opposites stay together

Chapter 1.

Essa é uma adaptação da minha fanfic antiga, se não se recorda é só entrar no meu perfil (mas não leia pelo amor de Deus, isso tá muito vergonha alheia) enfim, não vai ser identico mas os acontecimentos e conflitos serão inspirados lá. Apenas para ver o como minha escrita amadureceu, sei lá.

São Paulo- Capital
6:12 AM - 2 February

Cirilo Rivera— •

Cirilo estava andando de um lado para o outro já uniformizado. Era o primeiro dia de aula e o garoto estava tomado pela ansiedade.

— Filho? Está tudo bem?— Paula colocou as mãos em seus ombros.

— Sabe como é né mãe... No seu tempo também ficava ansiosa?—

— Claro que ficava, acho que a maioria das pessoas tem essa pontada no peito quando se trata de uma data extremamente nova.—

— Bom... Acho que o ônibus já vai chegar então, tchau!—

O garoto caminhou até a calçada vendo
o ônibus passar em sua direção.
Assim que subiu pode ver uma figura que não sentiu muita falta.

— E aí Cirilo? Como andam as coisas meu chapa?—

— Paulo... O que 'cê quer ein?—

— Calminha cara, a gente só quer bater um papinho.— Mário apareceu ao seu lado também.

— É Cirilo, já faz algumas semanas que não conversamos.— Koki Moto estava presente ali também, talvez a algum tempo já que a altura do garoto não o ajudava.

— Não enche. Eu sei que vocês querem algo. Fala aí.—

— Sabia que a professora Helena não vai mais ser nossa professora?— Koki deu ênfase no "não".

Uma onda de dor entrou em seu corpo. Como não?

— C.Como assim... Espera a professora Helena não pode sair da escola, ela é minha melhor amiga.— Limpou a garganta afim de não chorar.

Uma garota de cabelos longos e mechas rosas se virou para trás de onde estava sentada.

— Cirilo, relaxa, eles estão brincando com você. Paulo não 'tá meio ultrapassado isso não? Deixa o garoto!—

Alicia... Nossa como estava diferente. Uma informação nova é que eles estavam indo para o sexto ano da escola, já não tinham talvez o que chamamos de inocência virgem.

— Alicia, cuida da sua vida. Não tem o que fazer e fica se intrometendo.— Paulo cruzou os braços já nervoso.

— Não fala assim com ela Paulo. A Alicia é minha amiga e você só tá complicando.—

Cirilo se levantou e se sentou ao lado da garota que ignorava completamente a existência do Guerra.

Rodaram por uns vinte minutos o bairro até chegar na escola. Alicia passou correndo por ele e passou os braços pelo pescoço da Valéria que estava na calçada a esperando.

— Cirilo, foi mal, como a Alicia disse, não é verdade.— Mário passou a mão carinhosamente sobre sua cabeça.

— De boa Mário, eu conheço bem vocês.—

Ao entrar na escola lá estava ela... Maria Joaquina. Estava se admirando em um espelho pequeno ao lado das garotas. Como podia ser tão linda? Nem ele sabia explicar.

— Cirilo? Oi?—

Jaime estava em sua frente estalando os dedos para que ele acordasse de seu transe pensativo.

— Jaime! Que bom te ver.—

— Cara... A gente se viu tipo, semana passada.—

— E qual é o grande problema nisso? Saudade é humano sabia?—

Jaime apenas sorriu e passou o braço ao seu redor.

— Tava de olho na Quiquina né? Pode falar, não é novidade.—

— Cala a boca. Não eu não estava. Ela é... Passado.— Cirilo olhou bem magoado para a sua direção.

— "Passado" ok... Eu vou fingir que eu acredito em você choco.—

Passou um tempo até a professora Helena chamar os seus queridos alunos para sua sala.

No meio da aula, Cirilo teve um estalo e se lembrou do acampamento que tinha quando começava as aulas.

— Professora Helena?—

— Sim? Diga Cirilo.— Sorriu, um sorriso muito nostálgico

— E o Acampamento do começo do ano, não vai ter esse ano?—

— Verdade, boa Cirilo, a gente quer ir.— Daniel disse animando a sala toda.

— Era sobre isso mesmo que eu queria falar com vocês. Esse ano, como tem o feriado do carnaval, iremos ficar um pouquinho mais de tempo.—

A sala inteira ficou eufórica, sorrindo e despejando a felicidade em cima da professora.

— Se acalmem! Semana que vem a gente passa a lista de ítens, todos juntos. Ouviram? Bom... vamos continuar?—

_______Vamos acelerar um pouquinho o tempo, já era tardezinha, os garotos estavam na casa abandonada, no clube da patrulha salvadora.________

— Bom, vai ser bem romântico esse acampamento.— Laura deu seu típico suspiro.

— Romântico? Por que?— Maria Joaquina jogou seu cabelo.

— Pelo motivo óbvio, estamos crescendo, ou seja, os sentimentos vão aflorando.— Sorriu com os olhos vidrados no Adriano, talvez apenas os dela estivessem assim.

— Aflorando? Sério Laura, que ridículo.— Valéria começou a gargalhar.

— Para de rir Valéria, você não estava namorando à tipo... Três anos?— Marcelina cruzou os braços repreendendo-a.

— Óbvio. Mas eu e o Davi não ficamos dizendo sobre sentimentos para todo mundo.—

— Ué, ficam sim.— Bibi disse e Valéria faltou voar em seu pescoço de tanta raiva.

— Cala a boca cabelo de fogo!—

— Ei! Gente! Estamos aqui para falar sobre o acampamento, não sobre sentimentos Laurinha.— Daniel ficou no centro da sala.

— Mas meu irmão ainda não chegou.—

— Nem faz falta.— Carmen sussurrou para Jaime que quase engasgou de tanto engolir a risada.

Paulo chegou e Mário não deixou de reparar nos machucados em seu braço. Sempre foi assim, provavelmente seu pai estava bêbado de novo. Marcelina também estava com os olhos cristalinos olhando para os braços do irmão.

— Cheguei... Se estavam me esperando... Podem começar.— Ninguém além dos dois havia reparado mas a voz do garoto estava embreagada.

Eles passaram a tarde falando sobre tudo o que aconteceria no acampamento. Duplas do ônibus, divisão de afaseres e dos quartos. Além disso, separaram as brincadeiras porém os grupos de atividades eram decididos no local.

— Bom, é isso galera, até amanhã? — Jaime se levantou acompanhado dos colegas.

— Até amanhã, você vem Valéria?— Davi questionou e Valéria colocou o braço na curvatura do seu.

Marcelina, Mário e Paulo fizeram um sinal e se despediram, além disso, precisavam conversar sobre os machucados que estavam rodeando Paulo.

Além deles os outros também foram para casa. Amanhã vai ser um dia  terrível.

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