𝐀𝐭𝐫𝐚𝐜𝐚𝐨 𝐅𝐚𝐭𝐚𝐥 (lésbica +18)

Atração Fatal

Assim que chegamos no endereço, percebi que era uma badalada boate de Seattle, torci para não ser reconhecida ali, pois sabia que a elite frequentava ali e maioria conhecia Vincent e minha mãe. Descemos do táxi e fomos em direção a entrada, pude sentir a chuva de olhares sobre nós, levantei a cabeça e segui como se nada estivesse ocorrendo, com nomes já na lista graças novamente a influência de Anne, entramos sem dificuldades. A parte de dentro era chique, condizente com seu público, pegamos a área VIP após eu encher Anne dizendo que queria ficar em um ambiente mais tranquilo e com lugares para sentar, meus olhos percorrem o ambiente na esperança de se topar com aquele azul turquesa que eu reconheceria muito bem:

- Ela deve chegar mais tarde - Anne diz do meu lado

- An? Do que você está falando? - a olho com desentendimento

- Victoria eu te conheço mais do que você mesma, sei que está procurando por ela - ela ri

- Vou fingir que não estou te ouvindo - sigo para o bar

Pedimos uma bebida e se sentamos, Anne logo encontra alguns amigos e começa conversar na mesa próxima a nossa. Percebo um homem me olhando do bar que ficava na pista, ignoro seu olhar e entro na conversa com Anne e seus amigos.
Após um tempo de conversa, eu já estava no meu segundo copo que havia acabado, me levanto para ir até o bar buscar outro:

- Victoria Tagliaferri? - assim que me viro era o homem que me fitava no bar antes

- Sim? Eu te conheço? - levanto a sobrancelha desconfiada

- Perdão - o homem diz desconcertado - sou Tomas Ricci - ele estende a mão para mim - conheço seu marido de Milão - aperto a mão dele, como ele conhecia Vincent? Fico curiosa ao extremo.

- Você trabalha com meu marido?

- Já trabalhei, hoje não mais

- Nunca ouvi falar de você - minha mente processa várias coisas ao mesmo tempo, o que estava acontecendo?

- Deve ser porque eu fazia o trabalho sujo, sabe? - ele levanta a sobrancelha e ri. Trabalho sujo? Como assim?

- Como assim tra...

- Vem amiga, vamos pra pista, já vai começar - Anne me interrompe e solta um olhar de cima embaixo para o homem a minha frente

- Já estou indo - falo para ela que dá de ombros e segue com alguns amigos para a pista - aqui está meu número Tomas - entrego um dos meus cartões corporativos - me mande mensagem, eu e Vincent ficaremos felizes em jantar algum dia com você - minto e abro um sorriso

- Claro Sr.Tagliaferri, seria uma honra - ele pega o cartão e sorri

Me despeço e sigo para a pista. Um turbilhão de perguntas começa se passar na minha cabeça, como assim trabalho sujo? Não faria sentindo ele trabalhar em uma empreiteira de Vincent e me dizer daquela forma. Chego até Anne que estava alegre dançando, ela me puxa e eu saio de meus pensamentos. Começamos a dançar mas eu estava preocupada, algo naquela história não estava certa e eu ia descobrir. A música começa tocar animada e ritmada, eu conhecia aquele toque, assim que olho para o palco, vejo os olhos azuis turquesa, ela estava extremamente linda, com uma camiseta de botão preta aberta alguns botões, a calça preta larga, seu cabelo preso e com alguns fios soltos, uma corrente fina em seu pescoço, ela balançava o corpo no ritmo da música. Seus olhos então encontraram os meus e em como todas as vezes que ela me olhava minha alma se despia, o mundo ficava em câmera lenta, meu coração parecia bombear o dobro de sangue, meu corpo queimava, era surreal. Mas seu olhar não durou muito, logo voltou para o aparelho a sua frente. Eu precisava de uma bebida!
O álcool bateu mais rápido do que eu pensei, Gianna estava me ignorando, eu ainda estava brava pelo o que ela havia feito. Ela ia me pagar por isso! Nesse exato momento começa tocar um remix sensual, vou para a frente do palco, encaro a mesma que não nota minha presença ali, mas agora ela iria olhar, começo mexer meu corpo no ritmo da música, passo a mão pelo corpo, meu cabelo se move conforme me movimento, meu olhar então busca o dela, que me encara com aquele olhar que fervia meu corpo, seus olhos seguem minhas mãos, a encaro e passo as mãos pelo pescoço, ela umedece os lábios, solto um sorriso de canto, acho que agora eu tinha sua atenção. A música acaba, a mesma parece sair de um transe e volta sua atenção para o aparelho, sorrio vitoriosa e me direciono para o bar.

