Capítulo 9 - Destino Férias

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Acordo pelas 15:00 da tarde. Não há muito que eu queira fazer, mas pensando bem posso ir à Biblioteca. Será um passatempo a leitura. Aviso o Joseph que irei sair e voltarei em breve.

Entretanto, ele combina de nos encontrarmos em um quiosque próximo a praia para jantarmos. Caminhando pela cidade percebo que é bem movimentada, há crianças com seus cachorros e seus pais acompanhando, e casais de namorados. O clima está agradável e mais fresco. Gaivotas voando atrás de peixes que os pescadores jogavam no barco. Avisto uma biblioteca não muito longe e vou até ela. O vendedor me cumprimenta e faço o mesmo.

- Olá, onde fica a sessão de mitologias antigas e fantasias? - pergunto.

- No sexto corredor a esquerda - diz o senhor.

Enquanto caminho pelas sessões vejo que um rapaz encapuzado adentra o local. Ele caminha até o vendedor e pergunta algo. Prefiro não dar muita atenção e procuro algo que desperte meu interesse. 

Até que avisto um livro estranho bem escondido no final da prateleira empoeirada. No entanto, a única nessas condições. O livro era interessante, aparentava ser bastante velho e era feito de couro, suas folhas eram bastante antigas e cheirava a ervas medicinais. 

Ao ver a capa do livro vejo que há uma pedra vermelha grande e muito peculiar. Nunca vi uma pedra de um vermelho tão intenso e brilhoso, hipnotizante. Por um breve momento, achei ter visto um brilho ofuscar da misteriosa pedra. Resolvo abrir o livro e sinto uma sensação de queimação nas mãos. Para minha surpresa, as folhas estavam em branco.

- Nossa, que estranho. Para quê guardariam um grimório aqui? - pergunto a mim mesma.

- Talvez isso tenha dono - disse o rapaz encapuzado, o qual nem ouvi chegar.

- Aí, que susto! Bom, neste caso, é o dono da loja. - falei, segurando o grimório e com a outra mão no peito, devido o susto.

- Não, ele é meu... - disse o rapaz chocado ao notar que o grimório estava aberto em minhas mãos. Eu não conseguia ver bem seu rosto devido o capuz.

- Se é seu, por quê está a venda na livraria? - perguntei.

- Porque eu trouxe para cá e vim buscá-lo de volta.

- É mesm.. - antes que eu pudesse terminar a frase. A porta da biblioteca se abre com violência. Um grupo vestido com um manto estranho parece procurar por alguém. O rapaz logo trata de nos empurrar para mais fundo do corredor.

- Ok, você não me conhece e eu não sei que diabos você é, mas você não deveria conseguir abrir este grimório. - fala, olhando por entre os livros.

- Você está sendo perseguido? Quem é você? Talvez eu possa te ajudar. - digo, preocupada com o rapaz. Não parecia ser uma má pessoa.

- Não preciso da sua ajuda, mas nesse momento, terei que tirar nós dois daqui. - o rapaz faz um movimento estranho com as mãos.

Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ele abre um portal na parede e me puxa junto com ele para dentro.

-Uaaau, o que é is..? - não consigo terminar a frase, somos engulidos por uma escuridão. Fecho os meus olhos e sinto calafrios na barriga. Quando abro, vejo que estamos em uma praça.

- Para onde você me levou? - pergunto assustada, tentando assimilar tudo que acabou de acontecer.

- Não se preocupe, não estamos longe de onde estávamos, preciso que você me entregue este grimório.

Quando ele fala isso, olho para o grimório e sinto uma sensação de que não deveria entregar.

- Não sinto que eu deveria fazer isso. - Falo, segurando o grimório contra meu peito.

Século Sombrio - Dark Century Onde histórias criam vida. Descubra agora