Jovem

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"Que mulher bela." Era o que muitos naquele reino diziam sobre a dona do castelo.

Catarina de Condor era realmente bela, era nítido para quaisquer pessoa. Aonde a senhorita ia, atraía olhares de homens e mulheres. Admirados não só por sua bela tão jovial, eram conquistados pela sua bondade.

Mas, não sabe-se muito sobre a senhorita, além de ser bondosa e aparentemente jovem.
Quando ela volta ao castelo, ninguém mais a vê ou sabe de seu paradeiro.

Entretanto, quando a jovem senhorita visitava os vilarejos, todos tinham a impressão de que Catarina estava cada dia mais jovem, e isso deixou dúvidas em todos os cidadãos do reino que a conhecera.

Certa vez, uma cidadã ousou perguntar:

"Senhorita, como consegue ficar cada dia mais jovial?"

Catarina apenas sorriu gentilmente e respondeu que as flores brancas que cultivavam no jardim do Palácio, possuíam uma vitamina especial para a pele.

Muitos acreditaram, afinal, como saberiam o que era verdade ou mentira se nunca ouviram, nem sequer boatos de dentro do castelo?

Alguns diziam que sentiam cheiros estranhos vindo de detrás dos enormes muros do Palácio, mas Catarina e nem ninguém do castelo se pronunciou.

O Palácio era praticamente lacrado, então nunca saberiam o que seria o causador do tal cheiro.

Acontece que, algumas jovens camponesas e até cidadãs daquele reino estavam desaparecendo misteriosamente. Não demorou muito para se espalhar e criar-se boatos sobre os tais ocorridos.

O mais estranho, seria a falta de ocorrência da rainha sobre tudo.

Até hoje.

A jovem senhorita finalmente decidiu comentar sobre os casos de desaparecimento, em meio ao público, na área central do reino.

A senhorita Catarina falou calmamente, com o sorriso gentil tão monótono:

- Não se preocupem, meus cidadãos, os desaparecimentos destas mulheres foram causadas por um assassino em série, mas os meus guardas já o capturaram. Sua sentença foi a morte.

Todos pareciam aliviados, até certo ponto.

Alguns dias se passaram após o pronunciamento, e em uma pequena casa, uma jovem garota foi convidada a trabalhar dentro do Palácio com um bom desconto.

Obviamente a garota foi, e em poucas semanas, já iria começar a trabalhar.

Este era o seu primeiro dia de trabalho, e notara que o castelo não era nada modesto. Colunas, estátuas e objetos entalhados de ouro eram vistos em todos os cômodos do Palácio.

A jovem cidadã ficou encantada com tanta beleza do castelo, só não mais encatada quando conheceu a Srta. Catarina pessoalmente.

Ela era como todos diziam: bela e jovial.

Rapidamente, foi apresentada para o Palácio e aos seus deveres.
Dedicou-se a todo o trabalho que fora lhe proporcionado, mas ficou curiosa com uma das regras...

A proibição de entrada para o jardim.

A jovem, e recém empregada que se chamava Liza, não protestou, porém confessava que estava se afundando em curiosidade.

Catarina sempre falou de seu jardim e de suas lindas flores brancas, então não havia o porquê de escondê-lo assim. Pensou a jovem Liza, mas apenas deixou de lado pelo bem de seu emprego.

A noite era fria e o vento gélido passava pelas janelas, arrepiando a pele de Liza que estava sozinha limpando a cozinha. Aparentemente, todas as empregadas mais velhas tinham uma "regra" que consistia que a mais jovem empregada seria sempre a última a arrumar o castelo para o dia seguinte.

E Liza não contestou, por querer se familiarizar com todas. Mas, se arrependeu amargamente quando ouviu passos e o estalar das madeiras do piso do castelo.

A jovem empregada virou-se rapidamente e tentou enxergar entre a penumbra da noite, pois já havia desligado todas as luzes do castelo, restando apenas um lampião de metal que estava ao seu lado, mas que de nada adiantava para enxergar.

Em passos cautelosos, andou para o centro da cozinha com o lampião em uma das mãos, enrrugando os olhos para enxergar.

"Alguém está aí?"

Foi a última coisa que pôde dizer antes de sentir uma ponta gélida atravessar seu estômago.
Antes que pudesse gritar, foi silenciada por uma mão em sua boca e pelo ataque letal que recebeu em seu pescoço.

Atrás de si, a figura de Catarina aparecia iluminada pelo lampião, que agora estava ao lado do cadáver fresco da jovem empregada.

Há muitos anos atrás, algumas pessoas que sabiam de magia oculta, acreditavam que se banhar com o sangue fresco de uma virgem e depois derrama-lo em algo que você gostasse muito, se tornariam mais jovens e belas.

Agora, a Srta. Catarina se banhava com o sangue que era derramado do enorme corte no estômago do cadáver de Liza.

A bela Catarina sempre fora vaiodosa e, por muito tempo, guardou uma enorme ambição pela beleza em si mesma.
Assim, quando obteve oportunidade, caçou e matou mulheres jovens e virgens, apenas por sua beleza.
Então, arrancava os órgãos, olhos e os ossos desses cadáveres e os jogava para os cães comerem, não deixando rastros.

Com a pele, ela queimava em seu jardim, em meio a grama brilhante e bem cuidada.

Por fim, após o banho, é claro, despejava o sangue em suas belas flores brancas, que agora, estavam tingidas pelo sangue de Liza.

Catarina assistia alegremente as peles queimando em seu próprio jardim. Sentia prazer ao sentir o cheiro da fumaça fedida subindo pelos ares.

Uma psicopata, eu diria.

Bom, este era o único método restante para caçar jovens mulheres, já que incriminou um inocente e deu-lhe a sentença de morte.
Sem contar que ninguém suspeitaria de um sorriso jovial, não é mesmo?

Mas, não importava o quanto parecesse ser gentil...
Era amarga por fora e má por dentro.

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Aaaaah, eu adorei fazer essa história. Ela é inspirada em Elizabeth Báthory.
Eu escrevi enquanto escutava uma música da banda Ghost, chamada Elizabeth. Muito boa, recomendo.

Kkkkkkkkkk obgd pra todos q leram 💖💖🌼

Lady BloodyOnde histórias criam vida. Descubra agora