Capítulo 16. Presságio

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Chegamos no último capítulo! Espero que gostem! ~~e não me matem~~Nos vemos nas notas finais!


POV Christopher

- Filho da puta - levantei do meu lugar, atravessando a sala num supetão, grudando Demetri na parede pelo pescoço com meu antebraço. O homem se debateu tentando sair do aperto, inutilmente. Olhou ao redor pedindo ajuda, mas nenhum dos oficiais se mexeu. - Isso é tudo culpa sua! Sua e do seu padrasto vagabundo!

- Me... solta...

- Diga onde a Dulce está - Se eu pressionasse um pouco mais forte, em breve o rapaz desmaiaria e não serviria de nada.

- Você realmente a ama, hein? - disse com dificuldade. Notei um olhar curioso de Fernando, mas agora não era o momento ideal.

- Cala essa boca - falei entredentes, lançando o pior olhar que consegui em sua direção. Soltei-o bruscamente, o homem se ajoelhou no chão para recuperar o ar. - Desembucha.

- Primeiro, sei que você juntou provas contra o esquema no hospital e entregou tudo para o chefe Saviñón. Então, quero uma garantia de que receberei pena reduzida por estar colaborando - Mal terminou as palavras, grudei Demetri novamente na parede.

- Colaborando com o quê?! Um sequestro? - vociferei, querendo socá-lo por ser tão idiota. Senti uma mão suave em meu ombro, era Fernando.

- Filho, pode soltar o rapaz - relutei ao seu pedido, com o pressentimento que se o liberasse, algo ruim aconteceria. Porém, acabei cedendo. O idiota esfregou a pele onde eu agarrei anteriormente, me fuzilando - Senhor Diestro, eu até aceitaria, mas assim que Christopher me entregou as evidências, já liguei pro meu contato no FBI. Eles estão cientes, chegarão em breve aqui para iniciar as investigações oficiais.

Contemplativo, Demetri fixou os olhos no outro lado da sala, não esperava que Fernando negaria sua exigência. Todos pareciam aguardar seu próximo passo. Felizmente, minha paciência era curta.

- Se acontecer algo com a Dulce porque você se recusou a nos dar a localização... - deixei a ameaça no ar, sem me importar com a presença dos policiais no recinto. Demetri analisou suas opções mentalmente, era visível que não queria deixar Dul se machucar, mas também desejava salvar sua pele.

Após meditar alguns segundos, concluiu que era melhor cooperar de uma vez.

- Ok, ela está num depósito perto de Santa Clara. O Xavier me ligou pedindo ajuda, mas não sou idiota...

- Percebe-se - Não consegui segurar a língua. - Vamos logo.

No mesmo segundo, todos os oficiais, Demetri, Fernando e eu corremos para o lado de fora, cada um entrando em seu veículo. Herrera chegava naquele momento numa viatura.

- Hey Christopher, o oficial Jones já analisou o carro da Dul - interrompeu a frase ao ver Demetri no carro com Fernando. - O que ele está fazendo aqui?

- Ele sabe onde Dul está. Vem, te conto no caminho - devolvi suas chaves, disparando para o banco do carona. No meu estado de nervosismo, com preocupação e ansiedade, era perigoso dirigir.

Durante o trajeto, comecei a inteirar o Alfonso de toda a situação.

- Assim que entrei na casa do chefe Saviñón, ele recebeu uma ligação do sequestrador... E você não adivinha quem é - Seus olhos fitavam a estrada e meu rosto quase simultaneamente. - Alanis.

- O ALANIS?! - exasperou, saindo um pouco da pista. - Mas... por quê? Você mal contou para a Dul sobre seu plano...

- Eu sei. No início, até pensei ser isso, mas tudo o que Alanis quer é que o chefe Saviñón pare de investigar sobre meu acidente. Os Diestro tem informantes em todos os lugares, Alfonso... Praticamente uma máfia!

Um Novo Começo com Você - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora