𝐌𝐘 𝐁𝐑𝐀𝐙𝐈𝐋𝐈𝐀𝐍, christian convery.

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KIMBERLY

Com o passar dos dias, meu namoro com Christian estava sendo perfeito. Nossos pais já sabiam e por incrível que pareça, concordaram com isso. Meu pai ficava enchendo meu saco direto, mas eu já não me importava mais, o Christian era meu namorado mesmo. Hannah também tinha começado a namorar o Christopher, mas eles se viam com muito menos frequência do que eu e Christian.

Todo dia da semana eu dava um pulinho na casa dele e as vezes, passeávamos pelo condomínio. As poucas saídas para outros lugares que fizemos era suficiente, tipo um dia em que fomos para um parque de diversão, mas nossos pais estavam junto. Até um garoto da minha escola que gostava de mim chamado Nicholas ficou com ciúmes quando soube que eu estava namorando.

Hannah era a que mais apoiava nessa questão. Meus pais ainda reclamavam às vezes quando eu tinha um pequeno desvio na escola que era por causa do namoro, mas sabia que no fundo eles gostavam do meu namoro com Christian. Hannah sempre apoiava nós dois, e namorando com o primo do Christian, tudo ficava mais fácil.

Em uma das conversas que nós dois tivemos, Christian revelou para mim que começou a sentir uma coisa estranha por mim no dia em que eu escorreguei na rua e ele conseguiu me segurar. Ele disse que conseguiu olhar direito para mim e ver o quão linda eu era, e disse também que percebeu que realmente gostava de mim no dia em que eu fiquei ignorando ele no acampamento.

Estávamos andando pelo condomínio, quando Christian soltou uma informação que me fez estremecer até os ossos.

— Minha mãe convidou a Kimberly para vim pra cá.

O olhei e ergui uma sobrancelha.

— Na sua casa?

— Sim.

Revirei os olhos.

— Fala sério.

— É, eu também não acreditei.

— Mas por quê isso de uma hora para outra? — perguntei.

— Minha mãe adora ela — falou — Nós somos amigos há muito tempo e ela resolveu chamá-la para passar alguns dias na nossa casa.

— Alguns dias?! — arregalei meus olhos e me virei para ele.

— É.

— Meu Deus, eu achei que só seria hoje.

— Não. Eu também odiei essa ideia maluca da minha mãe.

— Mas você ainda é amigo dela?

— Não falo mais com ela, não muito. As vezes ela me manda uma ou outra mensagem, mas eu tento ignorar a maioria.

— Tenta ignorar.. — repeti para mim mesma um pouco baixo, então ele não ouviu.

— Mas não esquenta, ela só vai ficar alguns dias aqui e vai passar rápido.

— Tudo bem, eu vou tentar não me incomodar muito.

Ele sorriu delicadamente para mim.

— Ela vem que dia? — perguntei.

— Ela vem hoje à noite.

— Meu Deus, mais uma bomba! Por que você não me contou isso antes?

— Calma, eu só soube disso há dois dias.

— Hum — bufei — Que chatice vai ser ter a Kimberly como vizinha.

— É só por alguns dias, ela não pode fazer algo tão absurdo.

— Sei lá. Vindo da Kimberly eu não duvido de nada.

Dei de ombros e continuamos a andar.

* * *

Quando chegou a hora da noite, fiquei observando pela janela do meu quarto à que horas Kimberly iria chegar na casa de Christian. Até que vi um carro preto estacionar na porta da casa dele.

Kimberly saiu de lá e Christian e Lisa foram recebê-la do lado de fora. Ela correu que nem uma cachorra, largou as malas no chão e abraçou Christian. Naquela hora me deu uma vontade de abrir a janela e dar uma voadora mortal na cara daquela piranha.

Eu não era possessiva nem nada, muito pelo contrário, mas eu odiava a Kimberly com todas as minhas forças. Christian poderia abraçar quem ele quisesse, contanto que não fosse a Kimberly, e era ela que ele justamente estava abraçando.

Kimberly foi abraçar tia Lisa e falou com ela sorridente, bem sínica com aquele jeitinho Pick me e irritante dela. Abri um pouco minha janela para poder escutar o que eles estavam falando e somente ouvi:

— Vem, Kim. Vamos entrar, você vai adorar passar esse período com a gente! — tia Lisa falou, agarrando Kimberly pelos ombros e a guiando para dentro de casa.

Christian logo as seguiu e deu uma olhada para a janela do meu quarto. Nossos olhos se encontraram e ele sorriu. Meu rosto não emitiu nenhum tipo de expressão, só ódio.

Eu estava angustiada. Não sabia o que estava acontecendo dentro daquela casa, eu queria muito estar lá. Muitos pensamentos corriam pela minha cabeça, eu estava totalmente paranoica. E se Christian estivesse agora assistindo um filme ao lado de Kimberly ou até mesmo jogando alguma coisa? E se ele estivesse dando risadas com ela como se ela fosse uma garota qualquer?

Eu precisava saber o que estava acontecendo o mais rápido possível, e por sorte, os dois apareceram na janela do quarto dele. Era minha chance de descobrir o que os dois estavam fazendo. Me escondi um pouco para o lado apenas para eles não acabarem me vendo. Kimberly estava tentando puxar assunto com Christian enquanto mexia nas coisas da arquibancada dele.

Pelo o que consegui ver, os dois só estavam conversando porque depois eles dois sumiram do quarto novamente. Fiquei mais tranquila ao saber que era só a Kimberly normal tentando puxar assunto com o Christian, mas algo me dizia que isso ainda não iria dar certo.

Resolvi ir dormir e visitar o Christian no dia seguinte, de manhã mesmo. Eu iria esfregar na cara daquela vagabunda que ele era meu namorado e ela não tinha direito de ficar dando em cima dele. 

Começou as bombas galeritcha 😙😉