Por Acidente - Sasusaku

Capítulo 2

SAKURA NARRANDO

O meu pulo de alegria ao receber o email de Tsunade poderia ter me feito bater no teto, porém agora ao chegar no prédio endereçado, uma ansiedade me subia.

Na descrição do pedido, falava que eu cuidaria de um homem em coma, o qual sofreu um acidente de carro.

Eu só não consigo entender o porquê de ele estar sendo tratado em casa? Deve ser coisa de gente velha rica.

Provavelmente deve ser um idoso que não lembra muito bem como dirige e sofreu um acidente.

Pobre senhorzinho, vou fazer meu melhor para cuidar do coitado.

Assim que passei pela portaria, subi pelo enorme elevador.

Olha, não sei quem é esse homem, mas ele deve ter muito dinheiro, porque puta merda, viu.

Já vi alguns lugares chiques pelo celular, mas aquilo não chega nem nos pés desse prédio.

Cheguei rápido no andar, mesmo sendo o último andar, outra coisa de rico.

Não tenho dúvidas que se o mundo tiver um apocalipse zumbi, esse elevador continuaria a funcionar.

Coisa de rico...

Eu imaginei que seria um apartamento normal, que nem o meu com Ino, o qual tem várias casas no andar. Mas claramente não era bem assim.

O andar só tinha uma enorme porta, a qual estava aberta com uma mulher ruiva na frente.

Ela me olhou de cima abaixo antes de levantar uma sobrancelha em questionamento.

Sai, ansiosa, do elevador.

— Prazer, sou Sakura Haruno. Tsunade que me recomendou para o estágio.

A mulher deu um longo suspiro antes de sussurrar para si:

— Isso é loucura. — Ela virou de costas e começou a andar. — Venha.

Loucura? Ok, posso ser estagiaria, mas já duvidar assim do meu potencial? Sacanagem.

Mais ansiosa ainda, segui ela.

— Você cuidará dele das 15h até as 20h, que seria a carga mínima de um estágio. Você terá que trocar suas bandagens e verificá-lo, sabe fazer isso, certo? — A mulher parou em frente uma porta e me olhou, assenti rapidamente. — Ótimo.

A mulher pareceu rezar antes de abrir a porta, me guiando para dentro da mesma.

— Eu terei alguém para me auxiliar ou algo do tipo? — Porque isso é o objetivo do estágio, não? Aprender, certo?

A sua sobrancelha se estendeu novamente.

— Você não disse que sabe fazer? — Eu assenti rápido e quando eu ia falar, ela correu na minha frente. — Meu telefone está na geladeira, qualquer coisa me mande uma mensagem. —Assenti, ficando quieta.

A ruiva passou para o lado, me deixando a visão de uma grande cama, com um homem deitado.

Um homem que não é nada velho. Com certeza não.

Um homem lindo, uma beleza que eu nunca tinha visto. Algo como um ator de novela.

Não, até melhor do que esse mocinhos de novela. Essa pessoa é a descrição dos vilões sexys dos livros de fantasia, aquele que você quer, mas finge que não, que mente para si que gostaria.

Seguro minha luxuria junto da minha respiração.

É com certeza nada profissional pensar isso do seu paciente, mas que homem...