Primeiro Capítulo - Piloto

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Joui Jouki é um detetive muito reconhecido em Londres. Em apenas quatro anos na profissão, resolveu inúmeros casos que a polícia considerava casos insolucionáveis, aquilo atraiu os holofotes muito mais rápido do que imaginava. Mesmo com apenas vinte e dois anos, Joui chegou à marca de cento e cinquenta e cinco casos resolvidos. Era um jovem prodígio genial, além de sua memória impecável e suas deduções irrefutáveis.

Sobre o pensamento de todos, Joui Jouki era o maior detetive no mundo atual. Mas aquilo não atraia apenas olhares de satisfação, alegria e prosperidade, aquilo atraia certa... Inveja. Inveja..? Não...Talvez ódio. Ódio vindo principalmente de um homem que já havia sido considerado o detetive mais genial da atualidade, tendo seu posto roubado por uma criança de vinte dois anos brincando de solucionar casos. Aquilo deixava Cesar bravo, de qualquer forma. Mas não tinha muito que pudesse fazer naquela situação, mesmo que aqueles quatro anos tivessem se tornado os piores de sua carreira.

Quer dizer, mal recebia casos interessantes - já que todos eles por serem complexos demais, iriam para Joui - e era raro ver seu nome em jornais, principalmente de dois anos para cá, já que todos os jornais haviam sido preenchidos pelo rosto daquele maldito asiático. Cesar sempre queimava os jornais que tinham Joui como o principal assunto, esses jornais eram as principais decorações do interior de sua lareira, queimando rapidamente e derretendo o rosto de Joui de forma satisfatória na visão de Kaiser.

Agora, o asiático andava em direção a uma cafeteria conhecida, vestia um suéter de gola alta marrom de lã e um sobretudo preto em seus ombros. Ao entrar na cafeteria pela cesta vez aquela semana, caminhou em passos calmos até a mesa onde estava um policial de cabelos pretos curtos vestindo uma jaqueta preta debaixo do seu uniforme de trabalho. Ele tomava café enquanto olhava para Joui se aproximando de si e sentando do outro lado da mesa.

— Bom dia, Joui. — Sorriu levemente, escondendo sua aparência um pouco apreensiva, mesmo que fosse impossível esconder algo daquele homem. O policial não precisava falar com Joui de forma formal, afinal, viu o asiático crescer em grande parte de sua vida.

— Bom dia, Senhor Gonzales.

— Como vai a família? — Tentou iniciar um assunto.

— Pelo seu rosto, tem algo importante para me dizer. Prossiga. — Falou Joui, sem cerimônias. Gonzales suspirou e começou a dizer.

— Bem.. Temos um caso para você. Esse caso é um pouco complexo, a polícia não conseguiu muitas pistas até agora, mesmo fazendo meses que esses assassinatos estranhos vem acontecendo.. Por ser um caso complexo, você será designado para esse caso com a ajuda de outro detetive.

— Vocês planejam chamar dois detetives para apenas um caso? A situação deve ser mais complicada, então. O que tem de tão insolucionável neste caso, a ponto de chamarem dois detetives para solucionarem? — Estava impassível, a ideia de trabalhar com outro detetive, por algum motivo, não deixava Joui feliz.

Joui era alguém carismático, sempre tratava todos a sua volta com respeito e doçura. Mas Joui sempre ficava apreensivo quando o assunto eram outros investigadores, sabia que, pela sua pouca idade e a forma como roubou cena rapidamente, era claro que alguns detetives não iriam olhar para ele com bons olhos.

— Você terá que ver com os seus próprios olhos, se o crime acontecer novamente. Não sabemos se é apenas um assassino, ou um talvez um grupo. Tudo o que sabemos é que todos os assassinatos são brutais. O último corpo encontrado não tinha dedos, dentes, olhos e nem orelhas. Mas isso não é um padrão, todos os corpos são encontrados mortos de forma diferente e um ainda mais brutal que o outro.

— E como vocês sabem que são do mesmo culpado?

— Pela marca deixada por ferro quente, a marca deixada tem um formato de símbolo em espiral. — Gonzales pegou sua câmera fotográfica na bolsa que carregava ao lado do corpo, mostrando para Joui um símbolo feito com algo fervente no braço de um cadáver. A imagem era perturbadora de fato, mas Joui já estava acostumado com aquilo.

Um Caso Vermelho e Roxo.Onde histórias criam vida. Descubra agora