Há hora, há hora, meia noite.
Silêncio ensurdecedor ecoa meus tímpanos trazendo me mais uma noite angustiosa, fria e solitária,
Vagarosamente reponho minha cabeça de volta ao travesseiro malditamente seco.
Dentro do meu coração um sentimento sabido, nunca por ele transparecido.
As paredes sujas e acabadas pela infiltração desse velho mosteiro, faz-me questionar a minha própria fé.
Caindo de sono, exausto da fadiga, ouço os galhos na minha janela balançando com a força do vento, crocito dos corvos e ratos correndo pelas madeiras deste telhado velho.Eu, ansioso pelo sol, buscava insaciavelmente a vontade sequiosa de embriagues, meu coração angustiado desta dor amargadora e imortal a cada maldita noite neste velho e imundo monasterio.
Pelo que oro aos céus, anjos chamados acéfalos nessa grande hierarquia juntamente às hostes celestiais.
Pelo amor de Deus, por favor, eu juro que não aguento mais.Era no frio de dezembro, o fogo negro refletia minha angústia e urdia sombras desiguais.
Assim, como, o frio frouxo clareava meu reposteiro roxo e uma profunda base de sincretismo românticos, dos quais já não sentiria jamais."Profeta", som que ecoa, "profeta" - um demônio ou ave preta.
As trevas denuncia a sua chegada perante os quatro cantos do quarto em forma de pássaro,
pássaro preto como as trevas mais profundas que escondem seus pecados mais profanos, com um olhar desirmanado como as noites mais tempestuosa, como seus desejos carnais e pecadores.
A ave negra pousa sobre a prateleira de madeira acabada; Deus a esta alma profana, pois somos fracos e mortais.
Diga-lhe à esta alma entristecida sobre a vida após o Éden de outras vidas.- Quem diga-lhe novamente ao ser: "ave ou diabo?"
- Então, torna-te a mais desprezível das tempestades,
- O mais enfatizado dos raios,
- O mais escandaloso dos terremotos.