Capítulo 10

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 Vossa Alteza

Não para de chover desde domingo, não fiz muita coisa, conversei pouco com Jake, conversei bastante com Jon, sobre o aniversário dele, conversamos bastante sobre ele e como ele se sente, ele ainda não sabe o que vai fazer no aniversário, as coisas já começaram a serem arrumadas, vai ser algo super grandioso, vão vir familiares, empresários e em como todo aniversário real de 25 anos ele fará um discurso e agradecerá pelas felicitações e blá, blá, blá, ele tá muito apaixonadinho pela Mei, Jon queria ter convidado-a, mas achou melhor não, ela parece se uma pessoa maravilhosa, nunca conversei com ela diretamente, porque sempre que ela liga Jon me expulsa do quarto, mas venho tentado convencê-lo a fazer o que o coração dele tá pedindo, vou ir à loja amanhã para comprar um vestido novo para o aniversário de 25 anos dele, é um idade especial em alguns meses ele vai se tornar rei, como mamãe também fez aos 25

-Isa, cuidado para não deixar a terra toda cair

-Desculpa, tava em outro mundo-termino de colocar a terra no vaso, a chuva caí forte lá fora e estufa aguenta bem, quando a aula acaba chamo Jake para tomar café da tarde comigo

-Tá bom- ele se aproxima de mim e então abre a porta da estufa, a chuva está bem forte, abro o guarda chuva e saio, ele entre embaixo dele comigo-Princesa-ele para -Quer dançar?

-Agora? Está chovendo!

-O agora é o momento perfeita, vamos dance comigo- ele faz um olho pidão e não consigo negar, ele pega o guarda-chuva e o coloca no chão, então pega minha outra mão e me puxa para mais perto, ele coloca a mãos na minha cintura e eu coloco os braços em seus ombros, mesmo sendo alta ele continua mais alto do que eu, a chuva nos molha enquanto dançamos, o único som é das gotas que caem, seus olhos brilham com a pouca luz que ilumina onde estamos, dançamos lentamente, sem desgrudar o olhar por nem um segundo e como se a música acabasse nos separamos e nos reverenciamos e então uma música inaudível começa a tocar, uma música que somente a gente ouve, uma música feita a partir do som de nossas risadas abafadas, a chuva caindo ao nosso redor, e de alguma forma, nossos olhares, como se eles cantassem uma melodia única, sensível, devagar, mas rápida e agitada, uma música sem palavras, somente olhares, risadas e a chuva, creio ser a música mais linda que já ouvi.

-Da próxima vez que você falar de dançar na chuva eu vou negar, cara, você me paga-seco meus cabelos com uma toalha e jogo outra para ele

-Você dançou porque quis, e você se divertiu que eu sei

-Quase que a Graça me expulsa de casa por sujar tudo

-ME expulsa você quis dizer, ela não pode TE expulsar

-Acredite, se ela quiser, ela faz o que quer, depois da minha mãe, ela é a que manda em tudo e todos-rimos enquanto nos secamos, resolvemos fazer uma noite de filmes, ele desce parra colocar uma roupa seca e eu vou chamar Jon

-Tô entrando-aviso ao entrar, Jon não está na cama nem na escrivaninha-Jon- o chamo

-Aqui-ele grita da varanda, quando chego ele está debruçado por sobre o parapeito, fumando um cigarro, a chuva ainda cai forte lá fora- te vi dançando, você parecia feliz

-Foi legal, eu nunca havia dançado na chuva, pois

-Sempre que começa a chover nos tiram da chuva-ele termina o que ia dizer

-É-ele me oferece o cigarro, mas nego-eu e o Jake vamos fazer uma noite de filmes, quer vir conosco?

-Legal, mas não, hoje eu preciso pensar bem

-E fumar ajuda? Se você não sabe, a nicotina afeta o cérebro e tomadas de decisões são feitas pelo cérebro, então deixe-me ajudá-lo, sua irmã sóbria e consciente

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