San Diego, Califórnia
Vinte um de julho, 2023— Por favor, levem-na até a enfermaria.
Kaleb solicitou com preocupação, notando que minha pele começava a adquirir uma tonalidade roxa.
Uma voz desconhecida juntou-se à conversa, mas não pude discernir de quem se tratava.
— Clary não está respirando.
Kaleb exclamou a alguém, enquanto mãos firmes me erguiam e me levavam para algum lugar.
— Para onde estão levando minha amiga seu marginal.
— Abra os olhos, Clary.
Disse alguém com calma, e finalmente, o ar começou a retornar gradualmente enquanto eu era gentilmente colocada no chão, de frente para um rosto que reconheci como o de Jack.
Não conseguia desviar os olhos dele, que delicadamente afastava os fios de cabelo do meu rosto.
— Eu tive uma briga com Hanna. - admiti.
— Espero que tenha deixado-a sem um olho.
Jack respondeu com um sorriso maldoso.
Comecei a sentir nervosismo devido à nossa proximidade, e ele tocou meu rosto, fazendo-me congelar no lugar.
— Você não é uma pessoa fraca, garota irritante.
Afirmou Jack, aproximando nossos rostos, nossos narizes se tocando.
Jack colocou suas mãos em minha cintura, enquanto eu fiquei na ponta dos pés, mas antes que algo mais pudesse acontecer, Pietro e Kaleb surgiram e nos separaram.— Você está bem? - Kaleb me puxou para um abraço.
— Sim. - respondi, tentando voltar à realidade.
Pietro tocou meu ombro, tirando-me do abraço.
— Você me assustou, e eu sinto muito pelo que aconteceu. - disse ele, coçando a nuca.
— Está tudo bem. - respondi, e ele me puxou em direção à enfermaria.
Jack, irritado, nos interrompeu.
— Ela disse que está bem, não precisa da sua falsa caridade.
Pietro se virou para Jack, sério.
O que você disse?
Jack com um sorriso maldoso o provocou.
— O que você acabou de ouvir.
As tensões aumentaram.
— É melhor guardar suas opiniões para você, ninguém aqui está interessado.
— E é melhor você cair fora, se quiser manter seus dentes intactos. — Fala pra ele, Clary. - Jack ordenou, olhando para mim.
— O que?
— Fala quais são as chances dele transar com você. - ele disse, sorrindo, e eu fiquei chocada com suas palavras.
— Eu não estou tentando... - começou, Pietro com certo constrangimento.
— Eu sei, você só está sendo gentil, obrigada. - eu assenti. — Vamos para a aula, Kaleb?
Kaleb interrompeu.
— Vamos, docinho, você é minha por enquanto. - puxou meu braço enquanto Jack me observava.
— Tem dois rapazes interessados em te comer, qual será a sua escolha?
Eu empurrei Leandro, indignada.
— Nojento.
— Você deveria se divertir mais, eu sei que não superou o nosso término, mas tente seguir em frente".
— Cala a boca, Kaleb
(...)
Durante a aula, Hanna não desviou seu olhar raivoso de mim, seu rosto estava vermelho e arranhado.
Eu estava temerosa de que ela pudesse relatar tudo ao pai, o que poderia resultar em minha expulsão por agredir sua filha.
— Gostei do que você fez com Hanna, ela mereceu por ser tão desagradável. - Kaya sussurrou.
— Ela vai me causar problemas. - eu lhe respondi ranciosa.
Kaya tentou acalmar.
— Mantenha a calma, ela foi quem provocou, e há testemunhas.
Ninguém se importa comigo, Kaya. - eu disse desanimada.l
Eu me importo, e Kaya também. - Kaleb indagou apontando para ela, que concordou com um polegar levantado, fazendo-me sorrir fracamente.
Eu estava preocupada com o ódio de Hanna e o que ela poderia fazer contra mim.
No intervalo, decidi seguir Hanna até o banheiro feminino, que estava vazio. Ela estava retocando a maquiagem, e eu fechei a porta, cruzando os braços e ficando atrás dela.
— Eu vou fazer de tudo para mandar você e o seu 'papai' para bem longe daqui, garota. - Hanna me ameaçou.
Hanna me olhou pelo espelho, desafiadora, e eu arqueei uma sobrancelha.
— Se eu fosse você, pensaria bem antes de fazer isso.
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The Challenge
FanfictionClary Davis, uma figura invisível na tessitura social, se via na posição desfavorecida de ser a filha de um zelador alcoólatra, cuja existência estava marcada pela miséria desde que sua esposa o deixou, deixando-o com a responsabilidade de criar sua...