80. NADA PARA VER AQUI

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"Olha, eu não faço a menor ideia do que você está falando, Aiden

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"Olha, eu não faço a menor ideia do que você está falando, Aiden. Caso tenha se esquecido, sou o último integrante da família Ashworth a quem você deveria perguntar sobre negócios, porque eu não faço a menor questão de ficar por dentro de nada da Ashworth Company", Julian fala depois de eu ter revelado para ele tudo o que o meu pai me disse acerca do Pequeno Conselho. Por um momento, pensei que talvez o meu sócio pudesse me explicar algumas coisas, mas agora percebo que foi mesmo tolice minha achar que ele não seria tão ingênuo quanto eu. "Se tem pessoas que sabem sobre o que seu pai acusa, são tio Seth, tia Norah, tio Nikolai ou o próprio vovô. Eles quem comandam os negócios".

Isso é ruim, considerando que eu não sou particularmente próximo de nenhum deles. Algo que Julian rapidamente percebe, pois me lança um olhar compadecido quando eu suspiro e jogo a cabeça para trás no encosto do sofá de nosso camarote VIP.

"Sinto muito, cara".

"Está tudo bem", eu tento me convencer disso. "Ainda há a chance considerável do meu pai só ter inventado a melhor desculpa possível em que eu caí feito um patinho, o que vamos combinar que é mais crível do que a existência de uma sociedade secreta".

"Eu não duvidaria da capacidade de bilionários em jogarem uns com os outros só porque estão entediados, na verdade", meu sócio retruca, deixando evidente o seu desgosto com a própria família outra vez. "O meu avô faria isso".

Suas palavras não ajudam a amenizar a mistura estranha de curiosidade e apreensão que me tomou desde que ouvi do meu pai sobre toda essa história, mas, aparentemente, não há nada que possa fazer a respeito no momento.

Talvez eu pudesse contatar algum dos King de quem sou próximo, mas não agora. Para agora, o que me resta é fechar os olhos e ouvir a música estridente que sacode a Starry Night esta noite.

Pelo menos até uma voz estridente gritar:

"Aiden!".

Eu abro os olhos e vejo uma Sara ofegante e de olhos arregalados, como se estivesse assustada, a qual caminha até mim e diz:

"Você precisa ir para o palacete comigo agora. Aconteceu um desastre. Está em todos os jornais!".

"Hein?".

Ela não explica mais nada antes de começar a me puxar, tentando me levantar do sofá para que eu a acompanhe.

"Sara!".

"Você precisa ir! O lugar está pegando fogo!".

"O quê?" Nada do que ela diz faz o menor sentido, mas, pelo bem ou pelo mal, acabo me levantando do sofá e deixando que ela me leve consigo. "Explica isso direito, Sara. O que houve?".

"Ainda não se sabe ao certo, mas estão dizendo que está havendo um incêndio no palacete...".

"Quem está dizendo?".

SOBRE A REALEZA E PAIXÕES ACIDENTAIS - ATO I Onde histórias criam vida. Descubra agora