▫️Capítulo 27▫️

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NICK DONIVAN

Ficar com a Lunna naquele tempinho, tinha sido o meu escape. Por uns breves minutos, a minha cabeça havia consigo relaxar e focar em alguma outra coisa, que não foi a segurança dela e da Brisa, ou, dessa merda toda que estava acontecendo na minha vida. E, eu estava tão fodidamente fodido, que nunca pensei, que uma garota do tamanho da Lunna, tivesse a capacidade de me acalmar e me fazer abaixar a guardar tão rapidamente, ao ponto de mostrar todas as minhas inseguranças e medos para ela. A Lunna tinha um jeito único, de me fazer mostra o meu lado mais vulnerável e caótico para o mundo. Aonde isso tudo iria parar, eu não sei; mas, eu a queria o tempo todo comigo.

Assim, ficamos grudados por mais um tempo, até finalmente ela precisar ir trabalhar naquela casa de recuperação. Ela pensou em ir sozinha até lá, mas eu logo a cortei, dizendo que de agora em diante, eu sempre a buscaria em casa e a levaria daqui, depois da aula, para o abrigo; e caso a sua mãe não retornasse com ela, que a mesma me avisasse, para que eu logo fosse a buscar.

Ela deu aquela sua típica revirada de olho, mas eu não lhe dei espaço para retrucar. Ver aquela sua bunda vermelhinha e os lábios da sua boca, inchados, de tanto que a beijei, me fazia sentir o cara mais sortudo e fodástico do mundo. Aquela morena era minha e ninguém iria a tirar de mim.

Assim, quando a deixei na porta do abrigo, eu a puxei para mim e plantei mais um beijo quente naquela sua boca gostosa, que me fazia praticamente perder o juízo com ela. Nem a porra do cara do telefone, que me ligou ontem a noite, iria me impedir de desfrutar das belezuras que a vida havia me dado.

— Você é minha Lunna. Agora não tem escape. — Lhe olho com a maior certeza do mundo, esperando que ela realmente entenda as minhas palavras e o que elas, queriam lhe dizer com isso. Eu não era o tipo de cara que taxa as pessoas como namorada ou ficante séria; ou eu estava com ela ou não, simples assim. Se iriamos casar ou morar juntos, ou se separar, o tempo mesmo, por se só, iria dizer; mas o que eu tinha com a Lunna, com certeza era muito mais do que um status, nós simplesmente nos conectávamos. E eu esperava de coração, que ela também nós enxergássemos dessa forma. — Que o seu dia seja incrível, linda. Qualquer coisa me ligue.

— Está bem... Obrigada por me acompanhar. — Ela diz simplesmente de forma encantadora e sonhadora, exibindo o sorriso mais lindo que eu já vi. A Lunna tinha o poder de me deixar embasbacado, com a sua pureza e inocência, mesmo depois de tudo que fizemos mais cedo lá no sofá.

Eu assinto com a cabeça e relaxo as minhas mãos nos bolsos, antes de acenar para o senhor Romeu e aguardar que o meu belo anjo, entrasse no abrigo, estando completamente segura e bem, por trás daqueles portões. Ela me olha mais uma vez, com as suas bochechas coroadas e se vai, me deixando que nem um bobo, lhe admirando.

Eu não sei se a merecia, mas de agora em diante, eu jamais a deixaria escapar. Às vezes eu me pego pensando, se esse tempo todo, eu e a Lunna já não tivéssemos predestinados a ficar juntos. Ela no seu canto e eu no meu, só esperando o momento certo, para que nós dois nos uníssemos. Por detrás de todos os obstáculos e motivos, para que não ficássemos juntos, nos dois não havíamos conseguido evitar.

Ela era porra da pirralha irritante, que me deixava totalmente absorto e desconcertado, com os seus olhares especulativos e admiradores, como se eu fosse um Deus vivo na sua frente. O que fatalmente eu sabia que não era, mas que de alguma forma, eu sempre me via pensando no que os seus olhos verdes escuros, com cor de mel, conseguiam ver em mim. E ela, por mesmo me ver a evitando e ignorando, não deixava de me olhar e insistir que em algum maldito dia eu falasse com ela naturalmente. Até nos meus dias mais sombrios, o seu olhar ainda não era de medo ou receio de mim, no qual eu pudesse fazer alguma mal a ela. Pois, inesperadamente, ela confiava em mim.

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