Unidos Além Da Imaginação

Cap1/Alice

Alice estava sentada em sua cama. Fazia alguns meses que ela ouvia seus pais discutirem sobre seu futuro. Ela não queria um futuro, queria reviver o passado e ser criança para sempre, ter aventuras, sentir-se feliz, triste e com medo. Até mesmo do medo ela sentia falta, queria se aventurar de novo e de uma coisa ela sabia: se voltasse ao país das maravilhas, não voltaria para casa nunca mais.
Ela pegou uma folha de papel em seu criado mudo, havia tempos ela começara a escrever histórias. Algumas sobre o país das maravilhas, outras sobre princesas que não necessitam de um herói ou um príncipe para serem salvas, que sabem bem como se virar sozinhas. Ela também desenhava seus personagens. Tempo se passou com ela escrevendo. Após certo tempo, caiu no sono. Não sei se já foi mencionado antes, mas Alice manteve sua janela aberta. Uma rajada de vento levou suas histórias e desenhos pela janela.
Ao acordar, o desespero tomou conta dela. Assim que seus olhos deram a falta dos meses de trabalho. Seus olhos rodaram a quarto até que pousaram em uma folha ao lado da janela. Chegando mais perto, olhou lá para baixo em seu quintal e viu brilhando à luz do sol mais uma de suas folhas. Após um tempo, voltou seus olhos a folha ao lado de seus pés. Pegou-a nas mãos e desceu as escadas indo em direção ao jardim. Chegando lá, pegou a outra folha e olhando ao longe viu mais uma, agora distante no topo de uma árvore balançando junto das folhas da mesma. Se aproximou da árvore e a subiu. Foi até seus galhos mais altos em busca da folha, a agarrou e juntou ela as outras em suas mãos. Notou que em cada uma delas estavam os finas das histórias que mais gostara de escrever. Seus olhos azuis se dirigiram ao céu, eles vasculhavam a extensão de azul em busca de seus meses de trabalho. Agora desperdiçados.
Ela pensou se o coelho branco não a queria de volta ao País das Maravilhas. Pensou se agora ele não a faria seguir suas próprias histórias. Voltou seus olhos ao jardim lá em baixo em busca de mais de suas folhas. Nenhuma foi encontrada. Voltou seus olhos de volta ao céu pensando o que mais poderia acontecer com suas folhas se não existe vento tão forte e se não foi o Coelho. De repente, em meio às nuvens ela viu duas estrelas brilharem radiantes. Não soube ao certo o que aconteceu, mas tinha certeza que estrelas não brilhavam tão forte assim em plena luz do dia.
Ela sabia que era magia, e isso significava que as aventuras iriam voltar.