Capítulo 4 - Presente especial.

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*POV Maxine*

Eu devo ter ficado louca. É a única explicação pra eu ter aceitado sair da festa, pra ir sei lá onde com o Leo.

Nos últimos meses as coisas em relação ao Leo mudaram, antes eu odiava ele, achava que era só mais um daqueles adolescentes idiotas, que só pensam nas garotas com segundas intenções, mas no fim das contas ele era a pessoa mais doce que eu já conheci, pode ser meio irritante as vezes, mas sempre faz de tudo pelos amigos, só que o que mais me irrita, é que eu não consigo mais ficar longe dele.

Estávamos andando pelo bosque, quando eu percebi que estava segurando a mão dele, desde a hora que ele me ofereceu-a, para sairmos da festa.

Eu não fiz questão nenhuma de solta-lá. Eu sei o que tudo isso significa, mas não quero adimitir, nem pra ele e muito menos pra mim mesma.

Levei um susto, quando ele parou de repente. - Bem vinda, a minha humilde oficina. - Abriu um sorriso travesso, enquanto abria a porta do bunker 9.

Entramos e pude sentir cheiro de óleo e gasolina.

- Faz tempo que eu não venho aqui.

- Eu sei, pensei que seria bom fugir um pouco de toda aquela barulheira. - O sorriso só crescia no rosto dele. - E também eu queria ser o primeiro. - Meu rosto se franziu com a fala do maior.

- Primeiro pra que?

- Você já viu que horas são? - Olhei em volta e avistei um relógio em cima da mesa, que marcava mais de uma hora da manhã.

- Tá de madrugada, o que tem?

- Hoje é dia 16 de junho. - Aí a minha ficha caiu, era por isso que ele tinha me trazido até aqui. Eu nem lembrei, mas ele lembrou.

- Feliz aniversário, plantita! - Ele sorria de orelha á orelha e sem pensar, eu abracei ele, que retribui de imediato.

- Obrigado, Leo. - Falei em um sussurro, ainda abraçada ao seu pescoço.

- De nada, cariño. - Disse imitando o meu tom de voz. - Tenho um presente pra você.

Ele separou o abraço, se afastando e pegando um embrulho, que até aquele momento eu não tinha percebido, em cima da mesa.

- Não é grande coisa, mas eu pensei que você pudesse gostar. - Disse me entregando o pacote.

Era uma caixinha pequena, embrulhada em papel de presente verde e dentro tinha um anel prata, todo desenho com plantas, que ficavam mudando de cor.

- Leo... É lindo! - Os olhos dele brilharam por um momento.

- Eu sei que não é muita coisa, mas que bom que gostou.

- Tá brincando? É o melhor presente que eu já ganhei! - A testa dele se franziu.

- Tem certeza? É só um anel.

- Tenho. Nunca ganhei muitos presentes, mas esse é com toda a certeza do mundo, o melhor. - A expressão dele se tornou triste.

- Mas as suas facas também foram um presente e são sem comparação melhores.

- Elas são incríveis, mas o seu anel é tão incrível quanto. - Os olhos dele voltaram a brilhar.

Sem pensar eu abracei ele de novo. Não tô acostumada com as pessoas se preocuparem tanto assim comigo, lógico que os meus amigos se importam, mas ninguém nunca me deu parabéns de madrugada, ninguém nunca se ofereceu pra me fazer compania quando eu não consigo dormir, mas ele sim e nunca vou deixar ele achar que não é o bastante, quando inconscientemente ele me ajudou de um jeito que ninguém nunca fez.

An unusual summer camp | Leo ValdezOnde histórias criam vida. Descubra agora