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Jenna Marie Ortega P.O.V

  Olhava para o caixão que era descido lentamente para dentro daquele buraco que cavaram, eu olhava tudo de maneira séria, fingindo uma grande tristeza de perder aquele que mais amava. Kennett Jenkins, era o homem de 39 anos ,que estava ali dentro. Ele era um homem bom, ingênuo, carinhoso...acreditava em tudo e em todos, eu o amava. Ele era tão incrível que eu não pude deixar nesse mundo cruel.

  A rosa branca que segurava em minha mão, me aproximei daquele buraco e joguei a flor lá dentro, sussurrei você está em um bom lugar agora. Encenando, deixei que uma lágrima escorresse pelo meu olho direito.

Sinto uma mão em meu ombro, me viro um pouco pra trás vendo o advogado de Kennett ali. Ele tira aquele véu preto de meu rosto e então estende o braço pra mim. Boto a mão em seu braço e o Sr. Lawrence vai me guiando para longe daquele local.

Sr. Lawrence: - Eu sinto muito por isso Sra. Jenkins.  Pessoas boas sempre são as primeiras a irem, esse mundo é tão injusto. -- Nega com a cabeça e eu continuo sem expressão alguma.

Jenna: - Agora ele está em um lugar melhor. -- A única coisa que eu digo.

Sr. Lawrence: - Com certeza. - Deu uma pausa.
- Como ele não tinha filhos, os bens dele foi tudo para você, assim como as concessionárias. - Diz e eu quis sorrir,mas não pude.

Jenna: - Não quero as empresas. -- Vejo o homem me olhar surpreso com a minha fala.
- Dê para aquele sobrinho que tanto amava. - Completo me afastando dele.

Sr. Lawrence: - Mas Sra. Jenkins, as empresas fazem dinheiro, seria meio burro da sua parte você dar a empresa para aquele pirralho. -- Eu o olhei por um momento.
- Por que vai dar a empresa ? -- Pergunta e eu levanto meus ombros fingindo respirar fundo.

Jenna: - Aquela empresa me lembra dele..não quero sofrer mais do que já estou. Compreenda Sr. Lawrence. - Enceno em sua frente e o mesmo assente.

Sr. Lawrence: - Desculpe Senhora. -- O mesmo abaixa um pouco a cabeça.


   Me virei já para poder seguir ao meu carro e ir embora dali, não estava mais aguentando toda aquela tristeza,todas aquelas pessoas tristes,me olhando com pena,com tristeza em suas órbes. Não queria ninguém em cima de mim, apenas quero "sofrer" sozinha em casa.

Sr.Lawrence: - Sra. Jenkins! -- Me chama,mas eu me viro em sua direção.


Jenna: - É Ortega. -- Apenas digo e volto a caminhar para o meu carro.

   Ao entrar dentro do automóvel escuro,tiro aquele véu preto da minha cabeça. Boto a chave na ignição, a viro ,aciono o freio de mão e então acelero para fora dali. Pego um lenço, passo em meus olhos tentando limpar, mas a tentativa foi falha porque só espalhou mais aquela maquiagem.

Jenna: - They're sayin' my name in their prayers again

I flicker the lights so they understand

I won't say goodbye, I'm right by your side

We're screamin' and pleadin' this separation ends. -- Canto o trecho de uma música que tanto gosto enquanto olho pra frente vendo a estrada movimentada.



3 Meses Depois...


  Mais uma vez fazendo toda a mesma coisa que sempre faço, meus dias se tornaram monótonos, é sempre a mesma coisa. Tudo começou a ficar assim desde que me mudei, decidi vir viver minha vida no Canadá, não contei nada a ninguém sobre a minha mudança, os únicos que sabiam era os fantasmas dos maridos que eu amei. Sorrio sentindo ainda a companhia deles.

Também trouxe meus bebês, que amaram as mudanças, o Pitbull: Dark,Rottweiler: Death e um Doberman: Devil. Os vejo deitados em suas caminhas, me aproximo deles e faço carinho em suas cabeças. Escuto a campainha ser tocada e então olho em direção a porta. Os meus bebês se levantam e vão correndo para a parte de trás da casa,tentei chamá-los, mas já estavam longe.

  Vou indo até a porta principal,  a abro e dou de cara com uma mulher alta, ela sorriu mínimo pra mim, mas logo se assustou com os cachorros próximos a ela e rosnando. Eu os olhei.

Jenna: - Amarelo! -- Os mesmos me olham e eu os encaro desafiadora.
- Verde. - Digo e eles saem dali.

Vizinha: - Uau, por essa eu não esperava. - Fala e eu a olho de cima a baixo.

Jenna: - Desculpe por isso. Eles gostam de me proteger. -- Mordi o lábio inferior assim que ela voltou a me olhar.

Vizinha: - Verde não seria pra seguir em frente? - Vejo sua testa se franzir.

Jenna: - Verde significa que está tudo bem, o vermelho que pode avançar. -- Dou um sorriso ao alternar o olhar da sua boca para seus olhos.

    Essa mulher me pareceu tão atraente, seus olhos,os lábios, os gestos que faz ao falar, seu estilo e como ela me olha. De repente, uma súbita vontade de ter ela cresceu em mim, eu a quero e posso a ter, tudo o que eu quero eu tenho,nem que seja do pior jeito.


Vizinha: - Certo. Oh, eu sou SN Graham , me mudei pra cá semana retrasada e eu ainda não sei o nome dessa rua. Como sua casa é mais perto da minha,decidi vir aqui. -- Põe as mãos nos bolsos da calça.

Jenna: Oh sim, entendo. Mas se não gravar o nome de uma hora pra outra,vou compreender, o nome da rua é difícil de ser gravada e pronunciada. -- Abro a porta para a mulher entrar,então ela faz.
- A propósito, Jenna Ortega. -- Estendo minha mão pra ela,que aperta.


SN: - Prazer em conhecê-la Ortega. - Sorrio ao sentir o quão forte parece ser apenas pelo aperto de sua mão.

Jenna: - Prazer eu posso te dar em outro lugar. - Umideço meus lábios e vejo o brilho de seus olhos mudarem,então ela sorrir.

SN: - Eu sei que pode. -- Apenas responde.

   Me afasto dela e vou seguindo para uma pequena mesinha que tem ali no hall, abro o caderninho que tem ali em cima, pego a caneta e começo a anotar o endereço da rua,logo abaixo boto o número do meu telefone. Arranco a folha e vou em direção da morena e entrego o papel a ela.


SN: - Uh,  obrigado Ortega. Desculpe atrapalhar. -- Novamente ela sorrir.

Jenna: - Pode me atrapalhar mais vezes. - Comento e ela Pisca pra mim.

  A vejo sair da minha casa, fecho a porta e começo a gargalhar alto chamando a atenção dos meus bebês. Passo minhas mãos pelo meu rosto até meu pescoço e segui para meus seios ,então os aperto fechando os olhos imaginando aquelas mãos firmes em mim.


Jenna: - Estou apaixonada meus bebês. - Abro os braços e vou em direção a escada.





Continua...

A Viúva (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora