O Reino Vizinho. |•°Luotto [Concluída ✔️]

Nada bem..

Luisa tateia a cama em busca do amado, mas não o encontra. Aos poucos ela se desperta, faz suas higienes matinais e veste um vestido branco com mangas bufantes com o comprimento que iam até os tornozelos dela. Odiava quando seus vestidos arrastavam no chão. Penteia seus cabelos loiros, optando por deixa-lo soltos. Colocou suas joias entre elas brincos de safira azuis e um pulseira banhada a ouro. Presente de seu pai.

Ela sai dos aposentos de Otto e vai até a cozinha tomar seu café da manhã. Desde muito nova Luísa não gostava de incomodar seus servos, só os chamavam em casos de extrema urgência.

E lá estava ele. Estava estranhamente atraente. Os cabelos bagunçados, usando apenas uma calça com sua espada presa a ela. Suas botas estavam sujas de poeira.
Suas costas nuas estavam rasgadas por conta da noite passada. Ao lembrar disso Luísa sente seu rosto arder. Parece que só em pensar nele, ele se faz presente.

Otto a encara e um belo sorriso se forma em seus lábios, ele faz um sinal com a mão para que ela se aproxime. E ela o faz.

— Bom dia meu amor. - Sua voz doce faz o coração de Luísa derreter.

— Bom dia. - Ela fica em frente ao homem que estava sentado.

— Dormiu bem? - Ele leva a xícara de café até sua boca.

— Dormi sim.. - O olhar penetrante do noivo fazem suas pernas bambearem, ela suspira tentando buscar todo seu auto controle.

— Hmm. - seu olhar percorre todo o corpo da noiva. Ela era simplesmente magnífica. — Está tudo bem mesmo?

— Está.. está sim.. - Otto não parece acreditar, ele enlaça a cintura da noiva e cola seus corpos em um abraço acolhedor.

— Pode falar meu amor. - Ele acaricia as bochechas rosadas dela. — O quê te aflige? - Luísa umedece os lábios, droga! Ele a conhece bem.

— Otto.. - Ela levanta sua cabeça e encara ele. — Estou com medo.. - Otto arqueia a sombrancelha, deixa sua xícara de café de lado e acaricia a face de Luísa.

— Pode dizer.. farei o quê for possivel pra lhe ajudar. - Luisa sorri encantada.

— Estou com medo de engravidar antes de estarmos casados. - O olhar dele ganha uma brilho encantador, um belo sorriso surge nos lábios rosados dele e ele a junta seus corpos denovo.

— Está grávida? - Ele sente um frio na barriga.

— Não sei! É muito cedo ainda. - Ela suspira. — Imagina se meu pai saber disso. - Ela coloca as mãos no rosto rosado. — Que vergonha. - Murmura.

— Está se sentindo bem? Precisa de algo? - Pergunta atencioso. Luisa sorri e acaricia o rosto de Otto.

— Não precisa se preocupar.. eu tenho quase certeza que não estou grávida, então não preocupe. - Otto eleva a cabeça confuso.

— Mas eu iria gostar de ter um filho.. ainda mais seu. - A íris de seu olho fica no tom de um azul claro, as sombrancelha encurvadas e o cenho franzido não nega que ele está chateado.

— Ainda é cedo Otto. - O repreende. — E nos temos Poliana, já é o bastante. - A testa dele se enruga e seu corpo inteiro se enrijece. Otto de desvelhencia dela.

— Você sabe que não é assim que funciona, Luísa..

— Poliana já basta Otto!

— Temos que ter um filho de sangue.

— Mas..

— Por quê está se opondo em ter um filho comigo? - Seu olhar se escureceu. — Não quer ter um filho?

— Não é isso Otto.

— O problema sou eu então? - Seu maxilar se contraí.

— Otto! Nem casamos e você já quer me exigir um filho? - Ela serra seus punhos. — Só dormimos uma vez! Não crie expectativas. - Seus olhos começam a marejar

Otto se levanta da cadeira e analisa o estado da noiva.

— Está acontecendo algo que eu não sei? - Luísa arregala os olhos.

— Não Otto. E se estivesse? Você se importaria? - suas lágrimas escorrem por seu maxilar.

— Claro que eu me importaria!

— Então não crie expectativas de ter um filho meu! - ela faz menção em sair, mas Otto a puxa delicadamente para seus braços.

— O quê está acontecendo Luísa?

— Você não entenderia! - Ela se solta bruscamente de seus braços.

— Claro que eu..

— NÃO! - Ela grita deixando Otto assustado. — VOCÊ SÓ LIGA PRA GUERRAS, ESTUDOS E NEGÓCIOS! - Otto a encara espantado, seus olhos claros se arregalam e sua boca fica meia aberta. — Você é muito insensível!

— Luísa..

— Sai Otto. - Ela sai da cozinha em passos apressados. Deixando Otto sozinho e perplexo.

Ele franze o cenho irritado, mas não desiste. Em alguns passos ele alcança Luísa e a coloca contra a parede de um dos corredores.

— Otto oquê.. - Antes dela brigar com ele Otto sela seus lábios em um beijo delicado, ele segura em seu pescoço delicadamente e envolve sua cintura com a mão disponível. Os lábios dele eram doces por causa do café que acaba de tomar.

— Otto.. - Diz contra os lábios dele.

— Me desculpe.. não queria brigar com você. - Ele finaliza o beijo com um selinho e a abraça. — Me perdoa meu bem.. - Ele acaricia as costas dela. — Eu não quero te pressionar a nada..

— Me deixe sozinha. - Ela séria.

— O quê?

— Me deixe sozinha, Otto. - Ela se desvelhencia dele.

— Fala sério Luísa. - Ele espreme os lábios chateados.

— Com licença.  - Ela tenta sair mas ele volta a coloca-la contra a parede.

— Por quê está fazendo isso comigo?

— Otto eu já disse..

— Não quero ficar brigado com você.

— ME DEIXA SAIR! - ela grita.

— NÃO! - Fala mais alto, suas sobrancelhas se curvam.

— Porra Otto você é chato demais.

— VOCÊ É MAIS! - Ele espalma a palma da mão na parede na altura do ombro de Luísa. — CARALHO LUÍSA EU JÁ PEDI DESCULPAS! - Ele suspira. — Só não entendo o motivo de você ter medo de engravi..

— POR QUÊ EU POSSO PERDER O BEBÊ SEU FILHO DA PUTA! - Ela serra os olhos em direção a ele enquanto lágrimas escorrem por seu rosto. A expressão de Otto muda completamente, ele arregala os olhos e parecia arrependido.

— O quê?

— Foi isso que você ouviu, idiota! - Fala em meio a soluços. — Agora me solta! - Otto a puxa para seus braços.

— Por quê não me falou antes? - Ele segurava suas lágrimas.

— Por quê você iria me rejeitar e.. - Otto segura em seus ombros e a afasta a olhando com um semblante sério.

— Eu nunca  te rejeitaria por causa disso .. como você pôde pensar que eu faria isso? - Ele libera suas lágrimas pesadas. Luísa parece arrependida por falar aquilo.

— Desculpa.. acho que eu exagerei.

— Vamos ao médico.

— Otto!

— CALADA! Pare de ser teimosa!

— Você mandou eu calar a boca?

— Sério mesmo Luísa? - Ele revira os olhos. — Vamos até Ulisses... desculpe.. - Ele entrelaça seus dedos com os dela.

Com relutância a princesa foi. Fez todos o exames necessários e realmente, tinha uma grande possibilidade de ela perder o bebê ou morrer no parto. Mas se tiverem cuidado redobrado ela não sofrerá com isso. O médico receitou remédio para ela. E não era nada bons.