Primer Amor 2 - "Extrañarte es mi necesidad"- Livro 2

Cap.94 - Tempo de comemorar

Mais tarde, já no apartamento deles, Annie estava tomando banho e Poncho estava no quarto com Isabella. Ela já tinha dormido, porém ele esperava o sono ficar mais pesado para colocá-la na cama, quando seu celular tocou. Rapidamente, porém com cuidado, colocou a pequena na cama para atender o celular. Saiu do quarto depressa, indo em direção à sala. Assustou-se quando viu quem era.

Poncho: Alô?

Belinda: Ponchito, feliz Ano Novo! Sobreviveu então? – Disse, com tom de deboche.

Poncho: Belinda, onde você está? Enlouqueceu de vez?

Belinda: Não meu amor, estou mais lúcida do que nunca! Percebi que preciso viver minha própria vida longe de você e da sua história de amor perfeita.

Poncho: Você quase me matou de susto, achei que tivesse levado a Isabella!

Belinda: Pena que o plano não deu certo, a ideia era te matar de susto mesmo – Ela deu uma gargalhada – Queria deixar a Anahí viúva antes do casamento! Aiai Ponchito, eu daria tudo para ver sua cara ao pensar que tinha perdido a sua filhinha querida!

Poncho: Chega de brincadeira, eu preciso que você me fale onde está e o que pretende fazer. Temos uma filha, as coisas não são tão simples assim, você simplesmente desaparece e acha que está tudo bem? – Ele estava nervoso pelo tom que ela levava a conversa.

Belinda: Olha, fica tranquilo, eu posso parecer maluca, mas penso na minha filha. Meu advogado vai entrar em contato com você e resolver tudo. Eu realmente pensei em trazê-la comigo, mas eu não conseguiria recomeçar com um bebê em um país diferente...

Poncho: Em que país você está?

Belinda: Isso realmente importa? Não faz diferença para você. A verdade é que percebi que o melhor para a Isabella era ficar aí e o melhor para mim era recomeçar longe de todos vocês! Cansei de ver você morrendo de amores pela Isabella, pela Anahí enquanto eu que estive a vida inteira do seu lado só recebi desprezo!

Poncho: Isso não é verdade, quando nos separamos eu achei que tudo ficaria bem, que seríamos amigos...

Belinda: Amigos? Ah, faça-me um favor! Você sempre soube que eu não queria ser sua amiga! Apesar disso, eu juro que tentei levar essa situação de forma pacífica, mas não sou de ferro. Não aguentei! Mas agora isso é passado, eu tenho certeza de que vou ser muito feliz e encontrar alguém que me ame de verdade.

Poncho: Espero que seja feliz mesmo... Mas então você não pretende voltar?

Belinda: Talvez... eu realmente não sei, pode ser que volte em um mês, um ano, dez anos ou nunca... Pode aguardar ansioso, faço questão de chegar de surpresa! -Disse, divertida.

Poncho: Belinda, chega de brincadeira! – Falou, irritado.

Belinda: Eu estou falando sério, Ponchito! Realmente não sei nem se volto e muito menos quando! Mas fique tranquilo que não vou mais te incomodar, ok? Vou passar a tarefa para a minha sucessora, Isabella, porque tenho certeza de que não demora muito para a "Santa Anahí" – enfatizou – cansar de brincar de casinha e de ser a madrasta boazinha e desistir de cuidar da filha de outra... Ou você acha que agora vocês serão uma família feliz, como se a Isabella fosse filha de vocês dois e está tudo lindo? – Ele ficou em silêncio, tentando assimilar o que ela falava, e ela continuou – Você não aprendeu com a vida mesmo, né? Quer apostar que ela vai desistir de casar?

Poncho: Isso não vai acontecer! – Afirmou, porém, ouvir aquelas palavras lhe trouxeram certa insegurança.

Belinda: Eu não teria tanta certeza... Ela já te deixou uma vez e você também enchia a boca para falar que ela te amava e nunca te deixaria. E ainda que ela não te deixe, fico feliz de saber que ela nunca te terá só para ela, já que sempre terão a Isabella... E eu sei que quando se trata da sua filha, você esquece do mundo. Só isso já me deixa satisfeita. Você sempre viu a Anahí como um ser de outro mundo, um ser perfeito... mas ela é de carne e osso! E ela não é mãe da Isabella, isso vai pesar em algum momento, pode apostar querido... Você sabe que eu sempre tenho razão! -Disse, segura de si.