𝐌𝐘 𝐁𝐑𝐀𝐙𝐈𝐋𝐈𝐀𝐍, christian convery.

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ACABOU

No dia seguinte, avisei à meus pais que iria na casa de Christian. Eles concordaram, claro. Quando cheguei lá, bati na porta e quem atendeu foi a própria Kimberly. Me deu nos nervos quando vi a cara de tacho dela ali. 

— Oi — ela disse com cara de desgosto — O que você está fazendo aqui?

— Eu estou aqui para ver o Christian, ele está?

Kimberly suspirou fundo.

— Olha, desculpa, mas nesse momento ele está...

Christian veio correndo até a porta antes que ela pudesse completar a frase.

— Oi, amor! 

Ele se aproximou de mim e me deu um selinho. Eu queria muito que todo mundo do mundo inteiro visse a cara da Kimberly naquele momento, porque essa provavelmente foi a cena mais engraçada que já vi na vida.

— Oi — sorri e me virei de volta para Kimberly — Então, o que você ia dizendo mesmo?

O queixo dela estava caído, mas ela não permaneceu assim por muito tempo até que falou:

— O que significa isso?! 

— Isso o quê? — Christian franziu o cenho.

— Esse...esse beijo! — ela se virou para Christian e começou a brigar com ele — Você nunca me disse que estava namorando! Ainda mais com essa...essa...

— Essa o quê, hein? — me aproximei de Kimberly mas Christian conseguiu me afastar antes que eu desse um tapa nela.

— Ei, meninas, parem! — Christian ordenou — Kim, eu estou namorando sim, como você pode ver. Mas eu acho que não tem nada demais nisso e...

— É claro que tem! — ela fingiu choro mas percebi que os olhos dela estavam cheio de lágrimas, não tive pena nenhuma — Você deveria ter me contado! Eu sou a sua...eu sou a sua melhor amiga, não sou? Hein, Christian?! Eu te conheci primeiro do que ela, não é?!

Enquanto ela falava, ela batia no braço de Christian. Por quê ela conseguia ser tão irritante?

— Calma, Kimberly. Eu não fiz nada demais, me desculpa, eu só esqueci.

— Só esqueceu — ela riu com sarcasmo — Quer saber? Eu vou entrar.

Quando finalmente ela se retirou, foi a minha vez de rir com sarcasmo.

— Você é um cara de pau — falei.

— Eu? — Christian apontou para si mesmo.

— É. Você mesmo. Pra quê se desculpar com ela? Sua vida não precisa ser toda exposta pra ela, se você não quisesse contar para ela que estava namorando isso nem seria da conta dela! Por quê pediu desculpas?

— Porque ela é minha amiga!

— Ah, agora ela é sua amiga?

— Ela sempre foi.

Estalei a língua.

— Ontem mesmo você disse que tentava ignorar todas as mensagens dela.

— É, mas ela não deixa de ser minha amiga. A gente se conhece há oito anos, Aurora. Quer ou não queira, ela é minha amiga.

Fiquei com vontade de enfiar a cabeça dele na terra e enterrar ele vivo, mas apenas disse:

— Então vai lá consolar a sua amiga.