ele a derrubou no chão e suas mãos destorcidas foram diretamente para a barriga dela. As unhas fracas tentando arranhar e perfurar a pele enquanto ela se debatia e gritava tentando chutar e afastar as mãos de seu corpo. Um grito rouco de dor escapou da mulher quando ela sentiu sua pele sendo rasgada, seus olhos fecharam e sua mandíbula se apertou com força, suas unhas curtas arranhando o braço de seu agressor em uma última tentativa de afastar suas mãos de si.

    O som de um tiro ecoou pela rua e o infectado urrou de dor quando as balas atravessaram seu corpo, a dor dificultando que ele sustentasse o próprio peso e fazendo com que ele caísse para o lado colidindo no asfalto.

–Meu Deus, esse é o mais feio que eu já vi– Um homem usando uma mascara e um uniforme preto falou com tom de desgosto enquanto destrava a arma apontando mutante.

–Você é novo, vai ver coisa muito pior ainda– Um segundo homem ao lado dele zombou guardando a pistola e substituindo pela M4 pendurada em seu ombro– Esse dai só é feio.

–Isso era para me tranquilizar?

Ele riu apoiando a arma no ombro– Claro que não, ninguém te avisou que eu gosto de assustar os novatos?

    O infectado se levantou grunhindo e rosnando de dor, se virando para o pequeno grupo de cincos pessoas uniformizadas e armadas que imediatamente apontaram suas armas para ele. Ele fez sons incompreensíveis, os ossos sobressalentes de suas costas se mexendo e abrindo o que deveria ser algo parecido as asas de um morcego.

–Só pode ser piada. Essa coisa voa?– Um dos homens perguntou com um expressão de incredulidade e pavor estampada em seu rosto.

–Claro que não, a estrutura óssea da asa de um morcego não é suficiente para suportar o peso, mesmo que o tamanho dê essa impressão– Uma careta se formou no rosto do Major quando a criatura pegou impulso e saltou a uma altura considerável antes que suas asas de dobrassem para baixo e ele fosse puxado pela gravidade– Viu?

    Ele atirou nas asas e abdômen do mutante antes que ele pudesse se aproximar deles e caminhou até o corpo estirado dele dando uma rápida olhada na mulher caída no chão, que chorava de dor e medo, sua barriga e pernas encharcadas de sangue, sua barriga redonda e grande em comparação ao seu corpo magro deixavam evidente sua gravidez que devia estar nos últimos meses de gestação.

–Que droga, levem ela pro carro!– Gritou ordens para os outros soldados que rapidamente saíram do estado de choque e foram rapidamente ate ela, que se debateu e gritou assustada, abraçando sua barriga, assustada com o que eles fariam com ela.

–NÃO! ME SOLTEM, POR FAVOR POR FAVOR!– Ela gritou e se debateu tentando se livrar do aperto em seus braços.

–Major, ela não quer vir– Um dos homens segurando ela falou em pânico procurando por alguma instrução.