Golden Wings

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Para _Yang_Jeong-In_ofc_

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Na Ilha da Baleia, uma ilhazinha não muito revelante cercada pelo oceano de cristal, um menino de excepcional beleza tinha um sonho: Voar.

Os súditos da ilhazinha sempre acreditaram, desde os primórdios, de que o céu, as nuvens, a chuva, o sol, a lua e as estrelas são privilégios dos Deuses, que no topo do monte distante julgam e brincam os destinos de todos os seres. Kai nunca entendeu essa afirmação, afinal se os Deuses não querem que os humanos façam coisas extraordinárias, por que deu a eles o privilégio de sonhar? De imaginar? De criar?

Enquanto o Jovem Ícaro divaga entre as Colunas de Hércules, na beira do precipício, Beomgyu, seu amigo amado limpa alguns livros dentro de casa. Kai desce a colina, correndo e animado, ele teve uma ideia genial.

-Gyu, eu vou voar! Aponta para o céu, Beomgyu o encara espantado, sem entender.

-Como assim, cachinhos dourados? Indagou, acreditando ser apenas outra epifania do amigo sonhador.

-Eu vou construir um belo par de asas douradas e voar com elas, Gyu!

Ele estava falando sério, Beomgyu podia sentir. Como seu animal interior, o Urso, Beomgyu sempre preferiu as coisas da terra, mundanas, imutáveis, o gramado fofinho e as árvores enraizadas até o núcleo da terra, porém ele sempre amou o fato de Kai ser o seu gêmeo contrário, o sonhador, o amante das galáxias distantes, a carta do “Louco” no Tarot. Ele vai ajudá-lo, claro, mas sua prioridade é deixar o Jovem Ícaro seguro.

...

Semana após semana, e os meninos trabalhavam no par de asas. Entre os livros abertos, xícaras de café e chá, modelos, planos, rascunhos e desenhos, eles talhavam os últimos detalhes do par. O mecanismo consistia em um cinto de controle conectado as asas através de uma haste flexível, semelhante a uma coluna esquelética. Kai vestiu o par de asas e fechou o cinto, Beomgyu, sempre preocupado, forrou o chão com travesseiros e almofadas. Quando o Jovem Ícaro apertou o botão do cinto, as asas bateram como as de um anjo e ele sentiu um espaço vazio crescer entre seus pés e o chão. Beomgyu, boquiaberto, viu o seu amigo tocar o teto.

...

Um dia lindo sorriu na Ilha da Baleia, estava tudo pronto para o voo, mas antes de Kai ativar as asas dourada, Beomgyu prendeu em seu calcanhar um longo fio vermelho de segurança. Então chegou o grande momento, o início da lenda, o sonhador correu colina acima, ativou o dispositivo, e como um pássaro, voou.

Ele tocou a superfície das nuvens e visualizou o monte onde moram os Deuses. Ele sorriu, sentindo a liberdade de bater suas asas pelo céu, mas no fim, ele voltou para o seu lar, Beomgyu o esperava ansiosamente, com o coração apertado. Quando Kai pousou, eles correram para se abraçar, o fio vermelho continuava puxando o Jovem Ícaro para a terra.

-Você voou, Kai!

-Eu toquei as nuvens, Gyu!

-Como é tocar as nuvens?!

-Elas são macias!

Eles riram, as mãos de Beomgyu tocaram o rosto solar de Kai e ele beijou seu rosto, antes das testas se encontrarem e os olhos dos amigos se fecharem por um momento.

-O céu é bonita e muito grande, porém eu prefiro ver o céu com você, Gyu, declarou Kai.

Beomgyu segurou a sua mão e limpando uma lágrima, disse:

-Vamos entrar e tomar chá, cachinhos dourados

Assim termina a história daquele que voou com suas asas douradas.

...

Oi aqui é o L.P.

Sempre achei injusta a história do ícaro. Qual o problema dele querer voar? Os Deuses sempre foram meio egoístas, mas enfim, espero que gostem dessa história!

Vou ver organizar algumas mudanças no perfil que anunciarei em breve!

Muito Obrigado!

Your Prince, Lucas Lya Pendragon.

Young Icarus - Beomkai Onde histórias criam vida. Descubra agora