A morte é inevitável , até mesmo para um rei
------------ Alguns dias depois do teste -
Com os pés queimando e minha cabeça latejando eu afasto a cobertura do restaurante, Kizashi mencionou estar com vontade de comer Karaage, carne de galinha com molho de soja.
Mesmo cansada pelo dia, eu me contento em fazer a vontade do homem cujo a mulher proibiu de beber com os amigos. O que ele esperava ? É o aniversário de casamento deles, ainda bem que eu comprei um colar, caso contrário Mebuki ficaria muito chateada com o homem.
Kizashi é um bom pai e marido, não o levem a mau, Kami sabe como ele é uma droga com datas, ainda bem que Mebuki não é.
A comida foi uma desculpa, é desconfortável estar na presença de um casal em uma data tão significativa, além disso, as paredes são finas e eu gostaria de ficar na sala.
Controlando minha voz eu afasto um fio rebelde do meu cabelo que ficou exposto pelo chapéu - Uma porção de Karaage para a viagem e um prato de Yakitori para comer aqui.
Enquanto enxugava um copo com a destreza de quem fazia aquilo a anos, o homem de aparência jovial se vira para mim - Você não vem aqui a um tempo, por um momento pensei que estava morta.
- Hun - Andando pelo estreito corredor, noto um grupo grande e animado de jōnins sentados comemorando algo que não é do meu interesse. Me aconchegando no meu banco habitual eu mantenho o chapéu de palha antiquado e esfarrapado.
É de certa forma libertador sair sem minha máscara e sem meu disfarce animado, sou apenas Sakura agora, uma garota desconhecida pegando um prato de comida em um bar qualquer a uma hora qualquer.
Yakitori é um famoso espetinho de frango grelhado, um alimento muito popular nos bares, festivais e barracas de rua. Na minha opinião fica ótimo com saquê e uma gotinha de limão, perfeito para se afogar no álcool e esquecer uma merda de dia.
- Seu pedido é uma ordem nobre senhora - Em um tom brincalhão ele recebe o dinheiro e começa o preparo da minha comida - E então ? Novidades ?
Retirando a rolha da garrafa que trouxe, dou um grande gole que desce queimando por minhas entranhas.
Gargalhando o homem se apoia na bancada - Parece que você está chateada - Fritando a carne ele me dá um copo de tamanho médio para beber.
Virando o shot solto um suspiro frustrado, estou cansada e a semana foi o ponto mais baixo do mês.
- É tão ruim assim ? - Com uma sombrancelha levantada o homem coloca o prato em minha frente.
Me Inclinando sobre a bancada eu pego um espeto e mastigo de forma lenta. Ele usou um mil anos de morte, você tem ideia do quanto isso deveria ser humilhante para um jōnin ?
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Konton 2 -
RomantizmO que uma senhora pode fazer renascendo por engano em um mundo desconhecido ? Ela vai plantar o caos para colher sua paz, ou ela ira morrer antes disso ? Essa é a segunda parte da fic anterior e recomendo a leitura para melhor compreensão da obra.