Capítulo XII • Novidades

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~ 30 de Dezembro ~
~ Sábado ~

Essas últimas semanas foram complicadas.

Além de ter que suportar o fato de não poder sequer sair de meu quarto graças ao meu pé todo f*dido, ainda precisei ingerir uma tonelada de remédios. Na receita que o médico me passou, dizia que tomando eles corretamente, teria uma recuperação muito mais rápida. Não nego, eu realmente tive, mas... P*rra! Precisava mesmo ter um gosto tão desagradável?!

Foram tempos difíceis, porém, consegui passá-los. ― ainda mais recebendo tanto auxílio do meu pai e da Srta. Bragança, sempre tão preocupados com o meu bem-estar.

Atualmente, já me livrei dos pontos e sinto como se o meu pé estivesse novinho em folha. As dores deixaram de existir, assim como o regulamento na alimentação e nos passeios. Finalmente, as sequelas daquele maldito luau passaram. ― assim como o risco do meu pai descobrir TUDO o que aconteceu lá.

Aliás, até hoje, eu não faço a mínima ideia do que se tratava o que o Katsuki queria, afinal, falar comigo, naquela noite em meu quarto. Eu tento descobrir, mas só tento, pois conseguir, nunca consigo. Não acho que seja algo TÃO bombástico, ou que pode transformar a minha vida, mas... eu sou curiosa, p*rra!

Nós nos tornamos sim mais próximos desde aquela fatídica noite. As meninas ficam enchendo o meu saco por causa disso. Dizem aquelas besteiras de sempre, como se eu fosse tão iludida ao ponto de acreditar.

O Bakugou é só o meu amigo, embora pareça que ele não tenha "amigos" declarados, só colegas. Eu considero ele como o meu amigo, e creio que nunca passará disso.

Além do mais, daqui alguns meses a temporada deles aqui no Brasil acaba e eles voltarão para o Japão. Impossível algo a mais acontecer entre mim e aquele garoto rabugento, e muitas vezes desnecessário, nesse meio tempo.

E eu não quero que aconteça, okay? Não quero. Admito que gosto da companhia dele, mas nada mais, entende? Nada mais.

[ 05:30 A.M. ]
| No quarto de Liah |

Já se pode imaginar porque acordei nesse horário, em pleno sábado, não é? Sim, mais uma vez, mais uma maldita vez, aquele pesadelo voltou a ser reproduzido por minha mente, como se eu realmente gostasse dele. ― caralh*... Nem para o penúltimo dia do ano essa merda me deixa em paz.

No entanto, dessa vez, havia algo de diferente. O pesadelo aconteceu como antes, mas no fim, antes que eu despertasse no susto, aquele colar reapareceu. Mais uma vez, eu o vi, e o admirei. Era idêntico ao que invadiu a minha mente naquela noite no cinema, diria até que o mesmo.

Depois que acordei, fiquei me perguntando o porquê. Por que ele me apareceu novamente? Será que há algum significado divino, tipo de quando se sonha com cobra, ovos ou que está voando? Mas, eu já fiz as pesquisas nos sites que estudam os sonhos das pessoas, e não há qualquer significado que faça sentido! Argh! Que saco!

E, interrompendo o meu instante reflexivo, a Srta. Bragança entrou em meu quarto, com as chaves que normalmente estão com o meu pai.

Ela já adentrou aquele cômodo visualmente preocupada, como se já imaginasse porquê eu estava acordada naquele horário. Sua expressão era de exausta, como se também tivesse passado por um pesadelo e acordado em um horário inadequado. Porém, mesmo assim, ela estava ali, me fazendo a melhor companhia de todas. Seus cabelos estavam absolutamente bagunçados, e chegava a ser engraçado vê-la tentando livrar a sua boca de alguns fios. Eu iria rir bastante da cara dela, se não estivesse tão abalada com o meu maldito pesadelo.

De Repente, Você. (O Encontro)Onde histórias criam vida. Descubra agora