Clary Davis, uma figura invisível na tessitura social, se via na posição desfavorecida de ser a filha de um zelador alcoólatra, cuja existência estava marcada pela miséria desde que sua esposa o deixou, deixando-o com a responsabilidade de criar sua...
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San Diego, Califórnia Vinte e um de julho, de 2023
As mãos dele deslizaram até as curvas da minha bunda, a apertando.
Provocando-me suspiros entre os lábios entrelaçados num beijo fervoroso, enquanto a consciência repentina do entorno, um estacionamento que poderia ser testemunha indiscreta, fez-me delicadamente repelir seu torso, ocasionando-lhe um resmungo descontente.
Eu, por minha vez, respirei profundamente, meticulosamente ajustando as dobras de minha vestimenta, ciente da necessidade de preservar as aparências.
- Eu... tenho que ir.
Balbuciei, afastando-me rapidamente, anulando qualquer chance de réplica.
(...)
Manipulava distraída o celular, uma tentativa inútil de neutralizar a ansiedade e nervosismo, sequelas de minha fuga de Jack algumas horas antes.
- Clary?
Uma saudação, num gesto que atravessou meu campo de visão, como se emergisse de um transe autoimposto. - está no mundo da lua?
- Hum? - Desviei o olhar em sua direção. - Apenas reflexões internas. - sorri nervosamente.
- Gostou das flores?
Seu indicador apontava para um buquê de rosas brancas, e, forçadamente, esbocei um sorriso, omitindo minha alergia e preferência por tulipas.
- Gostei, sim.
Menti, constrangida sob seu olhar penetrante, mesmo estando protegido por óculos escuros num dia que não parecia excessivamente ensolarado.
- Parece que você não gostou muito deste lugar, não te cativa muito.
Indicou o parque ao nosso redor. Suspirei.
- Estou apenas um pouco cansada.
Confessei, enquanto ele compartilhava suas próprias frustrações com detenção e conflitos com Jack.
(...)
A tela do celular se iluminou, revelando uma mensagem de um número desconhecido, a qual interroguei.