• Gianna •

Eu havia visto Victoria desde a hora que ela havia chegado, ela naquele vestido era de fazer qualquer um perder a sanidade, sabia que seu corpo possuía curvas mas não dá forma que aquele vestido marcava. Droga! Eu não poderia pensar nela dessa forma, ela havia deixado claro que era casada e eu também não queria ser rota de fuga para hétero com tédio.
Hora que eu entrei para tocar, eu havia percebido que a mesma havia chegado na frente do palco, a encarei, ela me olhava com aqueles olhos negros que poderiam me engolir, mas eu não podia, abaixei os olhos e voltei para as músicas, vi que ela seguiu para o bar. Coloquei um dos meus remixes novos que fiz pensamento exatamente naqueles olhos, olhei para onde antes ela estava e lá estava ela, dançando, suas mãos passeavam pelo seu corpo, seu quadris mexiam conforme a música, eu estaria sonhando? Aquilo estava mesmo acontecendo? E quando estava me certificando de que era uma miragem, ela me penetrou com aqueles olhos negros, senti meu corpo se incendiar, ainda me olhando ela continuava sensualizando, ela iria me deixar louca, meu corpo era puxado por aquela visão como uma imã, vi seu riso de canto, ela estava fazendo aquilo de propósito, ela tinha feito sua armadilha e eu havia caído e como não cairia?. A música se acaba, saio de meu transe, volto minha atenção para mudar de música, a vejo indo em direção ao bar, hoje ela não escaparia!
Assim que termino de tocar as músicas, guardo o equipamento no carro, me viro e a vejo parada, aquela mulher estava surreal de linda, seus olhos brilhavam, paro e me encosto no carro, ela se aproxima lentamente:

- Tocou muito bem, está de parabéns - ela diz abrindo um sorriso. Que sorriso!

- Dançou muito bem, está de parabéns também - digo pegando um cigarro, colocando na boca e olhando por baixo, ela sorri de lado. Ela estava diferente, o que havia acontecido?

- Então você conseguiu prestar atenção? O que houve? Seu desejo foi maior que seu orgulho? - ela diz provocativa e se aproxima mais de mim, perto o suficiente para eu sentir o cheiro inebriante de seu perfume, raios, o que essa mulher tinha hoje? - acho que agora você está sem palavras

- Victoria...- a repreendo

- Diga - ela se aproxima mais, está quase colando seu rosto no meu. Se ela continuasse daquela forma, eu não iria resistir

- Quanto você bebeu? - a olho, a mesma se afasta e me olha em desaprovação

- Perdeu a chance - ela diz se virando e indo de volta para a boate

- Chance de que? - pergunto curiosa

- De tirar meu batom - ela gesticula com a mão ainda de costa - agora terei que procurar outra pessoa
Meu sangue ferve não sabia se pela chance recém perdida ou a insinuação dela ir atrás de outra pessoa, vou até ela, seguro a mesma pelo braço e a viro:

- Então deixaria outra pessoa tirar? - aproximo meu rosto do seu, ela ofega, eu iria enlouquecer antes de beijar ela, sua influência sobre mim era surreal

- Eu quero luxúria, se lembra Gianna? - ela levanta a sobrancelha, filha da mãe! Ela estava jogando minhas palavras contra mim - eu só quero ser tocada - ela diz no pé do meu ouvido, meu corpo arrepia - se você não pode fazer isso, procuro alguém que possa - ela me olha

Então eu perdi, perdi toda barreira que construí durante uma semana, para não dirigir rumo a sua casa e falar o quanto eu queria sentir seu corpo, seu gosto. Agarrei a morena pela cintura e selei nossos lábios, ela demorou alguns segundos para dar início ao beijo, assim que nossas línguas se encontraram uma corrente elétrica atingiu meu corpo, um beijo feroz, podia sentir a mesma pressionar o quadril ao meu o que fazia aquela região espalhar o calor por todo meu corpo, minhas mãos passearam pelo seu corpo, encontrando sua nuca, puxando levemente seu cabelo, a outra apertou seu corpo contra o meu, um gemido abafado se soltou dela durante o beijo, minha vontade só crescia e suas mãos em minhas costas, fazendo um caminho por dentro da camiseta só evidencia que ela sentia o mesmo, desgrudo nossos lábios contra minha vontade, mas eu precisava de fôlego, ela me olha intensamente, ofegante, meu olhar se perde no seu e ali fica nítido a atração que tínhamos, tudo em nos se atraía para a outra, nossos corpos, nossos olhares, nosso desejo, tudo ia em direção a atração.

Uma atração fatal...