soneto cv ; wriollette

Capítulo único

Segunda vez tentando escrever sobre eles, não sei escrever as personalidades deles 😭
(Isso é baseado em um áudio q eu ouvi no tiktok)
(Não revisado)
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Wriothesley passava mais um de seus monótonos dias no colégio, prestando atenção na entediante aula de matemática enquanto poderia estar plantando bombas nos fundos da escola. Enfim, mais um dia comum.

Porém, algo, ou melhor, alguém, sempre coloria esses dias cinzas. Esse alguém era, por acaso, o representante da classe, Neuvillete. O garoto de cabelos escuros era encantado pelo outro, sempre se pegava admirando suas longas madeixas brancas com mechas azuis, os cílios adoravelmente longos - Wriothesley tinha certeza que ele usava delineador. - e olhos perolados. O que não daria este mero mortal para ter esse belo ser em seus braços.

Talvez ele tenha ficado poético demais, mas não conseguia evitar: Neuvillete o transformava em Shakespeare, escrevendo o Soneto CV.

Apesar de todo esse amor e admiração, não lhe vinha a coragem de confessar para o garoto, embora a vontade batesse na porta a cada encontro na sala de aula e nos corredores. Então, como método de descarregar toda essa frustração romântica - e, talvez, sexual -, Wriothesley compartilhava todos os seus pesares com sua melhor amiga, Clorinde.

Clorinde é uma garota séria e introvertida com os outros, mas muito legal com aqueles de quem gostava. O moreno ficava feliz em saber que fazia parte desse número seleto de pessoas, apesar de estar ciente de que Navia, a namorada de sua amiga, estava em primeiro lugar dessa lista.

Aquele era mais um dia de frustração, em que Neuvillete lhe deu um "oi" e Wriothesley respondeu de uma forma um pouco brusca devido ao nervosismo. O representante havia se afastado um pouco sem graça depois daquilo, o que lhe rendeu uma vergonha imensa, além de que o moreno jurou ter visto um pouco de água nos olhos do outro. Então, como de costume, ele foi direto para Clorinde durante o intervalo para reclamar de como ele é um idiota.

– Eu fui um bobão, não fui? – Questionou, espalhando-se em cima da mesa com uma carranca triste em seu rosto.

– Sim, você foi. – Respondeu ela inexpressivamente enquanto lixava suas unhas.

Wriothesley soltou um suspiro ofendido. – Foi uma pergunta retórica... Era pra você me confortar!

Clorinde revirou os olhos. – A única que tem esse benefício é a Navi. – Ela guardou o lixador de unha. Logo depois, a porta da sala se abriu e uma terceira pessoa entrou.

Wriothesley congelou quando viu aquele que dominava seus sonhos e pensamentos parado na mesa do professor, pegando alguns papéis. – Puta merda, que cara gostoso – Sussurrou, o mais baixo que conseguia, para sua amiga.

– Você quer que eu arrume um jeito de fazer você conversar com ele? – Clorinde sussurrou de volta.

– Por favor! Quero me desculpar por mais ce-

– Ei, Neuvillete! Wesley aqui tem uma queda por você e ele queria saber se você quer se encontrar com ele no Café Lucerne amanhã às 16h! – Gritou ela, sem mais nem menos.

Foi nesse momento que Wriothesley aceitou a morte. Não pensava em nada mais além de abrir os braços para o diabo que provavelmente lhe esperava e ceder seus restos mortais para a terra. Ele já estava em seu caminho para o 5° anel do inferno quando ouviu um pigarro vindo do representante.

Um leve pó rosa coloria suas bochechas, mas, além disso, sua expressão parecia inalterada. – Wriothesley, isso é verdade?

Com muito esforço, o moreno voltou do pós-morte com um poço de esperança crescente surgindo em seu peito. – Sim! Se estiver tudo bem pra você, é claro! – Se ele pareceu desesperado demais, ele esperava que ninguém tivesse percebido. Porém, pelo olhar brincalhão que recebeu de Clorinde, a bendita notou.