-Um ano de trabalho voluntário não é o fim do mundo, não é? -Amanda disse enquanto mexia com uma colherzinha seu cappuccino.
-Você deve agradecer ao fato de ainda ter réu primário e minha linda esposa gostar de você -Lucas falou levando um café expresso e amargo em direção aos lábios fartos, um de seus braços estava em volta da mulher que usava fatalmente um vestido vermelho com plumas na barra.
-Eu só tenho que agradecer aos dois, tanto pelo Morgan quanto pelo processo contra o Donald -Wess agradeceu de maneira suplicante, já estava cansado daquele dia, a barriga pesava e o clima frio piorava sua saúde.
-Bem, tenho que te parabenizar pela gravação de áudio que você fez do Donald no dia do acidente, sem isso eu não conseguiria provar o crime que ele cometeu contra você -Sr. Farias admitiu.
-Isso pôs a vida dele e do nosso filho em risco -Morgan se pronunciou por fim.
Ambos tinham acabado de sair de um tribunal vitoriosos, os crimes cometidos por Donald Brodie foram julgados e sentenciados, havia vítimas, provas e um bom advogado para que não permitisse que o homem saísse impune. Entretanto houve outro crime, o advogado de Brodie entrou com uma acusação de tentativa de homicídio, facilmente derrubada por Lucas, mas ainda assim Morgan Marison foi acusado de lesão corporal grave.
-Não se pode nem mais quebrar um nariz, duas clavículas e um braço que é crime -Morgan ironizou ao ser intimado. Mas felizmente, como resultado ele só precisou pagar uma fiança e fazer trabalho voluntário.
Assim os quatros estavam em um café, respirando finalmente aliviados que um assediador e ladrão intelectual estaria atrás das grades por alguns anos. Wess sem dúvidas estava aliviado e se sentindo justiçado por tudo o que sofreu e pelas outras vítimas que Donald tinha feito, mas ele ainda estava se sentindo tão mal, tão frágil.
Morgan colocou a mão sobre a perna de Wess que mexia repetidamente.
-Como você está se sentindo?
-Eu quero ir pra casa… agora se possível -Wess estava impaciente, Morgan podia reparar na agitação e nervosismo, além dos feromônios aflitos.
-Eu posso levar você?
Wess assentiu.
-Amanda, Sr. Farias… muito obrigado por tudo -Morgan falou estendo a mão para o homem alto usando ternos perfeitamente aliados. Wess os cumprimentou de onde estava e com o alfa segurando seu ombro eles partiram.
Não demorou muito, Wess pisou os pés em casa e os jatos de vômitos vieram sem se importar que tivesse um vaso sanitário apenas algumas metros dali. Ele se engasgou no meio da sala enquanto Morgan passava aos mãos pelas suas costas.
Quando seu amigo terminou, Morgan o carregou até o sofá e se ajoelhou entre ele, era nítido que Wess estava em um mal momento, estava nervoso, ainda com medo e passando por uma completa experiência traumática. Ele já lidou com diversas coisas desde que tinham começado sua amizade, mas os últimos meses Morgan via outra face do amigo.
Wess era uma pessoa muito forte.
-Você quer sorvete?
Wess riu sem jeito sendo pego de surpresa.
-Sorvete?
-Sim, o que seria melhor nesses momentos do que um bom e velho sorvete? Eu e meu irmão sempre que estávamos na pior juntávamos nossas mesadas pra comprar o sorvete mais caro que tinha no mercado, mas aqui deve ter algum pelo menos, não é?
-Sim, eu tenho. Tá no congelador, mas eu tenho que limpar a porra desse vômito aí.
-Ei, eu posso fazer isso e depois comemos um sorvete, tá bom?
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A Tinny Incident
RomanceWess e Morgan são melhores amigos que trabalham juntos, em um dia a sua equipe de trabalho faz uma venda muito grande ao ponto de ser comemorada. Assim, ambos bebem como se não houvesse o amanhã, entretanto quando o amanhã chega eles percebem que es...