Inesperadamente Uma Sereia!

Capítulo Único!

A praia do Porto da Barra na Bahia era um lugar ótimo para se estar. Não era a praia mais bonita do mundo, afinal o trio preferia suas respectivas praias no seus estados, mas entraram em consenso que era um lugar bonito e perfeito para se passar um tempo.

Rio e Pernambuco não se arrependiam de aceitar o convite de Ceará para viajarem e passarem um tempo na Bahia, enquanto o cearense tentava reencontrar um velho amigo.

No atual momento estavam passeando pela praia tentando avistar o amigo de Ceará, mesmo que Rio e Pernambuco não soubessem como era o rosto daquele ser humano, mas Ceará insistia que eles saberiam quem era seu amigo assim que o vissem.

Com essa ideia em mente, Rio e Pernambuco estavam olhando para os lados tentando achar pessoas que não parecessem "normais", afinal para ser amigo de Ceará tinha que ser um pouco louco. E é claro que essa procura rendeu pequenas brincadeiras entre eles.

— O Tocantins não vai gostar quando ele souber que viemos sem ele. – Pernambuco comentou enquanto olhava para o mar. Reparando na imensidão do mar, estavam andando a algum tempo e ainda não tinha conseguido curtir nada além da paisagem.

— Que nada, ele foi para casa do Amapá e deve tá curtindo mais do que a gente. – Rio disse rindo um pouco no final. Diferente do pernambucano, Rio estava prestando atenção em outras belezas naturais, até então estava solteiro e tinha que aproveitar aquela viagem de alguma forma.

— Depois que ele se apaixonou pelo Amapá, nosso quarteto foi pro brejo. – Cera brincou olhando para os lados à procura do seu amigo. Até então tinha deixado aquela praia como local de encontro, mas não estava vendo o loiro em lugar nenhum e levando a sorte dele em conta, esse fato poderia ser preocupante.

— Você não pode dizer nada. É só o Pará aparecer e você passa a não enxergar mais ninguém. – Pernambuco disse voltando seu olhar para o baixinho. Como não estava interessado em ninguém, o Pernambuco aproveitava para zoar os amigos o quanto pudesse, por saber que não haveria retaliação.

— Você já viu os peitos dele? Eles tapam completamente minha visão. – Ceará respondeu sem um pingo de vergonha na cara.

O baixinho achava Pará um puta gostoso e não negaria isso nunca. Se dependesse somente dele, o baixinho já teria feito tudo que pudesse com aquele homem, mas infelizmente, a vida não era uma moleza e realizar as suas vontades estava mais difícil do que havia pensado inicialmente.

A conversa poderia ter se estendido, só que a atenção do trio foi capturada por uma rodinha de pessoas que cantavam e alguns dançavam. Para a alegria de Ceará, ele acabou por ver uma cabeleira loira e sem explicar nada, ele começou a correr em direção ao grupo de pessoas.

Apesar de se surpreenderem com a corrida de Ceará, os outros dois foram atrás do amigo imaginando que ele tinha encontrado algo interessante ou o amigo que tanto procurava. Independente do que fosse, os dois estavam curiosos para saber o que era.

Ao se aproximarem do grupo de pessoas, Pernambuco começou a distinguir a música que estava sendo cantada. Era uma melodia e letra agradável de ouvir, não conhecia ela, mas daria parabéns ao dois rapazes que faziam a percussão.

O seu colar é de concha
Seu vestido se arrasta na areia
Ela tem cheiro de mar
Ela sabe cantar, o conto de sereia

Pernambuco também percebeu que havia algumas mulheres dançando e entre elas, uma morena de cabelos castanhos de dreads amarrados em um pano azul, as curvas aparentes pelo biquíni branco e a saída de praia vermelha que se arrastava na areia. Nunca tinha visto uma mulher tão bonita em toda a sua vida.

Ela dançava com uma desenvoltura de dar inveja a qualquer um que a visse, era como se a música tivesse sido feita para ela e somente para ela. Era simplesmente encantador.