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Como descrever o que eu sinto? Eu realmente não sei.
É o seguinte, desde que a gente se conheceu, sabe? no 6° ano... Eu já sabia que a gente ia se dar muito bem, e eu estava certo, não é mesmo?
O negócio é que, mudou, cara, eu não consigo mais te ver como um amigo, longe disso. Você é o minha lua, e você sabe muito bem o quanto eu amo a lua. Você virou meu porto seguro, e eu não sei mais como seria minha vida sem você, Lee Minho.
Minha vida não faz sentido se você não está por perto. Meu mundo era em 'preto e branco, quando você chegou, me mostrou um pouco de cor. Eu te amo.

Com muito, muito, muito amor, Han Jisung.”

[...]


Já era 2 outubro, e já estava quase no final do ano letivo, eu estava correndo para chegar logo, já que estava extremamente atrasado.

Chego na escola e logo uma garota corre até mim, com um semblante triste.

— Jisung, eu sinto muito... — Ela me deu um abraço apertado, juro que não entendi, mas resolvi não comentar nada.

Após um longo tempo de um abraço que eu nem queria estar nele, vou para meu armário e pego alguns de meus materiais que seriam necessários para a próxima aula, e vou correndo pelo corredor até minha sala.

Adentro minha sala e logo olho para a cadeira do Minho, que estava vazia. Ele não costuma faltar, fui para minha cadeira e peguei o celular, olhando a hora. 7:30 da manhã, ele não costuma se atrasar.

Um garoto do fundão veio até minha mesa e me entregou uma carta, ele também estava com um semblante triste.

Abro a carta e sorrio quando vejo que foi Minho que me enviou, mas quando começo a ler, meu brilho some totalmente.

“Oioi, Jico :)
Setembro acabou, não é mesmo? Se você está lendo isso, é, minha hora realmente chegou. E não me faça perguntas, você sabe que eu odeio perguntas, não é? Não chore, eu vou ficar bem. Me desculpe por ter sido apenas uma decepção, eu não queria ter me aproximado tanto assim de você, ao ponto de criar uma grande dependência emocional em ti. Você conseguiu aumentar meu tempo de vida, mas não foi o suficiente. Não se culpe. Diga aos outros garotos que eu sempre amei muito eles, e diga ao Chan para ele não se preocupar comigo, eu vou me cuidar muito bem aqui. O negócio é que, eu não tenho ideia do que eu fiz, mas é realmente muito melhor para mim, e vai ser melhor para você também. Eu te amo, Han Jisung, e sempre te amarei. A gente se encontra na próxima vida, e que essa próxima vida a gente possa se casar e ter três gatinhos, com o nome que nós dois escolhemos no dia do sorvete. Até mais, Jico! <33

Atenciosamente, Lee Minho.”

Eu tentei segurar o choro em cada palavra lida naquela maldita carta escrita por ele, mas eu falhei. Era definitivamente impossível.

Maldito seja dia 2 de outubro.

' 𝖠𝗆𝗈𝗋 𝗍𝗈𝗅𝗈.  Onde histórias criam vida. Descubra agora