Sou acordado por alguém batendo a porta e então vejo Nina entrar.
— O rei e a rainha pediram pro senhor se aprontar, vocês saem em 1 hora. - Ela avisa.
— Pra que tanta formalidade Nina? Estamos só nos dois aqui. - Me espreguiço.
— Ainda não me acostumei a te ver assim tão crescido. - Ela ri. - Aqui está a roupa.
Me levantei e logo fui olhar a roupa mandada, o que na primeira olhada me causou uma careta. Era horrível e formal demais, parecia que estávamos no período medieval.
— Eu não vou usar isso. - Jogo a roupa no sofá.
— Phillipe Phillipe... - Nina me olha de canto.
— Eu trouxe roupa, não se preocupa. - Pego a mala. - Aonde vamos?
— Creio eu que fazer uma passeata pela cidade, o povo só se fala disso nas ruas.
Assenti e logo peguei uma roupa do meu agrado, que fosse condizente com a ocasião. Eu não estava nenhum animado, apesar de amar muito a cidade, logo de cara eu sabia que teria que passar por muitos lugares que me traziam lembranças, seria uma tortura, mas eu tentaria ao máximo evitar....
[...]
Como o esperado as ruas estavam cheias e aonde quer que fôssemos éramos acompanhados pelo povo. Como sempre a guarda real nos permitia a passagem pelas ruas, e assim podiamos acenar de dentro do carro para o povo que nos assistia. Por um breve momento até esqueci de onde eu estava e me distrai com o carinho e animação das pessoas, mas tudo voltou a ficar sem cor assim que avistei uma fachada muito bem conhecida.
Lá estava ele, o colégio para garotos aonde eu e George estudamos, o lugar aonde a maioria de nossas memórias mais recentes estavam. Assim que o carro parou eu congelei, e mantive meu olhar fixo na fachada, estava tudo idêntico.
— Isso é sério? - Digo sem reação.
— O diretor fez um convite, não podíamos vir até aqui e ir embora sem fazer uma visita. - Minha mãe explica de maneira despreocupada.
— Vocês entram, eu não vou. - Desvio o olhar.
— Nem pense em aprontar uma hora dessas Phillipe! Você vai entrar e vai agir como o principe que é! - Me repreende.
— É o seu colégio filho, não quer matar a saudade? - Meu pai diz, um pouco mais sensível.
— Era o nosso colégio. - Falo baixo.
— Não pode fugir do passado pra sempre meu filho. - Minha mãe insiste. - Não será fácil pra nenhum de nós.
Ela parecia não sentir nada, mesmo sendo a mais apegada a George, agora ela só o mencionava quando queria me lembrar do quão imperfeito eu era e que se ele estivesse aqui tudo seria diferente. Não era novidade pra ninguém que eu evitava certas situações para não voltar ao passado, esse era o meu jeito de lidar com a dor. Mas não importava, a coroa e as aparências importavam mais que qualquer outra coisa.
Literalmente obrigado, sai do carro e tive que lidar com os milhares de flashes em meu rosto, quase me impossibilitando de ver um palmo a frente. Assim que entramos fomos recebidos pela polícia local que ali estava e então começamos o tuor pela escola, que eu conhecia com a palma de minha mão.
— Phillipe quanto tempo! - O diretor se aproxima.
— Sr.Dolfe! - Aperto sua mão e forço um sorriso.
— Como você cresceu, agora é de fato um homem! - Ele me olha dos pés a cabeça. - Valeu a pena todo o trabalho que tive.
— Bons tempos, espero que não guarde rancor. - Brinco.
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Legados - Meu Eterno Shelby II
Fanfiction{ 𝟐 𝐓𝐄𝐌𝐏 𝐃𝐄 "𝐌𝐄𝐔 𝐄𝐓𝐄𝐑𝐍𝐎 𝐒𝐇𝐄𝐋𝐁𝐘" } Os anos podem passar, mas o legado de uma família sempre permanece. Hanna e John viveram sua grande história, e agora é a hora de passarem o seu legado e deixarem sua descendência escrever a su...