Tínhamos um acordo: não nos apaixonarmos.
É nosso último ano na Universidade e ela quer focar nos estudos como nunca para não correr nenhum risco desnecessário. Não quer mais saber de ir às festas todos os finais de semana, fazer viagens repentinas com nossos amigos, ficar com várias pessoas ou, principalmente, namorar.
Resumindo: Hinata Hyuuga não quer se distrair com nada.
No entanto, a carne é fraca, e ela não é uma mulher puritana.
Quando ficamos pela primeira vez em uma das festas depois de nos encararmos sem falar nada por um mês, ela me amarrou — no sentido figurado da palavra. Então, nosso último ano se iniciou, e a Hyuuga ofereceu um acordo: ficarmos naturalmente até a formatura, sem necessidade de exclusividade e sem envolver sentimentos.
Hinata Hyuuga me obrigou a não me apaixonar por ela.Porra, é um acordo de praticamente um ano. É injusto até com ela.
Além do mais, como não me apaixonar por uma pessoa com a beleza e a personalidade dela?
Hinata é tão bela que dói. Os cabelos curtos de um tom estranho de preto, os olhos grandes parecidos com cristais, principalmente pela maneira que seus sentimentos transparecem neles. Já tentei ver amor ali, mas só consigo captar a excitação, raiva, frustração e, nas vezes que me liga, luxúria.Porém, a língua afiada e as piadas ruins é o que me encanta mais do que tudo.
Ela me atrai por inteira. Sinto como se estivesse chapado o tempo inteiro na presença dela, viciado no seu sabor, louco por mais.
Mais prazer, mais gemidos, mais sorrisos, mais risos. Dela e meus.
Entretanto, isso está ficando sério demais. Estou começando a desenvolver um sentimento de possessividade sobre ela.
Só de imaginá-la ligando para outro, entregando seus gemidos, seu prazer, sua expressão de satisfação pós-sexo, eu quase posso sentir uma parada cardiorespiratória.
Ela não vai gostar nada de saber disso. E eu é que não vou contar.
Nosso caso se tornou muito sério para mim. E precisa acabar.
Espreguiço-me na minha cama, sabendo que não vou conseguir dormir.
Já são um pouco mais de meia-noite e o sono nem deu pistas se viria ainda, então levanto e vou até a cozinha procurar algo para comer.
Todos os outros meninos estão dormindo, então tomo um pouco de cuidado para não fazer barulho. Pego uma embalagem de lámen e ponho no micro-ondas; deixo três minutos e retiro, pegando os hashis e começando a comer.
Esse sentimento de impotência e frustração está se tornando frequente e me deixando mais noites sem dormir do que deveria.
Suspiro profundamente, percebendo que até a fome aquela mulher está tirando de mim. Isso já é demais.
Ao terminar, descarto a embalagem e lavo os hashis, decidido a tentar dormir de novo. No entanto, meu celular toca de repente, me assustando. Estico a mão para pegá-lo em cima da mesa, mas paraliso ao ver que é ela, a inimiga da minha felicidade, Hinata Hyuuga.
Engulo em seco e decido atender.— Oi, Hyuuga — cumprimento quase ríspido.
— Olá, Uzumaki.
Sua voz doce e aparentemente inocente me faz fechar os olhos.
Eu fico de pau duro com ela me chamando de Uzumaki.
Caralho, isso está mil vezes mais sério.
— Está tudo bem?
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Hábitos do Meu Coração (one)
FanfictionHinata Hyuuga me obrigou a não me apaixonar por ela, mas como eu seria capaz de cometer esse ato de crueldade com esta mulher? Naruhina | UA | +18 | one Os personagens pertencem ao Masashi Kishimoto. Plágio é crime!