doses de preocupação

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Pov. Devo

— Venha cá com vovô — diz Patrick pegando Norah no colo e levantando bem alto enquanto ela ri

Eram final de novembro e eu tinha finalmente mudado para a casa nova, onde tinha um quarto para Norah que Billie fez questão de arrumar e bancar tudo ali dentro. Ela disse que seria seu presente de um ano para Norah, e quando ela me mostrou o projeto não tinha como dizer não, era tudo em tons amarelos e ainda assim parecia tão colorido e harmônico.

— Obrigada por me ajudar com a lava louças — eu digo.

Olhei para ele e Norah brincando juntos e me sentia tão sortudo por tê-lo por perto, Norah o amava e o chamava de "bobo" e eu não conseguia pensar em como eu teria coragem de dizer que eu estava apaixonada pela filha dele, eu a amava, nas e se ele não visse assim? Olho, mas uma vez para ele, mas dessa vez noto que seu nariz está sangrando.

— Seu nariz tá sangrando, vou pegar um lenço.

Corro até o banheiro para pegar um lenço e lhe entrego, ele prontamente o coloca para estancar o sangue.

— Deve ser o tempo que está seco — ele diz dando de ombros.

Concordo com a cabeça, mesmo que seja novembro e tem chovido quase todo dia.

— Eu já vou, qualquer coisa me liga.

— Ok, obrigada mais uma vez.

●●●●

Pov Billie.

Foi para casa do Devo, porque eu estava com saudades. Não importa se eu a tinha a vista no café da manhã.
Sua casa cheirava a alguma coisa que fazia meu estômago vibra de felicidade.

— O que você tá fazendo? — perguntei a vendo do outro lado do balcão.

— Uma versão diferente da sua sopa de macarrão preferida — ela sorrir animada.

Devo não era a maior fã de caldo, ela sempre dizia que isso e miojo era a doença da culinária mundial, a maioria dos caldos era apenas água saboreada, então ela fazia várias versões de diferentes pratos, com caldo realmente consistente e muito saborosos.

— Cadê a Norah? — pergunto.

— Tá no quarto assistindo desenho — ela aponta para o monitor de bebê onde Norah aparece sentada em seu puff enorme em frente a TV.

— Eu vou fazer 18 em duas semanas, acho que tá na hora da gente contar — Digo.

— Você tem razão, eu odeio ter que omitir a minha felicidade apaixonada pras pessoas que eu mais amo.

Ela da volta no balcão até esta ao meu lado e me abraça na cintura.

— Tô com medo... deles não reagirem bem — ela confessa

— Somos adultas e podemos lidar com isso, eles também podem.

Ela me beija docemente como se eu fosse a mais precisa de todas e ela me faz sentir assim.

— Fala com seu pai, o nariz dele tava sangrando hoje a tarde, isso é muito estranho — ela diz se afastando.

— De novo? Não é a primeira vez, vou falar com ele.

— Eu vou servir um prato para você.

Ela pula animada pela sua cozinha minúscula enquanto começa a organizar a comida.

— Eu vou da um beijo no meu amor — disse saindo.

Assim que entrei no seu quarto, ela demonstra qualquer animação ao me ver, o que é estranho e ela parece estranhamente corada demais para o tanto de minutos que ela está ali parada.

— Billie você pode trazê-la para jantamos? — grita Devo da cozinha.

— Norah querida, é a bibi — Eu digo para ela.

Mas ela ainda está me olhando sem demonstrar qualquer emoção, me aproximo dela e a pego no colo, e a primeira coisa que noto é que ela tá muito quente e respira demoradamente. Tudo no meu corpo vira gelo e eu preciso respirar fundo pra fazer meu corpo me obedecer e não entrar em pânico naquele momento. Dou passos largos com ela até Devo, e eu me sinto horrível por partir seu coração.

— Devo, tem alguma coisa errada com Norah, ela tá muito quente.

Devo larga o que tem na mão e vem até nós com o rosto já pálido. Pega Norah no colo.

— Ela tá com muita febre Bi — Ela respira fundo e continua — Eu vou dar um banho nela e levá-la ao hospital, acho que ela não tá respirando direito.

Desligo o fogão e coloco os pratos na geladeira, vou até o quarto e preparo uma bolsa pro bebê, eu já estava acostumada a fazer bolsas de viajem para Norah, então sabia o que colocar, assim que Devo saio do banheiro com uma Norah chorando e já arrumada para sair, a colocou na cadeirinha e parou para olha ao redor.

— Cadê a porra da minha chave — ela olha ao redor.

Vou até ela e seguro seu rosto entre minhas mãos.

— Eu já peguei as minhas, vamos no meu carro, se acalme eu tô aqui — digo.

Ela parecia mais tranquila na medida em que uma mãe fica, durante o trajeto até o hospital, eu não podia entrar então fiquei na recepção.

— Você pode ligar pro Caio, não quero que ele se assunte, mas ele precisa saber — Devo me pede antes de sumir por uma porta com as enfermeiras da emergência.

Eu não era a maior fã do Caio, e não era nem tanto ciúmes, talvez sim, mas ainda assim o achava um filho da puta, mas ainda assim fazia qualquer coisa pela Devo. Sabia que Finneas tinha o número dele pro que eles jogavam no mesmo time de futebol americano há 2 anos e em dois toques ele atendeu.

— Alô?

— Hum é a Billie.

— Oi, Aconteceu algo com a Devo?

— Não ela só pediu pra avisar que a Norah não parecia bem e que estamos na emergência com ela, ainda estamos esperando notícias, mas ela queria te avisar de qualquer forma.

— Certo, vou pegar o próximo voo de qualquer maneira... e Billie obrigada, não só por avisar, mas por estar aí, Devo sempre fala que você é a melhor pessoa para ela e pra Norah.

— Certo, por nada.

Eu estava sorrindo?

Porque eu sou uma fudida, mas eu sou a melhor pessoa!



Oieee, sumi hoje por motivos de que eu estava fazendo uma prova de um concurso  Espero que estejam bem, eu estou me sentindo triste e solitária agora.

Amo vocês, boa semana 💚 deixa uma estrela e um comentário e estamos chegando na parte triste da história e o meu coração partido e o de vocês tbm vão estar em breve bjs 😘

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