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-- fora Sampaoli! Time sem vergonha! -- a torcida rubro negra gritava em nossa direção decepcionados com todos nós -- fora Gabigol, sai do meu time seu merda! -- um homem gritou enquanto a gente passava pela porta

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-- fora Sampaoli! Time sem vergonha! -- a torcida rubro negra gritava em nossa direção decepcionados com todos nós -- fora Gabigol, sai do meu time seu merda! -- um homem gritou enquanto a gente passava pela porta

Gabriel apenas negou cabisbaixo aparentemente triste, respirei fundo assim que chegamos no vestiário e começamos a ouvir reclamações uns dos outros, ignoro todos eles e vou até o banheiro me sento no vaso e deixo as lágrimas caírem mais algumas vezes

Assim que sinto o meu corpo mais leve, vou em direção a banheira e começo a tomar banho, não demoro muito já que a última coisa no mundo que eu quero agora é ficar aqui, visto uma camiseta é uma bermuda branca rapidamente, calço o tênis e passo perfume e desodorante, logo quando saio do banheiro todos estão em silêncio de cabeça baixa.

Arrrascaeta levantou s cabeça e me encarou, dei um sorriso amarelado sem mostrar os dentes pro Uruguaio que fez o mesmo, caminhei até meu amigo a apertei suas costas com cuidado.

-- você deu o seu melhor mesmo se sacrificando, Arrasca -- falei baixo somente pra ele ouvir

-- gracias mas...

-- relaxa, vá tomar um banho e vamos voltar melhores -- falei batendo nas suas costas e ele concordou se levantando indo em direção ao banheiro -- já to indo pessoal, alguém quer carona? -- perguntei mas nenhum deles abriu a boca, todos triste e derrotados, concordei minuciosamente e sai do vestiário

Ainda havias muitas pessoas principalmente torcedores e jogadores do São Paulo comemorando o título inédito do time.

Mordi o lábio revoltado e saio pela porta principal já que seria impossível sair por ali, entro no carro o mais rápido possível, no caminho encontro torcedores de ambos os times, uns felizes e outros péssimos, alguns xingam em direção ao meu carro possivelmente me reconhecendo.

Por sorte consigo fugir da multidão e vou em direção a casa da mãe da minha filha para buscá-la.

Ligo o carro colocando o jornal regional mas assim que ouço sobre o jogo logo troco o rádio colocando uma música bem calminha que estava passando.

O trânsito tava horrível já que tinha muitos transportes e pessoas circulando, gerando vários engarrafamentos antes de eu conseguir chegar na casa de Greice.

Desço do carro pegando o meu celular em cima do banco, fecho a porta com um pouco de rigidez, caminho até a casa e aperto a companhia umas cinco vezes rapidamente sem paciência

-- que isso cara? Que estresse todo é esse? -- ela perguntou abrindo a porta só de baby doll, reviro os olhos com sua fala e bufo

-- não viu o jogo?

-- eu vi e sinto muito mas não precisa quebrar a porra do negócio não -- concordei tentando manter a calma

-- cadê a Giovanna? -- perguntei por nossa filha olhando por trás dela mas não vejo ninguém, observo que sua roupa era sexy mas não reparo muito com isso -- tá com alguém aí? -- perguntei temendo que ela pudesse tá transando com alguém enquanto minha filha estava no quarto ao lado ouvindo tudo

-- ela está no quarto dela e não tem ninguém aqui não -- ela disse bufando e me puxou pra dentro de casa

-- ela tá dormindo?

-- não, tá triste porque o fla perdeu -- ela disse cruzando os braços abaixo do seio o que fez com que ficasse mais notável -- você tá namorando com aquela mulher?

-- que? Não! -- neguei com a cabeça -- o que você falou pra ela naquele dia foi extremamente nojento e horrível -- falei me lembrando do dia do registro do Miguel

-- só falei a verdade ué, toda cheia de cicatrizes -- ela disse fazendo cara de nojo e bufo revirando os olhos -- vocês ainda registraram aquele menino, vocês são malucos, nem sabem de onde veio

-- cala a boca, tá falando tanta merda cara -- falei irritado e ela riu baixo

-- daqui a pouco ela tá cobrando pensão de você, Gerson! Larga de ser otario

-- encontramos ele juntos, ficamos com ele e nos apegamos e por isso adotamos ele, porque a gente ama ele, para de falar tanta besteira -- falei estalando a língua no céu da boca fazendo careta

-- você devia da chances novamente pra gente -- ela disse se aproximando de mim e passando sua mão pelo meu abdômen

-- não tem mais a gente, Greice -- falei segurando seu braço firme -- não vai mais rolar, eu já te disse, agora vou chamar a Giovanna pra ir pra casa! -- falei largando o braço dela e a vejo fazer careta antes de subir pro quarto da nossa filha

Bato na porta de cor rosa com o nome dela feito a crochê e do lado um balão de ar também no mesmo bordado

-- pode entrar, mamãe

-- boa noite, não é mamãe mas o papai serve? -- falei abrindo a porta do quarto e pequena arregalou os olhos e correu em minha direção com um sorriso gigante na boca

-- serveeeee! -- ela pulou no meu colo animada -- você jogou bem pai, não fica triste -- ela disse pegando no meu rosto e olhando dentro dos meus olhos

-- agora com você aqui é impossível ficar triste meu amor -- falei beijando sua bochecha

-- agora com você aqui é impossível ficar triste meu amor -- falei beijando sua bochecha

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FRONTEIRA - Gerson Santos Onde histórias criam vida. Descubra agora