Máquina de Vendas do Amor

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O rapaz cambaleava pelas ruas, suas pernas trôpegas se movendo com dificuldade pelo emaranhado de luzes e sombras que compunham a noite. Seus olhos, ofuscados pela bebida, viam apenas borrões em formas difusas. O ar estava saturado, impregnado com a mistura de risos, música alta, pulsante, festiva, aquela que fazia os ouvidos de Kazuha zumbirem, e por fim, o aroma da comida de rua, permeando suas narinas, fazendo a barriga do rapaz roncar um pouco.

Kazuha estava mergulhado na névoa da confusão. Não lembrava mais qual festa estava acontecendo, era o ritual das lanternas? Ele se quer estava em Liyue? Não fazia ideia, sua mente estava confusa, por um segundo o bêbado até mesmo questionou estar em outra dimensão, mas duvidou muito que essa seja a resposta certa.

"Estou bêbado, mas loucura já é um pouco demais..." Questionou consigo mesmo por um segundo.

Entre as luzes coloridas e os sons da vida noturna, lá estava ele, bêbado e sonolento, sem saber mais o caminho para sua própria casa, seus amigos haviam o largado na rua? Ou ele saiu sozinho do bar sem ninguém ver?

(Havia sido a última opção, mas o rapaz realmente não lembrava. Enquanto Venti e Heizou assistiam um show de mágica, Kazuha começou seguir um gatinho de rua, foi assim que acabou na situação atual, no fundo, ainda era apenas um bobão amante de gatos)

Kazuha percorreu as ruas com os olhos embotados, observando as folhas outonais dançando pelo seu caminho, sentindo o ar noturno cortante acariciar suas pernas pálidas. Seus shorts forneciam pouca proteção contra o frio implacável, que, naquela hora, era rivalizado apenas pelo silêncio que permeava a noite.

Naquela densa escuridão, onde os únicos sons audíveis eram os murmúrios de sua própria voz e o sutil estalar das folhas secas sob seus pés, Kazuha chegou a uma rua mal iluminada.

Um poste piscante iluminava uma máquina de vendas, lançando sombras inquietantes ao seu redor. Ali, em meio à penumbra, ele vislumbrou algo familiar: uma figura de cabelos azulados, olhos tão profundos quanto o oceano, vestindo roupas pretas e azuis tão estilosas quanto misteriosas..

Apesar do torpor da embriaguez, aquela visão encantadora não escapou da atenção de Kazuha. Kunikuzushi estava ajoelhado, pegando da pequena abertura um refrigerante na máquina, quando o rapaz de cabelos brancos ousou se aproximou, acabou causando um pequeno barulho que sobressaltou o outro.

Kunikuzushi derrubou o refrigerante no chão, fazendo um som metálico efervescente, ele se virou bruscamente para a escuridão, assustado e alerta.

— Ah! Quem é você?! — Exclamou Kunikuzushi, com os olhos arregalados e tensos. — Olha, maluco, eu não tenho nada de valor aqui, beleza?! Nem se quer trouxe o meu celular, eu só tinha uma nota que já usei pra comprar o refrigerante!

Kazuha, confuso devido ao efeito do álcool, se aproximou. Mesmo que seu estado de embriaguez impedisse seu pensamento lógico, ele reconheceu o rosto de Kunikuzushi, embora sua mente nebulosa não conseguisse processar claramente quem era aquela pessoa.

Ele se aproximou, fazendo Kunikuzushi se aliviar, colocando sua mão ao peito junto de um longo e doce suspiro assim que reconheceu aquela figura de cabelos claros.

— Ah... Kazuha, é só você, seu idiota, me assustou, sabia?! — Perguntou, indignado com o que Kazuha fez. — Não... Quase me matou de susto mesmo!

Em um momento de sonolência, o rapaz se aproximou de Kunikuzushi em passos lentos, com a guarda baixa, o rapaz de azul não reagiu, apenas olhando para sua lata de refrigerante, frustrado.

— Tsk, viu o que você fez? Seu bêbado, agora o chão está todo sujo, e eu perdi 5 conto. — Kunikuzushi resmungou, colocando ambas as mãos nos bolsos, frustrado. — Literalmente saí de casa só para tomar refrigerante e ainda perco, oh ironia do destino.

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